É um perfeito mas significativo absurdo que o ministro da Administração Interna tenha decidido pedir à Procuradoria-Geral da República um parecer sobre se a PSP pode exigir o acesso a imagens não editadas das televisões. É óbvio e mete-se pelos olhos adentro que não pode. Primeiro, mesmo que a RTP seja uma empresa pública isso não pode fazer dela uma dependência do MAI ou da Polícia, continuando sempre ser um órgão de comunicação social protegido por legislação e garantias específicas. E, segundo, aceder a imagens não editadas de televisões seria exactamente a mesma e abominável coisa que exigir a um jornalista que forneça os seus cadernos de notas ou as fracções de texto que resolveu não incluir nas peças que escreveu e assinou. Há perguntas ou pedidos de parecer que nem se fazem.
Era o que faltava ! Tomem chá de tília !