Agora fico à espera que os do costume repitam, pela enésima vez, que os sindicatos só defendem os que têm emprego.
13 outubro 2012
Se bem nos lembrarmos
Aníbal e Maria - duas
grandes vítimas do governo
grandes vítimas do governo
Lembram-se de Cavaco Silva se ter chorado sobre o valor das suas pensões (que aliás não mencionou por completo) e até, em acto de repelente desrespeito conjugal, ter dado a entender que era ele que sustentava a mulher por causa da sua baixa reforma ?. Então, se assim foi e se assim era, calcule-se o desespero que vai por aquele presidencial lar com as novas medidas anunciadas pelo governo.
Porque hoje é sábado (294)
A sugestão musical de hoje vai para
a banda indie britânica Bloc Party,
cujo últim álbum (de 2011)
se intitula Four.
a banda indie britânica Bloc Party,
cujo últim álbum (de 2011)
se intitula Four.
Hunting For Witches"
I was
sitting, on the roof of my house
With a shotgun
And a six pack of
beers,six pack of beers,six pack of beers.
The newscaster says, "The enemy is
among us"
As bombs explode on the 30 bus,
Kill your middle class
indecision,
Now is not the time for liberal thought,
So I go hunting
for witches
I go hunting for witches
Heads are going to roll
I go
hunting for..
90's,Optimistic as a teen.
Now its terror
airplanes
crash into towers, into towers, into towers.
The Daily Mail says the
enemies among us,
Taking our women and taking our jobs,
All reasonable
thought is being drowned out by
the non-stop baying, baying, baying for
blood
So I go hunting for witches
I go hunting for witches
Heads
are going to roll..
I was an ordinary man with ordinary desires
I watched
TV, it informed me
I was an ordinary man with ordinary desires
There must
be accountability
Disparate and misinformed
Fear will keep us all in
place
So I go hunting for witches
I go hunting for witches
Heads
are going to roll
I was an ordinary man with ordinary desires
I
watched TV, it informed me
I was an ordinary man with ordinary
desires
There must be accountability
Disparate and misinformed
Fear
will keep us all in place
12 outubro 2012
Em França sobre o
Tratado Orçamental - o tal
que foi votado em Portugal por PS, PSD e CDS
Dans L'Humanité ce vendredi : le cri d'alarme des économistes contre le traité européen: Ils sont 120 à avoir lancé un appel contre le traité budgétaire européen. Dans leur diversité, ils affirment que "l'avenir de l'Europe mérite un débat démocratique sur les solutions". Ils soulignent le besoin d'une réorientation de la BCE. Dans un entretien avec l'Humanité, André Orléan, directeur de recherche au CNRS, considère, que, pour sortie de la crise, la lutte contre la finance est "une nécessité". Extraits.
11 outubro 2012
Artigo no «Público»
Seguro e os retoques
no que barbaramente sofremos
no que barbaramente sofremos
Como é natural e minha elementar obrigação política, dei-me ao trabalho de ler no Público de hoje o artigo de António José Seguro intitulado «A alternativa responsável» /«o PS e a crise».
E começo desde logo por dizer que até se pode admitir que com este artigo A. J. Seguro visasse um objectivo limitado e específico mas não é possível deixar de sentir que, face à onda de indignação, revolta e raiva que assalta a sociedade portuguesa, este artigo é uma espécie de embalagem de Xanax XR oferecida aos portugueses.
Anoto designadamente que neste artigo:
- são omitidas todas as convergências em matérias estruturantes e estruturais do PS com a direita, desde o memorando com a troika, ao último Orçamento de Estado, passando ainda, entre outras coisas pela criminosa revisão da legislação laboral e pela aprovação dese infame garrote chamado Tratado Orçamental;
- não há uma única palavra sobre o avassalador vendaval de agressão e retrocesso nos direitos dos trabalhadores;
- consta a defesa da reposição do IVA reduzido na restauração como se essa medida não estivesse incluída no Orçamento para 2012 a que o PS não se opôs;
-não inclui nenhuma prestação de contas sobre o percurso e resultados do chamado «acto adicional» a favor do crescimento económico e do emprego que o PS, para maquilhar o Tratado Orçamental, tanto defendeu para a escala europeia;
- embora de forma sibilina, volta a evidenciar do alinhamento do PS pela estuporada e mentirosa milonga da compatibilização entre austeridade e equilibro orçamental com crescimento exocómico e criação de emprego.
E, assim sendo e mesmo sem ir mais longe, a mim resta-me concluir que, no título do artigo, aquele adjectivo «responsável» nem fazia falta nenhuma porque está reportado a uma «alternativa» que é pura fantasia ou areia nos olhos dos portugueses.
A propósito do IMI
Se em 2006 escrevi isto,
o que não terei de escrever
se o novo saque fôr para a frente
(...) Em terceiro lugar, porque o governo criou dois regimes de tributação diferenciados para os prédios urbanos, estabelecendo um enquadramento mais penalizador e desfavorável para os prédios antigos. Essa penalização resulta não tanto das diferentes taxas aplicáveis (aos antigos de0,5 a 0,8% e aos novos ou que
são objecto de novas transacções até 0,4%), mas sim dos coeficientes de
correcção monetária para actualização do valor patrimonial e que vão de 44,21
para prédios inscritos até 1970 até 1,00 para os inscritos em 2002.
o que não terei de escrever
se o novo saque fôr para a frente
(...) Em terceiro lugar, porque o governo criou dois regimes de tributação diferenciados para os prédios urbanos, estabelecendo um enquadramento mais penalizador e desfavorável para os prédios antigos. Essa penalização resulta não tanto das diferentes taxas aplicáveis (aos antigos de
E se me
parece avisado não sobrecarregar designadamente os jovens casais que são
empurrados (é o termo) para a compra de casa própria, também penso que o governo
PSD-CDS não devia ter ignorado que, há uma, duas ou três décadas, muitos
cidadãos compraram casas antigas exactamente por não poderem suportar os
elevados encargos bancários com a aquisição de casas novas; que são os prédios
mais antigos que têm mais despesas de conservação; e que boa parte deles são
propriedade de idosos com baixos rendimentos. E, além disso, os referidos
coeficientes de actualização patrimonial não fazem qualquer distinção entre
prédios de rendimento e prédios para habitação própria e nem sequer consideram
as diferenças objectivas dos próprios prédios, como por exemplo a área bruta
construída.
Poderá
haver exemplos e situações mais graves, mas um caso concreto e absolutamente
verdadeiro pode ajudar a exemplificar a origem ou causa da irritação e
indignação de que falei no início deste
artigo.
Nos
arredores de Lisboa, num município gerido pelo PS que aplica a taxa máxima de
0,8%, uma fracção (com três assoalhadas) em regime de propriedade horizontal de
um prédio reconstruído em 1950 viu o seu valor patrimonial actualizado em 2004
para cerca de 50.000 euros. Em 2003, relativamente ao ano anterior, o seu
proprietário pagara de contribuição autárquica 28,42 euros; em 2004, já com o
novo regime, pagou 88,42 euros (+ 211%); em 2005 pagou 163,41 euros (+ 82,4%);
em 2006 vai pagar 253,42 euros (+ 55%); em 2007 deverá pagar 358,42 euros e, em
2008, pode contar com um aviso para liquidar 478,42 euros, ou seja, em moeda
antiga cerca de 96 contos. Resumindo, não houve “cláusula de salvaguarda” que
impedisse este cidadão de ver o seu imposto aumentar 790% entre 2002 e 2006,
sendo bom explicar aos que consideram que as percentagens podem ser ilusórias
que é uma dura realidade que este contribuinte viu o seu imposto aumentar 225
euros ou 45 contos em quatro anos e que, no conjunto dos próximos dois anos,
poderá contar com um agravamento no IMI do mesmo valor. (...) [ no "Público " de 19 de Maio de 2006]
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