04 outubro 2012

Imperdível

Nova mini-crise no governo ?

(vídeo a ver aqui antes que seja eliminado)
(copiado, entre outros, de aqui)

Não, é apenas um parlapatão,
sem escrúpulos e sem pingo
 de vergonha na cara.

03 outubro 2012

Juntando notícias...

... para ficar ainda mais claro
que querem que paguemos
os roubos dos seus amigos !





Depois do Gaspar de hoje

Consintam-me na repetição



Num dia assim e em vésperas do C.D.A.

Um desnecessário
floco de nevoeiro político 




Porque o debate democrático de ideias não pode abdicar da frontalidade e franqueza, lamento tão sincera quanto profundamente que, em conferência de imprensa hoje realizada, o Prof. José Reis, respeitável personalidade que é um dos mais destacados promotores do Congresso Democrático das Alternativas, tenha incluído nas suas declarações, em geral justas e pertinentes, um apelo a que os partidos de oposição "aceitem sair das suas trincheiras" (aqui aos 15 m.) e passem a um diálogo ainda que crítico. 

A este respeito, começo por voltar a lembrar que o diálogo entre forças políticas não é apenas coisa de negociações formais ou salas de reunião, antes acontece no espaço público e à vista de toda a gente através da manifestação das posições de uns sobre as propostas de outros e vice-versa, assim se evidenciando as convergências ou as discordâncias , como tem estado bem patente nestes dias.

Acontece que, a meu ver, é nanifestamente pouco feliz esta referência às «trincheiras» e que se trata de é um apelo de efeito fácil mas que releva de um carácter salomónico e superficial, filho de uma equitativa distribuição de responsabilidades que, como o Prof. José Reis saberá tão bem como eu, é injusta e sem aderência à realidade.

Com efeito, o Prof. José Reis não pode deixar de saber, bem no concreto, de que diferentes e distanciadas orientações, propostas e valores se faz aquilo a que chamou de "trincheiras". Mais: ele próprio e os outros promotores do C.D.A. terão em relação a elas, as suas próprias simpatias ou antipatias, concordâncias e discordâncias, proximidades e distâncias.

Talvez haja uma pergunta que possa iluminar esta questão: que diria o Prof. José Reis se, em resposta ao seu apelo, o PS lhe respondesse assim: "Sair das trincheiras ? Então porque não sai o Congresso Democrático das Alternativas da sua [justíssima, digo eu] trincheira da posição anti-memorandum que é um elemento fundador e estrutural da convocatória dessa iniciativa ? ".

Estou quase certo que, em tal caso, o Prof. José Reis,  por sua vez, responderia algo assim:" primeiro, não é adequado, para não dizer que não é sério, chamar "trincheira" ao que são firmes convicções de esquerda; segundo, não há nenhum desejo de entendimento à esquerda que possa ser alicerçado no rasgar de convicções que a própria realidade se está encarregando de mostrar a sua justeza".

Mais coisa menos coisa

Coisa boa não pode sair da boca 
do Governador-Geral-adjunto do
território


manchete do Diário Económico

e aposto que disto
(e do que este valor representa)

não falará Vítor Gaspar



O sempre inesquecível Bebiano ou...

... o formidável tiro de canhão


Aqui, Rui Bebiano ( o mesmo que aqui, com uma incomparável sensatez e modéstia, atribuía ao Congresso das Alternativas a missão de «unir para construir e propor (...) uma alternativa real de governo ), considera asperamente que as moções de censura do PCP e do BE são tiros de «pólvora seca» e depois escreve (sublinhados meus) «(...) Neste cenário, a abstenção deste partido [o PS] , agora proposta pelo seu irresoluto secretário-geral, seria e será inevitável. Mas como poderia deixar de o ser? No entanto, o inevitável não seria evitável com a apresentação de uma moção única que servisse mais para unir a oposição ao governo do que para demarcar fronteiras? (...)».

Já estou a ver o tiro de canhão que seria uma moção de censura que, para agradar ao PS, excluísse qualquer referência ao memorando com a troika e se alinhasse pela maior milonga dos tempos que correm e que é a da virtuosa harmonização entre austeridade e crescimento económico e criação de emprego. Tudo, para, no fim, o PS não assinar na mesma, como Rui Bebiano muito bem sabe.

Resposta atrasada a José Neves

Para que se saiba


Neste post aqui (reprodução de artigo no i) do estimável e inteligente José Neves, datado de 27/9, consta o seguinte parágrafo (atenção à parte sublinhada):


Mais coisa menos coisa, na respectiva caixa de comentários, respondi-lhe assim (tendo-me então esquecido de explicar que, no corpo das manifestações, nunca vejo quadrados [*] nenhuns):


«Lamento que José Neves tenha caído no acinte e na difamação política ao escrever que «o partido parece cada vez menos capaz de sair do quadrado em que, nas manifestações, os seus próprios serviços de ordem tendem a encerrar os próprios militantes comunistas».

Embora com graus de certeza diferente (num caso, falo de outros, noutro falo de mim), há duas coisas que lhe posso garantir:

- a primeira é que, nas manifestações, os militantes comunistas não se sentem encerrados por coisa nenhuma e tudo o que nelas fazem é o que corresponde à sua cultura política e à sua vontade;

- a segunda é que, em 38 anos de manifestações, com excepção de um 1º de Maio em que fiz parte da delegação oficial do PCP, mesmo nos 14 anos em fui membro da Comissão Política, sempre andei pelas manifestações como mais me apeteceu, para baixo, para cima, para o lado  and so on.

Decididamente, um pouco menos de ligeireza era bonito e ficava-lhe bem.» 

[*] Talvez seja de lembrar que, na manifestação contra a Nato, quem queria um «quadrado» próprio era um certo grupo então muito apoiado por José Neves.

02 outubro 2012

Para a vossa noite

Cynthia Felton em
Sophisticated Lady 




Factos que dispensam comentários

Uma sequência descendente
que fala por si e explica muita coisa


2012 - governo PSD-CDS


manchete de hoje do CM

2009- governo PS /Ana Jorge



2006 - governo PS/Correia de Campos



DN de 22 agosto 2006

01 outubro 2012

Estou sem telefone, por isso, apelo urgente

Alguém que ligue já
para o INEM porque 
Junqueiro
sofreu um ataque brutal de amnésia !


Segundo as edições online, o deputado do PS, José Junqueiro (que somado a outros assim repetiu a cantilena pela 1256ª vez) acusou o PCP e  Jerónimo de Sousa de andarem «de mão dada com a direita» e de, ao votarem contra o PEC IV, terem trazido o governo actual.

Infelizmente as notícias são omissas sobre a magnífica explicação que Junqueiro terá adiantado para um partido como o PCP que tinha votado contra os três PECs anteriores (apoiados pelo PSD de mão dada com o PS) votar a favor do quarto nem sobre o dito deputado terá mencionado que votos e partidos se juntaram nesses três PECs, em vários Orçamentos de Estado e no agravamento do Código de Trabalho de Bagão Félix. Tudo parece indicar que, além de esquecer o tempo do «para dançar o tango são precisos dois», Junqueiro também se terá esquecido de mencionar, já no tempo deste governo, as atitudes do PS na votação do Orçamento de Estado, do novo agravamento do Código de Trabalho e no novo Tratado Orçamental europeu.

Portanto, a sério, alguém chame mesmo o INEM, se não daqui a pouco o homem até se esquece que é de Viseu.

Adenda: Face ao que Fernanda Câncio escreveu aqui , lamento ter de sugerir que a ambulância do INEM, à ida ou à volta do Junqueiro, passe também pelo DN (convém entrar pela Rua Rodrigues Sampaio).