Julgo que, em termos eqilibrados e sensatos, já comentei de forma clara aqui a zoada desmesurada que por aí vai sobre um radical «divórcio» entre os cidadãos e os partidos, o sistema político e a (mal) chamada «classe política».
Mas, ao ouvir ontem o inefável Mário Crespo, a repetir a dose, na SIC Notícias, durante um frente-a-frente entre Alberto Martins e Diogo Feio, deu-me vontade de voltar ao assunto, ou seja, parafraseando uma «boca» injusta e de mau gosto de há 4o anos, «explicando devagarinho para Crespo entender».
É que, para se perceber o desconchavo deste radicalismo sobre o tal «divórcio», bastaria olhar para a última sondagem da Católica em matéria de apreciações positivas sobre os líderes que andam um pouco acima ou um pouco abaixo da metade dos inquiridos, como se pode ver a seguir.
Ou seja, prezados leitores, se o «divórcio» fosse o que andam para aí a dizer, não haveria os números ou percentagens que a imagem mostra e todo aquele pessoal era implacavelmente corrido ou castigado com zeros ou pouco mais.