Uma boa pergunta
07 junho 2012
06 junho 2012
No «DN», duas notícias sobre ...
... as prioridades deste governo !
Alguns leitores dirão com razão que um milhão de euros não é nada comparado com os imensos milhões gastos nos dois submarinos. Aviso porém que mudei de opinião sobre os submarinos. É que, com Portugal a ir ao fundo, com eles sempre poderá haver umas dezenas de compatriotas (ministros e secretários de Estado, por exemplo) que conseguirão emergir.
05 junho 2012
Uma foto de há 76 anos ou...
... quando os
guarda-redes usavam boné
guarda-redes usavam boné
Esta foto de uma defesa do grande Ricardo Zamora na "Taça do Rei" (El País dixit) em 1936 é a capa do último Babélia do El País que inclui vários artigos sobe a presença do futebol na literatura.Entretanto, chapeau para as declarações de Manuel José sobre o excesso de show-off em torno da selecção nacional.
04 junho 2012
O que não foi dito ...
... sobre o referendo na Irlanda
Como era de esperar, os variados adeptos do actual curso europeu, festejaram a aliás esperada vitória do «sim» no referendo na Irlanda sobre o Tratado Orçamental. A comunicação social destacou naturalmente os os 60,3% para o «sim» e os 39,7% para o «não» mas já ficou mais obscurecido que a abstenção rondou os 50%. Entretanto, sem negar a legitimidade do resultado, a verdade é que, em nenhum órgão de informação, vi que se perdessem dois segundos a reparar que os partidos (Fine Gael, Fianna Fail e Labour Party) apoiantes do sim somaram muito mais de 73% nas legislativas de 2011 e que os os partidos ou forças (Sinn Fein, United Left Aliance) que fizeram campanha pelo «não» nessas eleições se tinham ficado pelos 12%.
É claro que para as forças e interesses que comandam o processo de integração europeia, assustados com andam, só conta que ganharam e pronto. Mas, se quisessem ser lúcidos e olhar mais para diante, deveriam aprender que os 40% de «nãos» na Irlanda (e nas condições descritas no cartoon acima) dizem mais do que parece.
Como era de esperar, os variados adeptos do actual curso europeu, festejaram a aliás esperada vitória do «sim» no referendo na Irlanda sobre o Tratado Orçamental. A comunicação social destacou naturalmente os os 60,3% para o «sim» e os 39,7% para o «não» mas já ficou mais obscurecido que a abstenção rondou os 50%. Entretanto, sem negar a legitimidade do resultado, a verdade é que, em nenhum órgão de informação, vi que se perdessem dois segundos a reparar que os partidos (Fine Gael, Fianna Fail e Labour Party) apoiantes do sim somaram muito mais de 73% nas legislativas de 2011 e que os os partidos ou forças (Sinn Fein, United Left Aliance) que fizeram campanha pelo «não» nessas eleições se tinham ficado pelos 12%.
É claro que para as forças e interesses que comandam o processo de integração europeia, assustados com andam, só conta que ganharam e pronto. Mas, se quisessem ser lúcidos e olhar mais para diante, deveriam aprender que os 40% de «nãos» na Irlanda (e nas condições descritas no cartoon acima) dizem mais do que parece.
03 junho 2012
De cada vez que o lerem ou ouvirem...
.... lembrem-se disto !
Embora mais tarde tenha voltado ao tema, o que é certo é que já em 23.5.1996, ou seja há 16 anos, escrevi o que abaixo se segue numa crónica publicada no Avante! com o título «Quanto e quem»:
«(...) Mas bem pior que estes truques, é a onda de mal disfarçada arrogância, hostilidade e desprezo face ao mundo do trabalho e de intenso proselitismo da ofensa aos direitos dos trabalhadores e em geral dos direitos sociais ( é ver a campanha alarmista e insidiosa sobre a segurança social) que se vai exprimindo em muitos meios de comunicação social, em significativa contemporaneidade com a existência de um Governo do PS.
Manchete do CM de hoje
No Jornal de Negócios
Embora mais tarde tenha voltado ao tema, o que é certo é que já em 23.5.1996, ou seja há 16 anos, escrevi o que abaixo se segue numa crónica publicada no Avante! com o título «Quanto e quem»:
«(...) Mas bem pior que estes truques, é a onda de mal disfarçada arrogância, hostilidade e desprezo face ao mundo do trabalho e de intenso proselitismo da ofensa aos direitos dos trabalhadores e em geral dos direitos sociais ( é ver a campanha alarmista e insidiosa sobre a segurança social) que se vai exprimindo em muitos meios de comunicação social, em significativa contemporaneidade com a existência de um Governo do PS.
É verdade que não gostaríamos de adiantar explicações lineares ou esquemáticas para estas atitudes, até porque bem sabemos que há neste país milhares de cidadãos que, vivendo e ganhando bem, são solidários com causas sociais e projectos políticos progressistas de cujo êxito até sabem não poderem esperar qualquer beneficio ou vantagem material.
Mas no ponto a que as coisas estão a chegar, não faltará muito para que, em relação a casos mais extremos de arrogância contra os trabalhadores e de impiedosa insensibilidade perante os problemas, os dramas e as dificuldades de quem vive do seu trabalho, apareça alguém a desafiar certos protagonistas a passarem a juntar sempre às suas opiniões e ideias duas simples informações concretas : quanto ganham e quem lhes paga.»
Lê-se e não se acredita !
As "grandes" poupanças com
menos um mês de vida para
um doente de cancro
menos um mês de vida para
um doente de cancro
Segundo o Público de ontem, o secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, numa recente entrevista à Renascença, no contexto de uma sua referência a que «não vamos , com certeza, estar em condições de continuar a pagar actos médicos ou cirúrgicos de eficácia duvidosa», terá dado como «exemplo extremo» as terapias que prolongam por pouco tempo a vida de alguns doentes de cancro. A notícia revela que o bastonário da Ordem dos Médicos qualificou a afirmação de Leal da Costa de «gravíssima», «estigmatizante da medicina praticada em Portugal , desprestigiante para os médicos portugueses e seguramente alarmante para os doentes».
Não andasse a selvajaria à solta e se fossemos um país decente, e este secretário de Estado já era, embora, em boa verdade, não se trate de um dislate pessoal mas do ensopamento na desumana filosofia geral deste governo.
02 junho 2012
Fixem bem...
... para mais tarde recordar !
A AR debateu ontem o projecto de resolução sobre a necessidade urgente de renegociação da dívida que o Grupo Parlamentar do PCP tinha anunciado nas suas últimas Jornadas Parlamentares. A intervenção inicial de Homório Novo está aqui e a final de Bernardino Soares está aí em baixo. Segundo se pode ler na notícia do Público, as bancadas da maioria voltaram a cometer a suprema desonestidade política que é identificar «renegociar» com «não pagar». PDS, CDS e PS votaram contra. Pela certa, tarde e a más horas, ainda um dia virão a dizer que a renegociação é uma boa medida porque é a sua e é mandada pelo FMI, BCE e Comissão Europeia.
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