30 maio 2012

Barragem de palavras ?

Passos Coelho e Relvas, na AR,
no mesmo dia e sobre o mesmo assunto


Estará tudo explicado ?

Contribuição para o
perfil do Álvaro ministro



Por pura casualidade, ontem, em Vila Franca de Xira, um meu camarada resolveu mostrar-me, ao vivo e a cores, um livro que tinha recentemente comprado barato e por ter ficado intrigado com o título e o autor. Aí fica a capa e o estimulante topo da contracapa (em fotocópia a preto e branco) da obra (parece que de ficção), editada pela editora Guerra e Paz. Curiosamente, no sítio da editora, o nome do livro é referido na biografia do autor mas o livro não aparece no catálogo. Só faltando dizer que, na brevidade daquele encontro, não tive oportunidade de saber se também foi Deus que criou a austeridade.




Raquel Varela «dixit» ou...

... a revolução é só querê-la ! 




A historiadora e blogger Raquel Varela aqui e sem que me apeteça dizer nada que perturbe o simplismo e as caricaturas da autora.



29 maio 2012

O tempo da questão de fundo

Faltam muitas fotos nestas notícias

Até aqui, talvez por razões de epiderme, tinha evitado escrever sobre o chamado caso das «secretas», o que também se justificava porque muitos outros têm dito o essencial e acertado na mouche
Escrevo para sublinhar que o centro das atenções não deve ficar reduzido a Silva Carvalho e  seus comparsas mais directos que já foram objecto de uma acusação pelo Ministério Público caracterizada por uma devastadora densidade de factos concretos.
Agora, o essencial é obter resposta sobre como foi possível tudo isto acontecer nos serviços de informações e saber o que por lá continuará a acontecer. Agora importa perceber porque é que o Prtimeiro-Ministro correu a manter a confiança política em Júlio Pereira, o homem diante de cujas inexistentes barbas tudo se passou. Agora importa regressar ao tema da fiscalização dos serviços de informações e recordar quantas vezes o Presidente do Conselho de Fiscalização eleito pela AR disse que estava sempre tudo bem. Agora importa lembrar que em todas as revisões constitucionais, o PCP propôs que o citado Conselho de Fiscalização integrasse todos os partidos parlamentares e não apenas o PS e o PSD, o que obviamente nunca foi aceite debaixo do juízo reservado e nunca claramente enunciado da boca para fora de que potenciais vigiados pelos serviços não podem vigiar os serviços.
E já que Passos Coelho vai falar nisto na AR, importa encostá-lo às cordas sem dó nem piedade (mesmo que tenham sido outros a considerar que Silva Carvalho reunia qualidades e ser nomeado para o lugar).

28 maio 2012

As agências de comunicação e o governo

Como eles falam


No passado sábado, na edição do Público, uma peça sobre a questão das «secretas» terminava assim (sublinhados meus) : «Outra curiosidade: A Ongoing é assessorada pela Cunha Vaz e Associados, que tem um profissional destacado no gabinete de Miguel Relvas. "Confirmo que a empresa tem um profissional requisitado pelo gabinete do ministro Relvas, à semelhança do que acontece  com as restantes empresas  de Consultadoria em Comunicação, que também colocaram colaboradores noutros gabinetes». António Cunha Vaz garante não ter negócios com o governo».

Julgava eu, até pelo destaque que teve um certo caso, que os ministérios contratavam, em termos de exercício de funções públicas objecto de publicação em "Diário da República", profissionais que até ali trabalhavam em  agências de comunicação  e que, por exclusiva opção individual, decidiam mudar de emprego. Não sabia que as agências «colocaram colaboradores» em gabinetes ministeriais.

Enfim, ou muito me engano ou há maneiras de falar ou lapsus linguae que alguma coisa devem querer dizer.

4000 posts substituidos por isto

O triste destino de um belo nome


Isto é mesmo chorar sobre o leite derramado mas, graças aos alertas de diversos leitores, saibam agora os outros no que deu o anterior e assassinado «o tempo das cerejas» graças uma subtil mudança de  .com para .pt.

27 maio 2012

Final de domingo com o guitarrista brasileiro

Edu Leal





  Vou ver-te, com Leila Pinheiro


Revoada dos Astros

Para o seu domingo, a banda mexicana


Maná

Sergio Vallín, Alex González,
Juan Calleros e Fher Olvera
 


Ainda um aspecto do caso Público-Relvas

Li e ponderei mas
mantenho o que escrevi


Na edição de hoje do Público, no final de um longo texto sobre este caso, José Queiroz, Provedor dos Leitores daquele jornal, para minha surpresa, escreve o seguinte (sublinhados meus):«Duas notas finais, A primeira para dizer que considero censurável o facto de no «Esclarecimento» publicado . a direcção do PÚBLICO ter escrito  que Relvas dissera, nos seus polémicos telefonemas para o jornal, que "iria divulgar na Internet que a autora da notícia  vive com um homem de um partido da oposição". Trata-se aliás, segundo garante a jornalista em causa, de "uma informação falsa", com a qual o ministro pretende «descredibilizar» o seu trabalho, colando-o "a uma agenda ideológica". Tendo decidido tornar pública [ J.Q. refere à frente que, entre a directora e a jornalista, há divergências sobre terem ou não acordado na divulgação desta parte] esta inqualificável ameaça do governante, a direcção do jornal tinha a estrita obrigação de explicar que se tratava de uma falsidade, o que não fez. Felizmente, o erro terá sido corrigido num novo «Esclarecimento» ontem publicado» [ e que foi objecto do meu post anterior].


Face a esta opinião de José Queiroz, a mim apetece-me perguntar se, caso a informação sobre a relação afectiva da jornalista com «um homem de um partido de esquerda» fosse verdadeira, o Provedor dos Leitores do jornal também entenderia que a direcção do «Público» tinha a «estrita obrigação» de a confirmar. E cabe-me estranhar que José Queiroz não perceba que esta preocupação com o esclarecimento de que era «uma informação falsa» representa no fundo uma aceitação da razoabilidade da tese da colagem a «uma agenda ideológica», deixando em consequência no ar uma certa ideia indirecta de diminuição sobre todos e todas os e as  jornalistas do Público que porventura vivam com homens ou mulheres de «um partido da oposição».


José Queiroz é um jornalista prestigiado e respeitado e certamente por  boas razões é o actual Provedor dos Leitores do jornal. Mas eu mantenho inteiramente o que escrevi no post anterior  e, autoflagelando-me, insisto que a explicação deve estar no seu último parágrafo. Ou pensando melhor, talvez não: na verdade, talvez se trate de uma miudeza de um não jornalista uma vez que, com tantos jornalistas a intervir na blogosfera, que eu visse, o ponto que eu levantei não lhes mereceu qualquer atenção.

Elegante mas muito cínica

O que eu nunca ouvi
a senhora Lagarde dizer