22 março 2012

Os jornalistas e o lado errado
ou como evitar fotos destas




Acabo de ouvir na SIC Notícias uma referência a um comunicado da PSP (no sítio da PSP, parece que os comunicados de imprensa pararam em 30.12.2011) sobre as agressões a dois jornalistas) que é de deixar uma pessoa de cara à banda. Segundo a SIC, o comunicado refere não apenas que nestas situações, os jornalistas devem estar visivelmente identificados (o que não se discute) mas também que se devem colocar do lado da barreira policial.
Escusado será dizer que, com semelhante doutrina, os fotojornalistas poderão fotografar manifestantes mas não polícias em acção porque agora parece desenhar-se o grande conceito estratégico policial de «vai tudo raso». Muito conveniente, reconheçamos.
 E agora já não se ralam
com a imagem externa de Portugal ?



a legenda refere-se à agressão a Patricia Melo, fotojornalista da AFP.

Unidos e solidários








Maré Alta por Sérgio Godinho


United We Stand por Smokey Dymny

There's problems in the country, the economy's not for all
We're blaming the politicians, but it ain't them at all.
We've got to get together, we can do it all,
For united we stand; divided we fall.
For united we stand; divided we fall.

They've been raising our taxes for mor'n a hundred years,
Workers and children dyin'- parents shedding tears.
We can stop their bloody rip offs, well, we can do it all,
For united we stand; divided we fall.
For united we stand; divided we fall.

There's problems with our forests, our garbage and the air,
Corporations say they're green now, politicians that they care
But only you & I can set them straight, we can do it all.....
For united we stand; divided we fall.
For united we stand; divided we fall.

We've got too much unemployment, folks livin' on the streets,
Families at the food banks; they can't afford to eat.
We need income redistribution, we can do it all, For....
For united we stand; divided we fall.
For united we stand; divided we fall.
.

(...)

21 março 2012

Mais sobre o Portugal "laranja"

Ouçam com atenção !



A isto, o ministro da Saúde respondeu que não tinha conhecimento embora reconheça estar a estudar a introdução de materiais que possa ser reutilizáveis. Diz quem percebe alguma coisa disto, que isto da reutilização seria regressar aos anos 70 do século passado. E nunca nos esqueçamos que, no caso passado do sangue contaminado (no tempo e não necessariamente por culpa directa de Leonor Beleza) as empresas também davam todas as garantias sobre o «factor» que era importado.

Interpelação do PCP ao Governo

As palavras que têm de ser ditas




Miguel Tiago , deputado do PCP, na AR :(...) Essa modernidade, de mais exploração, menos salários e mais horário, é a modernidade dos patrões, a modernidade dos que não sabem o que é viver com os rendimentos do trabalho próprio, a modernidade dos senhores do dinheiro e do Governo.

É a modernidade dos que nunca saberão o que é viver sem estabilidade laboral, dos que nunca precisarão de esperar nas filas do centro de saúde ou do hospital, nas filas de um centro de emprego, dos que não precisam de acção social escolar, dos que engordam os lucros à custa do empobrecimento dos outros. Essa modernidade é o passado que os portugueses já venceram e certamente tornarão a vencer agora.

É contra esse regresso ao passado, essa modernidade bafienta, que os trabalhadores portugueses erguerão já hoje os piquetes para a greve geral de amanhã e contra essas políticas negarão um dia de trabalho, um dia de salário, mas também um dia de exploração.

Dizem-nos que acatar as medidas de austeridade, que acatar os roubos, que aceitar passivamente a destruição do nosso país, que emigrar, que desistir são as únicas soluções.
Que se aceitarmos o sacrifício agora, um dia melhor virá. Mas engana-nos e mente quem tal nos diz. A situação nacional demonstra precisamente o inverso: quanto maior for a aceitação destas medidas, mais ávidos e ferozes serão os que delas beneficiam.

Quanto mais submissos forem os Governos, quanto mais conformados estiverem os idosos, os jovens, os homens e mulheres que trabalham, mas longe irão os grandes grupos económicos na sua marcha de supressão de direitos, de exploração e de afundamento do país. É tão simples quanto olhar à nossa volta.
Tanto assim é que apenas o caminho contrário se mostra como solução: o caminho da luta, da valorização do trabalho e da produção nacional, do respeito pelos trabalhadores portugueses, de mais e melhor preparação dos jovens para a vida ativa, de mais cultura e de aprofundamento da democracia.
São esses os eixos de uma política necessária, de uma política patriótica ao serviço do povo que assuma o fim da ocupação nacional, que resgate a soberania nacional e devolva o poder ao povo. São esses os eixos absolutamente fundamentais para romper com o caminho de destruição, de afundamento, para reganhar das garras dos que enriquecem na sombra, na corrupção, na exploração, no roubo, o futuro e o presente do nosso país.
São esses os eixos que já amanhã, já hoje, todos os trabalhadores portugueses começam a construir ao assumir a luta como arma. São esses os pilares sobre os quais se edifica um país: trabalho, democracia e direitos e não roubo, corrupção e submissão. São esses os pilares que, com as suas armas, com a sua greve geral e tantas outras lutas, os trabalhadores portugueses erguerão.
Daqui deixamos um apelo, nas palavras do poeta “nada deve parecer impossível de mudar».
Nada é impossível de mudar.»

Juntos, firmes e determinados


 
Vídeo via «cinco dias»/Bruno de Carvalho

E hoje também o


Lendo poemas em Occupy Wall Street

LENA RETAMOSO URBANO
(n. 1971, Perú)

BRANCO É O SONHO DA NOITE 
Tradução de Antonio Miranda 

branco é sonho da noite que ruge quando fechas os olhos
oculto 
gesto de flor antes de nascer


a noite repousa no colmilho de uma luz prodigiosa
aspira o coração de sua viagem interminável 
sonha o alento que o ar desconhece
branca a pele que o horizonte abandonando-se em seus contornos
branco o grito de Narciso diante do espelho branco
o dia em que teu corpo 
fez de minhas espinhas dorsais um ramo de flores
branco o desejo que no amar-te lacera sua vontade
branca sua impaciência de onda após onda 
branca a distância entre a terra 
branca a sede que em seus lábios 
o mar infatigavelmente desposa
branca a lembrança ondulante de um peixe dormido 
apaixonado pela areia que espreita sua morte
branco o silêncio que o homem confunde com sua voz
branca a tarde em que caminho para esquecer que te encontro 
e que no ar os beijos são sepulcros alegres
branca a noite em que recordo 
tuas mãos virem como sedas vertiginosas 


o lago avança até a luz 
seu corpo escurece
minha voz é crepúsculo na irmandade de suas águas
árvores desnudas estampam 
a fuga de teu corpo

Hoje é o

Dia Internacional pela
Eliminação da Discriminação Racial

poster de 2009 de um sindicato canadiano

20 março 2012

Portugal "laranja" no seu melhor


Na sua maioria são velhos e ainda por cima alentejanos, portanto, que se lixem, vamos lá a discutir a arbitragem do Bruno Paixão no Gil Vicente-Sporting.

Por uma vez, de acordo

Pois estamos !