23 fevereiro 2012

O cartaz de Sarkozy e...

... as justas e saborosas paródias
que está a desencadear na Net

(já há mais de 30 anos que, no pessoal
 da publicidade ou da propaganda
 política, vigorava a ideia de que
 «o mar vende sempre»)


O supremo masoquismo de evocar...

... um combate perdido



Em notícia de primeira página do Público de hoje, lá volta a qualificação desta vez de António José Seguro (o anterior foi Passos Coelho) como «líder da oposição». Os leitores mais antigos ou fiéis já conhecem, ao ponto do enjoo, a minha embirração e combate (sempre perdido por  ao longo de décadas) contra esta persistente, preconceituosa e talvez preguiçosa falsificação. Mais a pensar nos leitores mais recentes ou mais novos, volto por isso a dizer que talvez não fizesse mal aos actuais chefes ou responsáveis do Público lerem o meu artigo «Líder de quê?» publicado nesse mesmo jornal em 17.11.2006 . É que há lá uma série de bondosas e construtivas sugestões sobre como evitar a constante repetição do dislate.

Deixou-nos há 25 anos mas...


... está sempre connosco




22 fevereiro 2012

Uma canção de um poeta e professor de poesia

Kevin Gordon em
Colfax/Step in Time





 

França - novo Tratado

Também uma
«abstenção violenta» do PSF




A Assembleia Nacional Francesa aprovou ontem o novo tratado intergovernamental- «Mecanismo Europeu de Estabilidade» sendo a abstenção dos deputados do PS francês (2o, no entanto, votaram contra) que permite naturalmente ao Libération titular sobre uma «esquerda» dividida. O jornal observa que:
«La gauche du parti [ socialiste] aurait préféré le vote contre, mais elle n’a pas voulu faire de vagues en pleine campagne. Razzy Hammadi, proche de Benoît Hamon justifie : «Notre position, c’était soit le non, soit l’abstention. S’abstenir, c’est une manière de ne pas cautionner le traité et, en même temps, cela permet que l’argent soit versé à la Grèce.»
De quoi hérisser leur ex-camarade Jean-Luc Mélenchon (candidato do PCF e do Parti de Gauche], pour qui le MES impose un «modèle austéritaire» à toute l’Europe et donnerait à tous «le médicament qui va tuer la Grèce». Le candidat du Front de gauche, militant du non en 2005, a «adjuré» hier les socialistes de voter contre : «Tout élu du peuple doit exprimer un avis. Il est impossible de se cacher aux toilettes ou ailleurs» sur une question qui engage «l’avenir du pays». S’abstenir ? «C’est préparer le terrain à une capitulation, selon l’eurodéputé. Surtout quand on prétend vouloir gouverner le pays.» Puisque Hollande dit vouloir renégocier le traité«pour préparer le rapport de forces, il faut résister tout de suite»,relève-t-il. D’autant plus que la gauche est majoritaire au Sénat où le texte doit être débattu le 28 février : «S’abstenir au Sénat, c’est dire à la droite qu’elle peut faire ce qu’elle veut à propos de l’Europe», s’est insurgé Mélenchon, annonçant un recours devant le Conseil constitutionnel.»
Por cá, curiosamente, reina ainda um silêncio de chumbo sobre este novo tratado.

Não se alarmem

A troika e o governo dizem
que estamos no bom caminho



na primeira página do i de hoje

20 fevereiro 2012

O mistério do dia ou...

... uma tontice nada inocente



Ao longo das últimas décadas, vários primeiros-ministros foram alvo de vaias populares ou de manifestações de protesto e nem todos cancelaram as suas visitas, alguns terão mesmo travado curtos diálogos com manifestantes.
E, nessa época, ninguém se atrevia a escrever na imprensa  que a atitude destes primeiros-ministros "esvaziou politicamente a vaia".
Pois é isso mesmo que o Público de hoje, na sua rubrica "Sobe e Desce", escreve a propósito da atitude Passos Coelho em Gouveia.
Pensava eu que as vaias ou acções de protesto junto de governantes se destinavam a existir com o correspondente significado social e político. Mas parece que não. Segundo o extraordinário critério do Público, as vaias ou protestos destinam-se a testar se os governantes conversam com um ou outro manifestante ou se fogem.
Acontece que eu ouvi as palavras de Passos Coelho face à contestação que defrontou em Gouveia e nelas não vi nem a mais ténue resposta às queixas e protestos populares que ali ecoaram, razão de substância para que aqui declare que não vejo onde está o esvaziamento político da vaia e que, nesta atitude e juízo do Público o que vejo é apenas subserviência e fixação nas coreografias em detrimento dos conteúdos políticos.