07 dezembro 2022

Obrigados a lutar ?

Nem tudo são rosas
 na história dos ciganos
 na Restauração


«De forma sistemática, mulheres e homens ciganos foram condenados a trabalhos forçados ou deportados para diferentes espaços coloniais portugueses – até o mais frio dos historiadores se sensibiliza com os relatos de netos que perderem o rasto aos avós “degredados” ou das mães ciganas que, desesperadas, “renegavam Deus” ao saberem que os seus maridos estavam na antecâmara de algum navio que os levaria para um lugar distante (episódio passado na Tavira dos inícios do século XVIII, num grupo familiar encarcerado apenas “por ser cigano”). Logo em 1641, estavam as batalhas contra Espanha ainda no início, o conselho de guerra determinava a prisão de todos os ciganos que se encontrassem nos batalhões militares, “para se meterem nas Galés” em companhia de “mouros” escravizados, o que demonstra a violência deste “recrutamento” (o documento foi publicado pelo general Chaby, nos finais de oitocentos).» - Francisco Mangas no «Público»

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