Era uma vez um Guaidó
«Os partidos da oposição venezuelana decidiram extinguir o “governo interino” que era liderado desde 2019 por Juan Guaidó. A votação que decorreu na sexta-feira representa o culminar de um processo de divisão interna entre os partidos oposicionistas e a queda da experiência protagonizada por Guaidó.
A eliminação do governo interino foi decidida com 78 votos a favor, 29 contra e oito abstenções dos deputados dos partidos da oposição com assento na Assembleia Nacional – órgão onde desde 2015 a oposição a Nicolás Maduro tem maioria, mas que perdeu praticamente todos os seus poderes efectivos e não é reconhecida pelo Governo chavista.
No entanto, a ausência de qualquer progresso efectivo e episódios como o da tentativa de organizar um golpe para derrubar o Governo chavista que não recebeu qualquer apoio, em Abril de 2019, cimentaram a ideia de que o modelo de Guaidó estava destinado a falhar.
A viragem à esquerda em vários países sul-americanos nos últimos anos, tal como a derrota de Donald Trump nos EUA, também veio tornar o contexto internacional mais adverso às pretensões da oposição venezuelana que contavam com o alinhamento de governos conservadores a nível regional até há bem pouco tempo.» (no «Público »)
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