07 maio 2018

Tudo à vista

 A direcção do «Público»
devota de Macron

A primeira página do «Público» diz-nos isto mas depois o editorial assinado por Diogo Queiroz de Andrade traz-nos estas pérolas. É a ideologia, meus caros.


«Emmanuel Macron chegou há um ano, ainda não parou de reformar e com isso já divide a nação francesa. Ainda bem que o faz. É preciso recordar de onde vem Macron: o jovem presidente vem do anti-sistema, de fora do esquema dos partidos tradicionai
s que ainda hoje não conseguiram fazer a sua renovação. E vem, como diz o próprio, de um terreno que não é “de direita nem de esquerda”, para agitar a democracia.
O que é mais interessante em Macron é como, vindo deste anti-sistema, conseguiu ocupar todo o sistema – deixando a oposição para os extremistas de um lado e do outro que se digladiam por atenção. E trouxe para o centro político os mais jovens, que continuam a apoiar fervorosamente o seu presidente.
França precisava de desmantelar um código de trabalho arcaico e isso foi feito. Precisava de reformar o ensino superior e a lei lá passou. Precisava de resolver uma lei de asilo e imigração e também o fez, calando pelo caminho os extremistas da Frente Nacional. Lançou uma política nacional de inovação que muitos comentadores nem sequer entendem. Precisava de assumir a bandeira da Europa com firmeza e só não se foi mais longe porque a parceira alemã se atrasou com problemas domésticos. Foram reformas boas ou más? Foram reformas, ainda é cedo para saber os seus efeitos. Fez aquilo para que foi eleito, o que é mais do que podem dizer muitos primeiros-ministros europeus.
Há muitos políticos ambiciosos a estudar a agenda e o estilo de Macron. Não só porque lhe gabam o sucesso, mas acima de tudo porque lhe cobiçam a substância. E porque sabem que agora a bitola subiu, é preciso ter uma ideia nacional e europeia e também a coragem de a pôr em prática. A Europa agradece um presidente francês forte, que acredite nela. E os europeus, incluindo aqueles que são governados por forças populistas e demagógicas que odeiam o que a União representa, também lhe agradecem».


3 comentários:

  1. Como a maioria só lê as gordas da capa, é isso que ressalta, o editorial do Andrade, é só para meia dúzia de fiéis, e pelos vistos para o Vitor Dias, que ainda perde tempo a ler editoriais do Público.

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  2. Não leio propaganda paga, por isso púbicos, espessos, curreios das manhas,guardiões, etc e tal-não os compro.Não sei e, não quero saber.É demasiada enformação.tenha uma vida mais saudável do que ler coisas que são fogo fátuo.Jornalismo, já não existe(salvo, raras excepções).Dedique-se à Matemática, etc.

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  3. Diogo Queiroz de Andrade, essa espécie de «pega» que se delicia em escrever ao sabor da ideologia de quem lhe paga.

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