Onde quer Assis chegar ?
No Público de ontem, em mais um artigo de homenagem a Mário Soares, escreveu Francisco Assis:
«Recuemos até aos anos sessenta, período marcado, do ponto de vista da contestação ao regime anterior, pela posição quase hegemónica do PC e por dois momentos de convulsão estudantil muito influenciados por vários movimentos sociais de natureza esquerdista [???]».
Parecendo-me óbio que Francisco Assis se refere à crise académica de 1962 e à crise académica de 1969 em Coimbra mas não querendo desatar à espadeirada com base em presunções ou processos de intenção, haverá alguém dessa época (que também é minha) que me ajude a deslindar onde é que Assis quer realmente chegar ?
Certamente porque este post era demasiado confuso ou elíptico, não houve grandes ajudas nem aqui nem no Facebook. Assim sendo, o melhor é mesmo deixar-me de delicadezas e dizer o que penso sobre esta passagem de F. Assis.
Com efeito, referindo-se aos «anos sessenta» e a «dois momentos de convulsão estudantil» (que, quanto a mim, só podem as crises académicas de 1962 e de 1969), talvez para desmerecer o papel fundamental de uma corrente política, Francisco Assis pura e simplesmente inventou vários movimentos sociais de natureza esquerdista que muito teriam influenciado esses dois momentos de conulsão estudantil.
Adenda em 14.1.2017
Com efeito, referindo-se aos «anos sessenta» e a «dois momentos de convulsão estudantil» (que, quanto a mim, só podem as crises académicas de 1962 e de 1969), talvez para desmerecer o papel fundamental de uma corrente política, Francisco Assis pura e simplesmente inventou vários movimentos sociais de natureza esquerdista que muito teriam influenciado esses dois momentos de conulsão estudantil.
Cisco Assis tem de si próprio um elevadíssimo conceito, homem clarividente que no entanto se baralha com as palavras, enredando-se nelas. Igual a si próprio, é evidente que na presente carreira de palavras Assis procura ganhar "autoridade" tentando abrigar-se com a sombra e com a "herança" de Soares para se estribar no seu anti comunismo militante contra a solução do PS/Costa. Com efeito o relambório pseudo-histórico ciscassiano não é senão uma catilinária contra a viabilização do Governo do PS na AR e a defesa desta "Europa" do Capital, a todo o custo. A talhe de foice, o futuro "filósofo" em 1969 tinha apenas 4 anitos de idade, ficando-nos a dúvida em que movimento estudantil militaria e para que jornal/revista escreveria se tivesse nascido uns viçosos aninhos antes. Porque também os havia de direita e fascistas, contra os quais e contra o Governo de Salazar/Caetano lutavam o movimento associativo estudantil e também o PCP.
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