09 setembro 2016

A pergunta que faço há muito

Se eles (e bem) não têm de
carregar sobre os ombros a responsabilidade dos crimes da
revolução cultural chinesa,
porque tenho eu de carregar os
cometidos na URSS antes de eu
ter nascido ?



A peça do DN faz referência ou inclui depoimentos de Ana Gomes, José Pacheco Pereira, Ester Muznick, Maria José Morgado, José Lamego, António Costa Pinto, João Carlos Espada, Jorge Coelho, Fernando Rosas.

4 comentários:

  1. Contra Revolucionário10 de setembro de 2016 às 02:09

    A resposta é fácil! Os nomes citados não negam, hoje em dia, os crimes do Maoismo. No caso do Vitor Dias, desconheço a sua opinião pessoal sobre o assunto dos crimes cometidos na URSS. Sei no entanto que integra um partido que tende fortemente para o branqueamento desses crimes. Daí que faça sentido continuar a falar no assunto, para que o PCP continue a insistir no branqueamento, desacreditando-se sempre que o faz. A propósito de crimes, tenho lido com interesse as noticias sobre crimes dos franquistas durante a guerra civil espanhola, que o Vitor Dias tem vindo a publicar. No entanto não posso deixar de estranhar a ausencia de noticias sobre crimes do republicanos (coisas como o fuzilamento de freiras pela Pasionaria). Será que não consegue encontrar nenhuma noticia sobre esse tema?...lá está o branqueamento dos crimes comunistas a funcionar!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ora essa, supunha eu que se falo «crimes cometidos na URSS» é porque não os estou a negar, não ? Quanto à guerra civil em Espanha, o leitor precisa de ler a Helen Graham sobre as diferenças entre a violência dos republicanos e dos franquistas.

      Eliminar
    2. Bem, permita-se-me dizer duas coisas (banais) sobre a diferença entre o pessoal do PC e os "maoístas" face aos sistemas soviético e maoista: Os militantes do PC eram na generalidade(com muitas excepções como se veio a verificar) "crentes", acreditavam a desejavam a instalação em Portugal daquele sistema, sabe-se como pagaram esse desejo. Os ditos maoístas eram na esmagadora maioria chavalitos da burguesia nascente a quem, verdadeiramente, nunca passou pela cabeça viver nas condições de que se afirmavam prosélitos. O Barroso, maoísta? O maoísmo era apenas veste sob a qual mais facilmente atacavam quem, na realidade, quisesse "mudar" de sistema. Agora porque é que o PCP nunca fez uma análise crítica do descalabro da URSS? Também não percebo. Violência numa guerra civil? É uma guerra "civil".... Basta ver o que passa à nossa frente..

      Eliminar
    3. Pergunta o leitor: «Agora porque é que o PCP nunca fez uma análise crítica do descalabro da URSS?»
      Informo eu: nada de mais errado : o XIII Congresso (Extraordinário ) do PCP realizado em 20 de Maio de 1990 foi praticamente de4dicado só a isso. Ler aqui em http://www.pcp.pt/resolu%C3%A7%C3%A3o-pol%C3%ADtica-do-xiii-congresso-do-pcp-extraordin%C3%A1rio-cap%C3%ADtulo-i

      Eliminar