da mudança e da esperança
«(...) Nos dias que correm, assistimos a uma envolvente político-mediática
dos programas eleitorais, traduzida em duas farsas maiores. A da
exigência de uma pretensa “credibilidade económica” dos programas
eleitorais, que simultaneamente dá cobertura máxima à mistificação das
substanciais “diferenças” entre os programas do PS e o da Coligação
PSD/CDS!
O filme inicia-se com a apresentação pelo PS do Relatório “Uma Década
para Portugal” que traça um cenário de evolução das principais
variáveis macroeconómicas entre 2016 e 2020. E teve uma resposta à
altura pela Coligação PSD/CDS, que poucos dias antes tinha apresentado o
seu programa/cenário na Assembleia da República, disfarçado de Programa
de Estabilidade/ Programa Nacional de Reformas (PE/PNR)! Depois de umas
cartas, a Coligação não o fez por menos, exigiu que a credibilidade do
Relatório PS fosse examinada pela UTAO e pelo CSF! A inanidade do pedido
é ridícula, mas é bem a medida do estado a que chegámos…
Nós sabemos que a uns e outros lhes pesam os pecados de mentiras políticas e eleitorais infinitas…mas há limites…
Sabemos das promessas eleitorais nunca cumpridas. Pior, com as
medidas de quem chega ao governo, em sentido contrário ao prometido. Nós
sabemos e sabe o povo português, das propostas que PS, PSD e CDS fazem
na oposição, que depois negam quando são governo, ou vice-versa... (Um
só exemplo: em 2007, o Governo PS de que era ministro A. Costa acabou
com o Conselho Superior de Obras Públicas; em 2012 o PS chumbou na AR a
alínea de um PJR do PCP, que propunha a reconstituição do Conselho;
agora no Programa Eleitoral apresentado, o PS ressuscita o Conselho
Superior de Obras Públicas! Para quê palavras…) (...)
Intervenção de Agostinho Lopes aqui
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