a fama de uns e o proveito de outros
Como muitos leitores saberão, a coluna semanal de Paulo Rangel no Público tem um destaque gráfico de «sim» e «não», sendo que o «não» de hoje é, em manhosa adaptação gráfica, a que se segue:
Aqui chegados, escusado será dizer que Paulo Rangel aproveita com nenhuma elegância a coluna que tem à sua disposição para, repetindo aliás um soundbyte que já havia debitado, atacar a lista de outro colunista semanal do Público, a saber, Francisco Assis, sendo que o facto de o Público os identificar a ambos como candidatos ao PE para mim não altera nada a perversidade e mesquinhez de tudo isto.
Por causa das confusões, devo entretanto esclarecer que não sou nada favorável a que as direcções dos jornais possam ou tentem interferir no conteúdo de artigos de opinião e, em principio, também não acho que devam ser suspensas as colunas de colaboradores de jornais só porque, em determinado momento, são candidatos a alguma coisa, isto no pressuposto, agora de novo desmentido, de que os seus autores tenham um módico de bom senso, elegância e razoabilidade. Não, hoje como desde há trinta e tal anos, o meu problema nuclear ou nodal continua a ser sim a garantia de um real pluralismo de opiniões, território em que atravessamos um período particularmente sombrio como se pode atestar pelo facto de nos principais jornais não haver praticamente um único colunista comunista.
É claro que na história do Público são às carradas os exemplos anteriores de dualidades de critérios mas ao ver este «não» de Paulo Rangel não me posso esquecer que, em épocas diferentes, tanto o Luís Sá como eu fomos despachados de colunistas do Público ao fim de um ano de colaboração com o argumento explicitado ou indiciado (mas de facto indemonstrável) de que faziamos ostensivo proselitismo partidário.
(Nota absolutamente acessória: os meus artigos no Público entre Março de 2006 e Fevereiro de 2007 estão todos aqui e oferecem-se de peito aberto para quaisquer comparações com outros autores quanto a proselitismos partidários)
(Nota absolutamente acessória: os meus artigos no Público entre Março de 2006 e Fevereiro de 2007 estão todos aqui e oferecem-se de peito aberto para quaisquer comparações com outros autores quanto a proselitismos partidários)
ó, pá, mas tinhas acreditado no zé manel nandes? lírico.
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