02 agosto 2013

Sondagem da U. Católica realizada em 26,27 e 28 de Julho

Primeiras reacções ao «novo ciclo»



... e coisa nunca vista...


Esclareço que, de repente, não me tornei um «crente» acrítico das sondagens. A prova disso é que não reproduzo aqui a parte da sondagem sobre intenções de voto porque verifiquei que as estimativas de resultados foram calculadas apenas com base nas respostas expressas pelo diminuto número de 38% dos inquiridos, o que evidentemente nunca figurará em nenhum título.

6 comentários:

  1. Não vi a ficha técnica da sondagem, mas a justificação não tem sentido. 38% dos inquiridos não quer dizer nada. Pode ser insuficiente, por exemplo se o nº de inquiridos for de 500, pode ser suficiente, se o nº de inquiridos for de 1500 (e, condição decisiva, a amostra for representativa).

    Quando se inquire há sempre uma percentagem, que pode ser elevada, de inquiridos que se recusam a responder, que respondem sem sentido, que respondem mal, que respondem parcialmente, etc.

    38% parece-me um número perfeitamente razoável. A questão não está na percentagem. Está no número absoluto dos inquéritos aproveitáveis, validáveis para uma inferência estatística.

    Aliás, mais uma vez sem ver as fichas técnicas, custa-me a crer que a percentagem de inquiridos tenha sido muito superior nas sondagens reproduzidas, de avaliação do governo e dos políticos.

    Dito isto, partilho da tua prudência em relação às sondagens. Vou mais longe: da minha descrença em relação a sondagens individuais.

    Já em relação ao conjunto de muitas, feitas por várias empresas, encomendadas por várias organizações ou instituições, publicadas em órgãos de comunicação diversos, utilizando metodologias diversas, amostras de tipo diferente, a história muda um pouco de figura.

    Acho que o conjunto ganha uma certa objetividade, um pouco menos sensível (mas de maneira alguma independente) a enviesamentos de classe (nas encomendas, na promoção, na realização, nas conclusões, na divulgação, no aproveitamento político) e outros condicionamentos sociais, políticos e partidários.

    Neste espírito de olhar, não para uma, mas, digamos, para as últimas vinte ou trinta sondagens, o mínimo que se pode dizer é que a CDU está num bom momento. Saibamos nós consolidar esta tendência que se desenha, e impõe, no meios de tanta manipulação e espalhafato de conjuntura.

    HM

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  2. 64% dos inquiridos e não 38%.

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    1. Para «anónimo« das 22.30 hs:

      No vídeo da RTP vi um quadro com os chamados resultados brutos dos partidos que somavam ao todo 38%. E foram esses resultados brutos que matematicamente extrapolados para 100% deram os resultados mais publicitados.

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  3. Veja aqui: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=3354049&page=-1
    702/1096=64%

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  4. Basta estes dois numeros, 35% apoiam os partidos do governo, 77% acham que o governo é MAU OU MUITO MAU.

    Conclusão , há quem ache que o Governo do PSD e do CDS é mau ou muito mau, mas vai votar no PSD ou no CDS, estranho..... Parece que os mentores desta sondagem acham que não.

    O que eu gostava de ter acesso era aos questionários, para ver se há perguntas capciosas, e como analisam a resposta de alguem que dá respostas contraditórias como o exemplo que citei.

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    1. Poderá sempre consultar os questionários aqui: http://www.erc.pt/pt/sondagens/publicitacao-de-sondagens/depositos-de-2013

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