09 julho 2012

Glórias do jornalismo português ou...

... como elas se fazem !


Até podia esta referência à «classe política» na legenda do Jornal da Tarde de ontem da RTP estar certa  e também estar certa a afirmação do jornalista de que, na referida procissão foi feito um dos mais duros discursos «contra os efeitos da política sobre a vida das pessoas». Acontece porém que, como se pode ouvir aqui, o que o padre Jesus Ramos corajosamente verberou foi a «apagada e dolorosa situação de mágoa  a que fomos conduzidos pela vilania de alguns que se propuseram servir o povo e não cumpriram a sua palavra e de muitos que, fraudulentamente e por meios que não excluem a execrável corrupção, construiram impérios de luxo à custa do suor dos pobres». 
Os leitores estão a ver o filme e o truque: «alguns» e «muitos» convertidos em «classe política» (aliás, uma categoria convenientemente inventada para meter tudo no mesmo saco). 

[post tributário de uma amável chamada de atenção do leitor Edgar Carneiro]

5 comentários:

  1. Limitei-me chamar a atenção para o discurso e, de espantado pela força da denúncia, confesso que nem reparei no truque que a experiência de Vitor Dias logo detectou.
    Crescem as vozes contra esta política, hipocritamente chamada de austeridade, mas, na verdade, de exploração desenfreada.

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  2. Por isso,não compro jornais,dr.Vitor Dias!Vão trabalhar,jornaleiros!!!

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    1. Para anónimo das 17.35:

      Por amor de Deus e sobretudo numa época destas,não me chame dr. Eu não cheguei a concluir sequer todas as cadeiras do 2º ano de Direito. Mas tive uma longa experiência de que basta ser «intelectual», ser magro e ter óculos para me chamarem de dr.

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  3. Aquele alguns e muitos não estarão trocados?

    Um beijo.

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  4. Ao ler melhor o post concluí que esses alguns e muitos acabam por ser os mesmos.

    Um beijo.

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