19 junho 2016

Dizem que é um «jornal de referência»

Quando tudo consegue
ser ainda pior que as previsões


A minha previsão era que o Público de hoje teria um pretexto para, na sua primeira página, desvalorizar a manifestação em defesa da escola pública que encheu de alta a baixo e em contínuo toda a Avenida da Liberdade. Nem mais nem menos, e qualquer que fosse o resultado, o jogo Portugal-Áustria. Aconteceu, porém, que falhei a previsão. A referência ao jogo é espantosamente discreta mas a manifestação  não ganhou nada com isso pois na chamada apenas se lê que «A escola pública ensina que ser «diferente é bom» . Foram 80 mil ou 15 mil à áginaanifestação da Fenprof ? p26». E, na mesma página 17 da edição impressa onde se volta a repetir este horripilante dilema entre os 80 mil ou os 15 mil, já há porém uma legenda de fotografia que reza o seguinte: «Manifestação foi convocada no mesmo dia em que os colégios levaram à rua cerca de 40 mil».


E pronto, não quero dizer mais nada, a não ser recordar como foi a capa do Público no dia a seguir à manifestação amarela.


13 junho 2016

É uma chatice....

... quando os destaques
querem meter o Rossio
na Rua da Betesga


Destaque na 1ª página do DN de hoje

Como a Guerra Civil de Espanha de Espanha começou mais exactamente com o levantamento militar franquista em 17-18 de Julho de 1936, sempre é um consolo ir às págs. 20 e 21 do DN de hoje (essencialmente dedicadas a uma entrevista com o director do Instituto Cervantes em Lisboa) e ler que «Neste Verão, assinalam-se os 80 anos do início da Guerra civil Espanhola». E ainda que o director do Instituto Cervantes fale do «confronto fascismo-comunismo», a verdade é que ele também fala de muitos outros e eu, em termos de chamada de primeira página, acharia bem mais correspondente à verdade histórica que se falasse de «confronto entre fascistas e forças leais à República»