19 junho 2016

Dizem que é um «jornal de referência»

Quando tudo consegue
ser ainda pior que as previsões


A minha previsão era que o Público de hoje teria um pretexto para, na sua primeira página, desvalorizar a manifestação em defesa da escola pública que encheu de alta a baixo e em contínuo toda a Avenida da Liberdade. Nem mais nem menos, e qualquer que fosse o resultado, o jogo Portugal-Áustria. Aconteceu, porém, que falhei a previsão. A referência ao jogo é espantosamente discreta mas a manifestação  não ganhou nada com isso pois na chamada apenas se lê que «A escola pública ensina que ser «diferente é bom» . Foram 80 mil ou 15 mil à áginaanifestação da Fenprof ? p26». E, na mesma página 17 da edição impressa onde se volta a repetir este horripilante dilema entre os 80 mil ou os 15 mil, já há porém uma legenda de fotografia que reza o seguinte: «Manifestação foi convocada no mesmo dia em que os colégios levaram à rua cerca de 40 mil».


E pronto, não quero dizer mais nada, a não ser recordar como foi a capa do Público no dia a seguir à manifestação amarela.


1 comentário:

  1. Eu estive ontem na Marcha pela Escola Pública, da qual fiz uma "reportagem" fotográfica que publiquei no FB. Fui professor durante mais de quarenta anos e já estou aposentado. Durante a minha actividade profissional exerci quase todos os cargos que um professor exerce. Além de ensinar alunos de vários graus de ensino fiz formação de Professores quer do Ensino Público quer do Ensino Privado. Não vou fazer qualquer juízo de valor sobre os dois tipos de ensino, mas faço juízos de valor sobre "aquilo" que a comunicação social faz em Portugal quando se trata de informar sobre o que é público, o que é do povo, o que é de esquerda,... Só posso afirmar que há muito tempo essa "gente" se vendeu e a sua actividade mais não é do que a defesa dos interesses dos seus "patrões" e só pode ter o nome de "manipulação social".

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