27 outubro 2015

Fernando Negrão

Não deve haver esse perigo mas
pode ser Ministro da Justiça alguém
que, enquanto director da Judiciária, promoveu em 1999 fugas de 

informação para o DN que ali eram 
escutadas em alta voz ?




Haja alguém que consiga encontrar uma nota da Direcção do DN em 1ª página onde contava tudo tintim por tintim. É verdade que Negrão veio a ser absolvido mas toda a gente na altura percebeu que se tratava de uma generosa sentença ditada por espirito corporativo. (Ler, por exemplo, aqui e aqui)

È bom lembrar !



E já nem falemos do valor dos salários reais destes trabalhadores que, depois de uma retenção na fonte de 20% para IRS e de pagarem 20 e tal por cento para a segurança social, se fixa em regra em 55% do seu valor nominal.



Um livro estrangeiro por semana ( )

La otra cara del Caudillo
Editorial Crítica, 448 p., 22.90 E.
António Elorza aqui em El País:«(....)Acierta Viñas al reconocer la exigencia de enfrentarse a la corriente historiográfica y política que con insistencia creciente trata de rehabilitar a Franco, exaltando sus supuestas realizaciones y destrozando de paso la imagen de la Segunda República con argumentos similares a los que esgrimieron los sublevados de 1936. El libro de Stanley Payne y Jesús Palacios Franco, una biografía personal y política (Espasa, 2014) es la mejor muestra de esa orientación, y, documentos en la mano, Viñas se entrega a la labor de desmantelarla página a página. .El único reproche a esa tarea consiste en la forma adoptada, de ir invalidando las posiciones neofranquistas una por una, de manera que la interpretación pierde fluidez expositiva y la crítica asume una innecesaria aspereza. La ironía es más útil que el sarcasmo. Unas notas a pie puntuales hubieran podido resolver la cuestión, relegando las menciones bibliográficas al final de los capítulos.
Más allá de las aportaciones relativas a aspectos sectoriales —la espléndida sobre el Ejército como instrumento de la disuasión, el antisemitismo o el apunte sobre el enriquecimiento de Franco durante la guerra—, Viñas realiza un esfuerzo considerable, siempre armado con referencias documentales, para refutar la conocida interpretación de Juan Linz del franquismo como régimen autoritario, tema que vinculara ya en tiempos Juan José Carreras al americanismo del “centinela de Occidente”. (...)»

naõ esteja de rastos, esteja «ai, vitor». amanhã ligo..... a minha noite vai toda «ai, ruth....» beijos, aí e aí

26 outubro 2015

Não queriam mais nada ?

Olhem, mordam aqui !



Há dois dias, fazendo inovadoramente rodar a roufenha cassete que tantos outros tem debitado, escrevia o incontornável António Barreto no DN que «Não é novidade que o PC e o Bloco desprezem a independência dos deputados. Mas custa ver o PS alinhar pela mesma medida. Este desprezo pode ir a extremos inéditos: Costa está pronto a fazer governo, baseado num acordo que ninguém viu, nem Presidente nem deputados. Nem o PS! Muito menos o povo.»

Este tema merece duas relativamnente curtas observações:

- a primeira é que eu não vi ( e Barreto também não) PSD e CDS (cuja apresentação perante a AR Barreto defende) apresentarem qualquer acordo de base de apoio maioritária ao Presidente, aos deputados, aos seus próprios partidos e muito menos ao povo;

- segunda é que era preciso que o PS, o PCP, o BE e os Verdes fossem patinhos tótós para cairem na esparrela óbvia de divulgarem já ou agora o seu acordo; de facto, isso seria muito vantajoso para o PSD e o CDS que, em época de apresentação do seu programa de governo (que vai ser, por  aflição, muito «embelezado»), poderiam dele desviar as atenções, (graças à vasta corte canina de que dispõem na comunicação social) para as reais ou alegadas cedências entre os seus opositores ou para os supostos custos desse acordo.

Sim, queridos, mordam aqui !

É fartar vilanagem !

Percebem agora de que 
estabilidade eles falam ?



Lembrando o assassinato de Ben Barka

Há 50 anos


LA CASE DU SIÈCLE - 

AFFAIRE BEN BARKA –

LE DERNIER SECRET


Um documentário do amigo e camarada
 Octávio Espírito Santo

Novilingua

Diz-me como falas, 
dir-te-ei o que escondes


ver e ouvir aqui

Fernando Henrique Cardoso ou ...

... ora bem !

Para quem não saiba, o social-democrata FHC
ficou célebre por, quando chegou à Presidência, ter dito «esqueçam tudo o que eu escrevi» (antes).

25 outubro 2015

Para o seu domingo

Recordando Vera Lynn 
e «We'll meet again»



Canção inglesa da 2ª Guerra Mundial e
 que, há uns anos, fechou o «Canções da Atalaia»
na Festa do Avante!

«Inegociáveis» diz ela


Descoberto na cave de Teresa
de Sousa o 11º mandamento !




No Público de hoje, escreve Teresa de Sousa, igual a si própria : «Cavaco tinha e tem o direito e o dever de lembrar aos principais partidos políticos que há coisas inegociáveis, como o destino europeu do país sufragado em todas as eleições, do qual PCP e BE se auto-excluíram. Desse destino faz parte a pertença ao euro, que está hoje no centro da integração europeia. A opção estratégica pela Europa envolve igualmente uma componente atlântica, que sempre fez parte da nossa identidade (mesmo que ultimamente bastante descurada pela coligação). Relembrar isto tudo seria útil.
Já se está farto de saber que nenhuma destas coisas que Teresa de Sousa clama serem «inegociáveis» não está em negociação entre PS, PCP, BE e Verdes. Mas outra coisa e, a meu ver, de estrondosa gravidade, é alguém vir dizer que aquelas coisas são «inegociáveis» por definição. Na verdade importa perguntar; porquê ? Com que fundamento ? Será que quem diz isto nos quer dizer que aquelas coisas são factores identitários da República Portuguesa, acima da Constituição da República, da soberania democrática e da eventual vontade dos portugueses ? São o resultado de algum decreto divino ou surpreendente 11º Mandamento ?

A não ser por golpe de Estado ou instauração de uma ditadura, o que poderia  impedir um governo e uma maioria parlamentar futuros de, por hipótese, desencadearam os processos, referendários ou não, de dissociação de Portugal daquelas «coisas» ? 

P.S.1:Por ser raro, honra seja feita ao Público que, pelo menos na sua edição online, no fim de uma peça dedicada a saber se o CDS teve ou não um «deriva antieuropeista», publica esta nota final: 

P.S. 2:Contra as carradas de falsificações circulantes, aproveito para esclarecer que no Programa Eleitoral do PCP está a defesa da «dissolução da Nato» (aliás, de acordo com o artº 7º da Constituição) mas não está nenhuma defesa de uma saída unilateral de Portugal da NATO.

P.S.3: Para quem não saiba, a Constituição diz, no nº 6 do artº 7º  que «Portugal pode» e não que Portugal convenciona» :  «Portugal pode, em condições de reciprocidade, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado de direito democrático e pelo princípio da subsidiariedade e tendo em vista a realização da coesão económica, social e territorial, de um espaço de liberdade, segurança e justiça e a definição e execução de uma política externa, de segurança e de defesa comuns, convencionar o exercício, em comum, em cooperação ou pelas instituições da União, dos poderes necessários à construção e aprofundamento da união europeia