25 julho 2015

Porque hoje é sábado ( )

Alessia Cara

A sugestão musical deste sábado vai para a jovem
cantora e compositora canadiana Alessia Cara.








«BIPOLARIZAÇÃO» a merecer um implacável combate

O que já está aí 
e o que está para vir



Para quem não soubesse...

... a prova de que
eleições estão à porta


O assunto em si mesmo não me merece nenhum comentário desenvolvido pela simples razão de que, infelizmente, ainda sou do tempo em que todas as medidas de natureza fiscal tinham de constar do Orçamento de Estado aprovado pela A.R. para o ano seguinte e em que um governo em fim de mandato, e fora de qualquer OE, anunciasse medidas ou decisões fiscais para supostamente vigorarem depois de terminado o seu mandato.
Isso não me impede porém de oferecer graciosamente à coligação PSD-CDS  o que bem poderia ser um mobilizador slogan de campanha:

Outra vez

 Dois excelentes artigos


«(...) Com a proibição de qualquer veleidade keynesiana pelo Tratado, os socialistas perderam autonomia e sofreram derrotas sobre derrotas, mesmo quando “ganharam” como Hollande, porque entre uma imitação e a “real thing” os eleitores preferem a “realidade”. O preço desta quebra da “alternativa” foi a crise preocupante de representação nas democracias europeias, o crescimento da abstenção, o afastamento dos partidos no poder da população, e o crescimento à esquerda e à direita de partidos e movimentos anti-europeus e anti-sistema. Na “realidade” paga-se sempre o preço da realidade.
Em segundo lugar, existe uma enorme confusão entre a “realidade” do “fim da história” e o poder. Aquilo que os gregos encontraram à sua frente não foi o muro da “realidade”, foi o muro do poder. O poder no sentido weberiano, a possibilidade de alguém obrigar outrem a proceder contra a sua vontade. Uma das grandes aquisições da crise grega para a consciência europeia, foi a revelação às claras, sem ambiguidade, sem disfarces, da brutalidade do exercício de um poder. Nos nossos dias isto não é desejado pelos poderosos, que gostam de disfarçar o seu poder na discrição e no segredo, onde ele é sempre maior. Ao revelar o poder, enfraqueceu-o. Dos alemães aos parceiros menores como Passos Coelho, saber-se o que fizeram, saber-se o que impediram e vetaram, saber-se o que disseram, nas portas fechadas do Eurogrupo, e perceber-se que o resultado foi uma imposição punitiva de uma política em que ninguém acredita a um governo e a um povo, cria uma situação sem retorno. (...)»



«(...) Podemos regressar a outra Europa? Um grande número daqueles que se mantêm fiéis à ideia (eu diria ilusão) de que a construção europeia foi, desde os anos 50, outra coisa muito diferente deste autoritarismo tecnocrático dos nossos dias, cujo preço é pago essencialmente pelos países do Sul, estão cada vez mais incómodos com esta nova ordem imposta por Berlim e Bruxelas, por Merkel/Schäuble, Djisselbloem e Juncker. Falo essencialmente de setores da socialdemocracia que já não sabem o que pensar da forma como os Hollande, os Gabriel, os Renzi (ou os Sócrates e os Papandreou) adotaram sem reservas as várias componentes (económicas, mas também políticas e culturais) do There Is No Alternative thatcheriano, sabendo bem que as partilham com toda a direita de que se dizem alternativa... Numa parte considerável da sociedade (sobretudo nessa classe média que se imagina cidadã de uma Europa laica, democrática e respeitadora dos Direitos Humanos), defende-se o regresso a um projeto europeu perdido, como se Schäuble fosse (e não é) a antítese de tecnocratas como Schuman (o partidário de Pétain em 1940) e Monnet (horrorizado com o controlo parlamentar da política económica). Há que fazer uma reavaliação muito crítica dessa génese profundamente elitista da construção europeia, feita de despotismo esclarecido, e desta conceção e gestão das políticas europeias sempre cheia de preconceito tecnocrático que entende como populista toda a crítica ao europeísmo rançoso e dogmático, que reivindica a soberania democrática onde ela, mal ou bem, ainda se se tem a sensação de se exercer: à escala nacional... (...)»

De vez em quando, lá vem o ego

Chama-se a isto uma
descarada auto-promoção

A reportagem de Gonçalo Frota hoje no Público sobre o Festival Músicas do Mundo em Sines faz um rasgado elogio à actuação da chilena Ana Tijoux. E eu venho lembrar que ela já tinha aparecido nesta chafarica em 2 de Março deste ano, como se pode ler e ouvir  aqui.



23 julho 2015

MISSÃO IMPOSSÍVEL

Escusam de formular votos de 
que acabe o mandato com dignidade

Um Presidente que, ao marcar a data das eleições, formula logo perante a Nação o resultado que deseja,  não é um Presidente, é sim um maestro da«bipolarização». Já nada nos pode espantar neste espantalho político. Coitado, a sua autoridade política é tanta que as sondagens do Expresso até o tiraram da lista de personalidades políticas sujeitas a avaliação dos inquiridos e, assim, está quase tudo dito.