09 outubro 2014

Sem ponta de surpresa !

Assis (ex-apoiante de
Seguro) regalado com Costa



«(...) O consenso a alcançar pressupõe uma outra abordagem do quadro político nacional. António Costa deu sinais de o perceber ao participar no congresso do partido de Rui Tavares. Com a ambiguidade que caracteriza os políticos que não levam a sinceridade ao ponto de dissolver a inteligência, fez o discurso que se impunha. Enalteceu o pluralismo, insinuou críticas à esquerda dogmática, apelou à responsabilidade política e proclamou a necessidade de emergência de uma alternativa. Contrariamente ao que uma leitura epidérmica poderia fazer supor, ao dar este passo, António Costa não pôs em causa qualquer perspectiva futura de entendimento político sério com formações políticas situadas à direita. Pelo contrário, nesse inusitado congresso, que merece aliás ser saudado pela abertura que exibiu, António Costa estabeleceu uma fronteira política à esquerda. Ora isso constitui a condição imprescindível para explorar possíveis entendimentos mais à direita. Como é óbvio, tudo isto vai depender dos resultados eleitorais.(...)» . Francisco Assis em artigo hoje no Público.

08 outubro 2014

«o tempo das cerejas» soube que...

A importância de se chamar Marcelo





A noite em que Marcelo Rebelo de Sousa andou feito pardal pelos telhados de Beja

O comício que o PPD se preparava para fazer no cine-teatro Pax Julia em Beja a 9 de Abril de 1975 acabou mal. Marcelo ainda conseguiu falar, mas a intervenção de Francisco Vaz Ramos sobre as consequências funestas da ditadura do proletariado foram o rastilho da desordem. Travou-se uma verdadeira batalha campal. O professor e comentador, então jornalista do Expresso de 27 anos, fugiu pelas traseiras e patinou pelos telhados naquela que foi considerada a "épica e a mais turbulenta noite do PPS/PSD em Beja".

O Público de hoje dedica hoje duas generosas páginas e um chamada de 1^página \à temível, arriscada e espectacular aventura de Marcelo Rebelo de Sousa durante e após um comício do PSD em Beja em Abril de 1975 e que foi alvo de acções hostis de grupos esquerdistas. O Público não o anuncia mas «o tempo das cerejas» soube de fonte segura que se seguirão outras duas páginas sobre a resistência corajosa dos comunistas aos assaltos reaccionários aos centros de trabalho de Ponte de Lima, Famalicão e tantas outras localidades do Norte e Centro, à forma como os democratas de esquerda viveram a noite de 27 para 28 de Setembro em 1974 e, entre mais umas dezenas de casos e episódios alguns com perda de vidas, como homens e mulheres de esquerda tiveram de fugir da Madeira e dos Açores em 1975. A não perder.

É sempre a aviar !

Muito dinheiro deve este
governo gastar em electricidade





07 outubro 2014

Pela primeira vez em 92 anos

Um comunista governa
um Estado brasileiro


Flávio Dino assume governo com o povo do Maranhão

Com 63% dos votos na primeira volta, Flávio Dino, candidato do Partido Comunista do Brasil, sem o apoio do PT, conquista a governação do Estado do Maranhão.

Esta gente deixa obra !

Três semanas depois...

Eles ainda estão à espera
de um dia de escola normal


(actualizado às )

As aulas começaram há quase três semanas, mas há muitos professores e alunos que vivem na anormalidade. O PÚBLICO acompanhou estas pessoas num dia de escola "normal".



... e três anos depois

Prestações sociais a cair desde 2010


Abono de família, RSI e CSI a encolher ano após ano. Tendência marca agora o subsídio por educação especial a crianças ou jovens com deficiência.
«Desde 2010 até agora cerca de um milhão perdeu o abono de família, o rendimento social de inserção e o complemento solidário para idosos» (Público hoje)

06 outubro 2014

Estou farto mas não desisto

Perversas e
malditas generalizações

 

Nos primeiros oito meses deste ano inscreveram-se na Juventudo Comunista Portuguesa cerca de 800 novos membros e durante do três dias da Festa do Avante inscreveram-se mais trezentos. Como não se trata de meia dúzia mas de 1100 jovens, e tratando-se do campo político que se trata, basta isto para mostrar que o Prof. Campos e Cunha ou fala do que não sabe ou não quer fazer as distinções que bem calculará.

04 outubro 2014

Escrito por mim não ligariam, por isso

Anda, Pacheco !


(...) Mas há mais: quando o nome de Sócrates começou a aparecer em todas as trapalhadas, suspeitas, histórias e negócios, do curso às marquises, do Freeport à Cova da Beira, do bizarro contrato com Figo à tentativa de controlar os media, a TVI em particular, usando a PT, quando se conheceram detalhes da iniciativa dos magistrados de Aveiro de processar Sócrates por abuso do poder, somaram-se as declarações em sua defesa de Passos e Miguel Relvas, queixando-se que lhe estava a ser movido um “ataque pessoal”. Este par do PSD protegeu Sócrates quanto pôde das consequências que podia ter o inquérito parlamentar, considerando que não se devia ir mais longe, de novo porque isso seria um “ataque pessoal”. Isto vindo do mesmo homem, Passos Coelho, que há uma semana, referindo-se claramente a Sócrates numa insinuação disse: “Não possuo riqueza acumulada nem tenho em nome de tias, filhos e primos quaisquer bens”
É por isso que eu não aceito o “argumento Sócrates” em 2014 e espero que o “argumento Sócrates” se transforme no “argumento Sócrates-Passos Coelho-Portas”, identificando-se assim a tripla que, desde pelo menos 2008, e até antes, ajudou a destruir Portugal, a destruir a sua economia e finanças, a por em causa a sua independência, a alterar profundamente os equilíbrios entre grupos sociais, a dividir os portugueses atirando-os uns contra os outros e aprovar muitas medidas iníquas, que minaram a boa-fé que deve presidir à actuação do estado em democracia. E que ajudaram a que a democracia portuguesa conheça um crise de representação muito grave.
  Sócrates e Passos Coelho não destruíram os mesmos aspectos, não destruíram as mesmas coisas nem da mesma maneira, não actuaram de modo igual, mas deixaram um rastro demolidor de que o país muito dificilmente se vai livrar tão cedo e vai condenar muitos portugueses a passar os últimos anos da sua vida sem esperança nem destino que não seja empobrecer e ficar cada vez pior. Ambos mostraram pouco apreço pela lei e pelo estado de direito, actuando no limite ou para além da legalidade, ambos se rodearam de cortes interessadas e interesseiras com origem nos seus partidos, permeando os lugares de estado com os seus boys, numa exibição de prepotência com base nas suas maiorias absolutas. Um esbanjou sem controlo milhões e milhões em projectos “bandeira” e em “má despesa pública”, outro dividiu os contratos entre os de primeira (PPPs e swaps, tributos aos credores) e os de segunda (reformas e pensões, acordos colectivos de trabalho, compromissos laborais, etc.), criando desequilíbrios que fazem com que os frutos do trabalho e da riqueza sejam hoje pior distribuídos. Ambos permitiram a captura do sistema político pela banca, com os resultados que o caso BES revela em todo o seu esplendor. (...)

Pacheco Pereira, hoje no Público