19 abril 2014

Cabelo e barba em Caxias

Parece-me que aqui



À minha esquerda, Eugénio Ruivo e o saudoso Gorjão Duarte e, de camisola branca, talvez Álvaro Pato. Os que se lembram de mim quando fui preso, poderão reparar que os meus cabelos até aos ombros já tinham ido à vida. A foto não mostra mas entretanto conservava uma barba enorme agora desproporcionada em relação ao tamanho do cabelo. Quando chamei a atenção do barbeiro da cadeia para essa desproporção, respondeu-me secamente que estava ali «para cortar cabelos e não para aparar barbas». Os leitores não estranhem este dialógo prisional tão fútil sobre a minha imagem no sinistro ambiente de Caxias. Eu tinha sido preso acidentalmente, não estava denunciado como militante do PCP, não tinha sido torturado e estava quase certo de que seria libertado depois do 1º de Maio.

18 abril 2014

A 18 de Abril de 1974


Aqui no Expresso com curtos depoimentos em vídeo de Rosa Redondo, Fernando Penim Redondo, José Manuel Tengarrinha, Sérgio Ribeiro, Helena Neves e Fernando Correia.

(Outros presos em 18 de Abril de 1974: Albano Lima, Mário Ventura Henriques, Figueiredo Filipe, Vítor Mateus Branco,  Joaquim Gorjão Duarte,  Orlando Bernardino Gonçalves,  Mário Sena Lopes, António Manso Pinheiro [lista provavelmente incompleta]).

Para além da posterior circulação oral de informação sobre os nomes de quem tinha sido preso, recordo que os primeiros nomes que soube foi graças a um jovem guarda prisional que, em repetido "engano" me levava um saco de plástico (roupas ou alimentos enviados familiares) com um papel agrafado com o nome de um destes presos a 18 de Abril. Tive pena de, na confusão da libertação, nunca lhe ter podido agradecer.

Um longo combate desde 18 de Abril 1904

Os 110 anos de L´Humanité



 mais capas aqui

Gabriel Garcia Marquez

Morre Gabo, voz mágica
da sofrida América Latina, voz
de um outro mundo possível
"We, the inventors of tales, who will believe anything, feel entitled to believe that it is not yet too late to engage in the creation of ... a new and sweeping utopia of life, where no one will be able to decide for others how they die, where love will prove true and happiness be possible, and where the races condemned to one hundred years of solitude will have, at last and forever, a second opportunity on earth."

- discurso de aceitação do
Prémio Nobel em 1962 

 quantos de nós não o passaram
a  admirar depois desta edição
da Europa-América


17 abril 2014

Oportuna e meritória iniciativa

URAP edita exposição
sobre os 40 anos do 25 de Abril


 1º painel
último painél
toda a exposição disponível aqui

Respeitosa opinião de um leigo e de um céptico

Com tantos navios de guerra sempre fundeados no Tejo, acho que era mais fácil desembarcarem no Terreiro do Paço e apanharem 0 29 para a António Serpa



16 abril 2014

Malditos arquivos

O novo 1º secretário do PS francês
ou quando o passado bate à porta



AQUI
Cambadélis: outro antigo
infiltrado trotzkista no PSF


Portugal 2016 ? Cruzes, canhoto !

Esse radioso farol de
esperança chamado Hollande


Cavaco manda telegrama ?

Olha, olha, o "25 de Abril"
de Duarte Lima chegou a 16




Se há ou não perigo de fuga, os senhores magistrados é que saberão. Eu, por mim, só sei que para o Brasil é que não há perigo de fuga.

Mão direita, mão esquerda

Afinada coreografia