19 janeiro 2012

S. Francisco de Assis não diria mas....

... Francisco Assis disse


 «(...) a UGT prestou uma vez mais um grande serviço ao país em geral e aos trabalhadores em particular. Ao país, porque se afigura de grande importância, quer por motivos de ordem interna, quer por razões de imagem externa,  a aprovação de um acordo de concertação social. Aos trabalhadores na medida em que impediu a consagração  de soluções que atentavam contra direitos básicos (...)» - Francisco Assis, em artigo no Público de hoje.

 por mim, só quero lembrar que,
há dois meses, era (mas seria ?)
assim



e sobre a última pulhice de João Proença (em relação a «altos dirigentes» da CGTP), é espantoso mas não ouço na rádio um jornalista perguntar-lhe simplesmente isto:
«ó homem, mas se você não tem por hábito mentir, então diga lá os nomes dos da CGTP que lhe pediram o que você diz que pediram ?».

Sundance Film Festival 2012

Começou hoje e acaba a 29


e está tudo aqui

Começa hoje na Faculdade de Letras


18 janeiro 2012

Joseph Stiglitz ou...

... mais um perigoso comunista,
perdão, economista, que avisa




Coisas de gente sem vergonha

A fácil arte de arranjar títulos
que sejam o contrário dos conteúdos



A gerência apresenta o novo produto para 2012

Escolha de "The Nation"


Dez canções da luta contra
a discriminação racial nos EUA 


Em relação explícita com o aniversário do nascimento de Martin Luther King e ímplicita com a polémica em torno da inscrição aposta no memorial a Martin Luther King (inaugurado o ano passado), Peter Rotherberg na revista progressista The Nation escolheu uma lista das top 10 canções da luta pelos direitos civis começando por esta:

e seguindo-se
2. The Impressions, People Get Ready
3. Sam Cooke, A Change is Gonna Come 
4. Nina Simone, I Wish I Knew (How It Would Feel to be Free) 
5. Phil Ochs, Here's to the State of Mississippi 
6. Bob Dylan, The Times They Are A Changin
7. Sweet Honey in the Rock, Eyes on the Prize
8. Gil Scott-Heron, 95 South (All of the Places We've Been)
9. The Roots, Ain't Gonna Let Nobody Turn Me 'Round 
10. The Staples Singers, Freedom Highway

17 janeiro 2012

O Torres Couto de agora que me desculpe


Vá lá, sejam coerentes,
ressuscitem a cena do champanhe

Por uma vez, no imediato, não preciso de escrever nada da minha lavra, de citar comentários da CGTP ou algum comunicado do PCP. Limito-me a propor que ouçam as palavras de bom senso ditas nos microfones da TSF pelo especialista Luís Bento.

a ouvir aqui

 Tirando isto, permito-me apenas recordar este meu «post» de 2.11.2011


agora, com ainda mais razões,
todos juntos a caminho do


O destapar de uma velha costela

Tudo bons rapazes

15 janeiro 2012

Para o seu domingo, três cubanas e uma brasileira

Celina Gonzalez



Mayté Chile

 Chile...
aqui as canções do álbum
 Como Sal y Arena


... e Omara Portuondo
e Maria Bethânia

"Pontes" e férias à força

"o mais cínico disto tudo"


Lido na TSF online : «(...)De acordo com a última proposta do Governo enviada aos parceiros sociais, as empresas terão a possibilidade de encerrar nas 'pontes', sendo estes dias descontados no total anual de férias, sem que seja necessária a autorização do trabalhador.[proposta que, sem desmentido, é há vários dias noticiada como tendo o apoio da UGT].Esta medida insere-se no ponto referente à alteração ao regime de feriados e férias que consta da proposta do Governo para o 'Crescimento, Competitividade e Emprego', que será discutido na segunda-feira em concertação social.«O mais cínico disto tudo é que até há poucos dias havia alguns 'escribas de serviço' que diziam que se tem que acabar com as 'pontes'. E agora [surge] a hipótese de colocar as 'pontes' como controladas pelos patrões, unilateralmente, então as 'pontes' já são úteis», disse Carvalho da Silva.»

14 janeiro 2012

Porque hoje é sábado (318)

Dougie MacLean


A sugestão musical deste sábado destaca
 uma grande figura da música escocesa,
 o cantor, guitarrista e songwriter 
Dougie MacLean.
30 minutos de concerto  aqui

Enquanto o Nobel não chega...

... talvez o Pulitzer para o
menino Miguel Sousa Tavares


M.S.T.:o eurocentrismo estúpido e arrogante:
 ele não sabe mandarim  mas os
chineses têm obrigação de saber português

13 janeiro 2012

Tudo tem o seu limite


Vai uma retratação,
senhor João Bonifácio ?



Ao longo de sete páginas, o Ipsilon do Público de hoje publica um peça da autoria de João Bonifácio em torno da recente obra de Miguel Cardina "Margem de Certa Maneira - O Maoismo em Portugal 1964-1974".
Sem qualquer espanto meu, aí volta a desfilar a galáxia de caricaturas, deturpações, incompreensões e falsificações que as organizações classificadas de «maoistas» sempre destilaram sobre o PCP e a sua orientação. Nesse âmbito, pela voz de uma pessoa estimável, até regressa aquela absurda efabulação de que a orientação do PCP quanto aos seus militantes e a guerra colonial tinha por base a ideia de lutar por «uma guerra mais humana».
Que antigos maoistas de diversos matizes persistam e insistam nas suas análises e caracterizações é o lado para onde durmo melhor  e estou francamente cansado de discutir o mesmo com os mesmos há 40 anos.
Registo entretanto duas coisas que me parecem mais significativas: a primeira é que nesta peça se omite que a mais significativa das organizações maoistas - o MRPP - teve o seu grande dia de glória e de acerto político quando, salvo erro no dia 26, veio declarar que a acção libertadora de 25 de Abril de 1974 tinha sido «um golpe da oficialagem colonial-fascista»; e a segunda é que seja o próprio autor da peça, João Bonif
ácio a afirmar, a dado passo, que «Para o PCP, a participação nas urnas era a via para quebrar o regime».
Pobre Bonifácio, a respeito do PCP, parece que nunca ouviu falar de «revolução democrática e nacional», de «levantamento nacional» e de «insurreição popular armada».
Talvez depois de ler aí em baixo, uma passagem de um comunicado publicado no Avante! de Fevereiro de 1965 sobre o projecto de Programa do PCP (que viria a ser aprovado no VI Congresso), lhe dê para uma retrataçãozinha ou, no mínimo, conclua interiormente que sapateiros  devem evitar tocar rabecão.


E hoje descobrindo

Chuck Ragan






«(...) En estos tiempos en que la música parece verse relegada a simple fondo sonoro, a permanecer recogida en carpetas amarillas y a pasar por nuestras vidas sin dejar huella son imprescindibles, necesarios, vitales, autores como Chuck Ragan. Y discos como Covering Ground. Canciones que te chupen la sangre, que te remuevan las entrañas, que sientas como tuyas. Que te veas en la necesidad de reproducir una y otra vez. Canciones hechas sangre, tendón, hueso y carne.»  - Manuel Celeiro, autor do blogue Corazón de Rock'n'Roll (El País).

12 janeiro 2012

Originais serão mas não são boas

Gloriosas novidades (*)
no portal do Governo

foi você que pediu um culto da personalidade ?


ai, ai,  que ansiedade e sobressalto, por causa da parte sublinhada a vermelho, vou já criar um movimento !

Mas, voltando ao princípio, só dizer-vos

que está na mão dos bloggers de esquerda
matarem este culto da personalidade.
Bastaria passarem a usar a este grafismo-base
em cada post sobre as malfeitorias do governo.
Qualquer coisa assim:

Nota: este post desenvolve outro

de Ana Matos Pires

A diferença entre ...

.... omitir e não omitir


Eu não omito que, hoje, é entregue na Assembleia da República uma iniciativa legislativa contra a precariedade subscrita por 35 mil cidadãos e sublinho e saúdo o significado e o valor dessa mobilização e contribuição na luta contra um gravíssimo flagelo e iniquidade social presente na sociedade portuguesa.
Mas, ao contrário do que está fazendo a generalidade da imprensa (e não só), também não devo omitir que, entre outros e na sequência ou desenvolvimento de múltiplas iniciativas anteriores, estão entregues e apresentados na AR os seguintes dois projectos de lei do PCP:


1/XII-1ª  que Combate os «falsos recibos verdes»convertendo-os em contratos efectivos (apresentado em 29.6.2011).


Assim honrando a confiança e as esperanças que 441.147     cidadãos  e cidadãs depositaram na CDU nas ultimas eleições legislativas.

11 janeiro 2012

Após 3 anos de mandato de Obama

Continua lá !


(seguindo a pista de Shyznogud no «jugular»)
«o tempo das cerejas» não conseguiu apurar junto dos serviços  de candidatura de Obama 2012 se está prevista para Outubro a publicação de um poster assim:


Ami Davidson em The New Yorker


«(...)Or to prevent it to an extent: there are forty-six prisoners at Guantánamo now who have been designated for indefinite detention without a trial. The National Defense Authorization Act, recently passed, makes it possible for there to be more, in more places and in circumstances ever more attenuated from the day of the attacks in September. Obama may not be Bush’s twin on this issue, but there are disturbing resemblances.
The Miami Herald, in a package on the anniversary—the paper’s coverage of Guantánamo, and that of its reporter, Carol Rosenberg, has been consistently excellent—has a set of numbers about Guantánamo: a hundred and seventy-one prisoners still there, from twenty-three countries, ranging in age from twenty-five—Omar Khadr, who was captured when he was fifteen—to sixty-two. (Michelle Shephard, of the Toronto Star, who wrote a book about what she called our “Decade of Fear,” notes in a piece about the anniversary that the youngest prisoner ever held there was twelve, the oldest eighty-nine; she also notes that the base is about the size of Manhattan.) It has had eleven commanders in ten years, and some eight hundred prisoners have passed through. The first twenty arrived on January 11, 2002. Only six prisoners were ever convicted by a military commission. The Herald also included the story it ran on Guantánamo’s opening. The headline was “A New Alcatraz Rises: Guantánamo ready for Taliban.” In retrospect, that is almost optimistic: one wishes that Guantánamo had been more like Alcatraz, in terms of its integration into the American legal system. And Alcatraz, at least, is closed.
Read more http://www.newyorker.com/online/blogs/closeread/2012/01/guantanamo-at-ten-the-two-towers.html#ixzz1jC6ZVjNH

P.S.:Um «post» assim pode ter leituras e interpretações equívocas numa altura em que decorrem as primárias republicanas onde uma data de candidatos, a começar pelo mais bem colocado (Mitt Romney), debita um conjunto inominável de reaccionarices de bradar aos céus. Este «post» não é pois para lhes perdoar isso, é só para lembrar como tantos bloggers portugueses deviam ter sido mais comedidos e prudentes há 3 anos  nas excessivas expectativas que formularam sobre a eleição de Obama.

Perplexidades de um cidadão comum

De 74 para 8,5 milhões de euros ?
 

O grupo nº1 das Escolas da Armada na Quinta das Torres,
em Vila F. Xira, 12 ha. junto ao rio Tejo

Por razões de naturalidade e não só, fui sensível à curta notícia inserida no Público de hoje de de que terreno do discutivelmente extinto Grupo nº de 1 de Escolas da Armada em Vila Franca de Xira, depois de anos abandonado ao vandalismo e aos roubos, tinha sido vendido por 8,5 milhões de euros quando existia no jornal regional «Mirante" (edição de 3/9/2009) a notícia de que o magnifico terreno de 12 hectares estava avaliado em 74 milhões de euros.Afinal, ao contrário do que a notícia do Público faz supor, o Estado vendeu aquele terreno a si próprio. ou seja à empresa Estanco (integrada na Sagestanco) que é controlada pela Parpública e é de totalidade de capitais públicos e que tem como finalidade comprar e alienar património do Estado. Como todas estas coisas e negócios de passam muito longe dos olhos e do escrutínio da opinião pública, fica já aqui marcada na agenda a posterior verificação de por quanto vai a Estanco conseguir vender aquele terreno de assinalável dimensão e incomparável localização.




10 janeiro 2012

"Contra corrente" ? - engano no nome, de certeza !

O verdadeiro pluralismo
 não passa por aqui


A SIC Notícias lança esta noite um novo programa de debate intitulado "Contra Corrente" e em que participarão semanalmente o que a SIC chama de «cinco senadores», a saber, Francisco Pinto Balsemão (de vez em quando, o dono da bola tem de jogar), Manuela Ferreira Leite, o cientista Sobrinho Simões, António Vitorino e António Barreto.
Como se vê uma vez mais, é o pluralismo a que temos direito mas que, em boa verdade, devia ter levado a SIC a mudar o nome de programa para "A favor da corrente".
É certo que eu e outros cidadãos bem podemos ter na cabeça dezenas de outros nomes (intelectuais, economistas, ex-dirigentes políticos, sindicalistas, professores universitários, etc.) que pela sua qualificação e capacidade de reflexão pública enriqueceriam um debate que se pretendesse efectivamente democrático e verdadeiramente pluralista. Mas não adianta : há muito que alguém instituiu que as áreas políticas à esquerda dos escolhidos para este debate são um desolador deserto de valores.