03 janeiro 2025

Um gesto desastrado !

Marcelo a dar corda a Ventura

"Ventura quer Conselho
de Estado sobre segurança, 
Marcelo pergunta a
 conselheiros se concordam"

«O Presidente da República pediu aos conselheiros de Estado “para transmitirem o que tiverem por conveniente” sobre o pedido de Ventura de que haja um Conselho de Estado dedicado ao tema da segurança. » («Públic0»)

Em vez de criar um precedente gravíssimo (este de, a cada reclamação de uma reunião de Conselho de Estado sobre determinado tema, se pôr a perguntar aos conselheiros se a querem) o que o PR devia ter feito era, pura e simplesmente, mandar Ventura ir dar uma volta ao bilhar grande. E nunca dar corda e ar de seriedade às demagógicas e repelentes manobras securitárias  e xenófobas do patrão do Chega.

02 janeiro 2025

Relações com sindicatos

Governo só quer negociar
com sindicatos amigos !


"Fenprof apresenta queixa à PGR sobre negociações com o Ministério da Educação"

"Federação Nacional dos Professores acusa Governo de a ter impedido de negociar protocolo e de não ter apresentado o documento a todos os sindicatos."
(Público)


O mesmo já tinha acontecido com a FNAM (Federação Nacional dos Médicos)

75 dias depois

Não vejo nenhum
media a interessar-se
pelo assunto mas eu insisto

Odair Moniz morreu faz hoje 75 dias e continua a não haver conclusões do respectivo inquérito. Coisa bastante de estranhar num  caso que, por junto, deve envolver  quatro testemunhas ou intervenientes e do qual, ao que foi noticiado, há imagens. Caso para perguntar: estão à espera que nos esqueçamos deste dramático episódio ?

30 dezembro 2024

15.000 euros!

Vai ganhar mais que 
o primeiro-ministro e o PR

Graças à generosidade  de Montenegro, como recém-nomeado secretário-geral  da  Presidência do Conselho de Ministros (e antigo executor dos cortes no tempos de Passos Coelho) vai continuar a ganhar os 15.000 euros que ganhava no Banco de Portugal. Bela prenda de Natal !

Actualização às 20 hs: entretanto Helder Rosalino anunciou a sua indisponibilidade para assumir o novo cargo.

29 dezembro 2024

Não há palavras para tanto horror

 O terrível sofrimento
 dos palestinianos

Alexandra Licas Coelho, sempre ela!,
no «Público» de 28/12

(...) « Os palestinianos têm sido a grande fonte directa do maior horror do nosso tempo de vida: aquele que está em curso desde 7 de Outubro. Quem acompanha os incontáveis testemunhos que eles nos têm dado do seu próprio holocausto, sobretudo pelo Instagram, vai reconhecer centenas de momentos no relatório de Mordechai. Idem para quem segue as agências e tribunais da ONU, a Human Rights Watch, a Amnistia Internacional e muitas outras organizações, incluindo israelitas. Uma sucessão de horrores e recordes. Resumo aqui: recorde de bombas e de crianças mortas à bomba, à fome, de diarreia, hipotermia ou outros problemas que não seriam mortais, se fossem assistidas. Recorde de crianças mortas com tiros na cabeça, no peito. Recordes de médicos e trabalhadores humanitários mortos. Recorde de licença para matar civis por cada alvo de alto ranking: 300 para 1. Recorde de civis mortos com as mãos no ar ou bandeiras brancas. Recorde de detidos arbitrariamente, homens, mulheres e crianças, com tortura, violação e mortes nas cadeias (muitíssimo acima de Guantánamo). Recorde de sacos de plástico para corpos, e saquinhos de plástico para pedaços de carne e ossos. Famílias com muitos saquinhos de plástico, que eram filhos, filhas, mães, pais. Quase 100 por cento da população deslocada: 2,3 milhões de pessoas. Destruição ou razia da grande maioria das casas, escolas, hospitais, mesquitas, edifícios em geral. Fome e epidemias em massa. Pessoas a comer erva e ração de animais, e cães a comer os cadáveres das pessoas. Lixo e esgoto por toda a parte. Ausência de electricidade e água potável. Cesarianas sem anestesia, além das amputações e outras cirurgias. Sofrimento contínuo e atroz de centenas de milhares de mutilados, queimados, doentes. Mais de 45 mil mortos oficiais, milhares de desaparecidos, centenas de valas comuns, projecções de centenas de milhares de mortos. Sem falar na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, onde o Hamas não está no poder, e milhões de outros palestinianos são reféns de um governo de colonos, que nunca capturou semelhante quantidade de terra, árvores e animais, ou matou e prendeu tanta gente.»


JAZZ PARA O SEU DOMINGO

Gunhild Carling