Alynda Segarra
21 dezembro 2024
Em defesa dos chulos
No Tribunal Constitucional
parece haver seis juízes
cavernícolas
Para este e outros seis conselheiros, os riscos inerentes à prática da prostituição, em particular a captura destes profissionais por redes de tráfico de seres humanos, justificam que o lenocínio continue a ser punível com cadeia. Mas os restantes seis juízes que compõem o plenário do Palácio Ratton pensam exactamente o contrário, com um deles a defender mesmo que a proibição do proxenetismo reduz as condições de segurança do exercício desta actividade.» (Público)
20 dezembro 2024
PSD, CDS, Chega e IL. a mesma luta
à Lei de Bases da Saúde
«Volltemos ao relatório da IGAS. Segundo esse relatório, em 2023 recorreram aos SNS 43.264 estrangeiros não residentes, e estima-se que nesse ano tenham sido atendidos 6 milhões de episódios de urgência. O atendimento de estrangeiros não residentes corresponde a 0,7% do número total de episódios de urgência.
São os 0,7% dos episódios de urgência que levam à rutura dos serviços de urgência, ou é a carência de profissionais de saúde e o facto de o Governo não fazer o que é preciso para valorizar e fixar os profissionais de saúde no SNS?
Para alimentar a sua agenda retrógrada e reacionária, o Chega instrumentaliza a saúde para prosseguir o seu discurso de ódio contra os imigrantes, como se todos os males, a habitação, a segurança, agora a saúde, fossem da responsabilidade dos imigrantes, que são altamente explorados e muitas vezes se encontram em situação de grande vulnerabilidade; quando os problemas resultam das opções da política de direita, de desinvestimento no SNS, que o Chega apoia e ainda quer levar mais longe. E não é verdade que os imigrantes em situação irregular não suportem os encargos com os cuidados de saúde que lhe são prestados. Quem não tem número de utente atribuído, é-lhes cobrado.
O que pretendem com estas iniciativas é construir uma narrativa contra os imigrantes, promover conceções racistas e xenófobas, dividir trabalhadores. É isto que o CH faz e que PSD, CDS e IL alimentam.»
logo Montenegro diz que há uma
(suposta) «aliança estratégica»
entre os dois. Mas quando o Chega
vota bastantes propostas do PSD,
o que é que há ?
***********************************
Aqui outros três
cartoons sobre os EUA
***********************************
Espalhafato policial
encostar ao Chega:
em muitas matérias
eles pensam como o Chega !
19 dezembro 2024
18 dezembro 2024
Ainda nos 50 anos do 25 de Abril
Um livro a não perder !
TERROR, DESTRUIÇÂO E MORTE NO ALENTEJO- A contra-reforma agrária é o testemunho de quem participou nesse intenso período da nossa História recente, de quem não se conforma com a sua falsificação e que considera ser tempo, 50 anos depois, de ser prestada a justa homenagem e reconhecimento aos Homens e Mulheres, muitos deles e delas analfabetos, que, com a sua desassombrada e altruísta intervenção, em defesa e afirmação da jovem democracia de Abril, então em construção, escreveram das mais belas páginas da Revolução de Abril. «Páginas de Ouro» que importa conhecer e divulgar contra a mentira e falsificação dos mentores e defensores da contra-revolução.
Ao organizar a exploração da terra em Unidades Colectivas de Produção – UCP, colocando de forma altruísta os resultados do seu laborioso trabalho ao serviço do bem-estar e desenvolvimento de toda a comunidade a que pertenciam, os Trabalhadores da Reforma Agrária – A Revolução no Alentejo e Sul do Ribatejo mostravam ao País e ao Mundo que um outro modelo de sociedade era possível conjugando Liberdade, Democracia e Socialismo
Rédea solta para o militarismo e belicismo
«Há uns tempos apareceu na comunicação social o anúncio vindo dos estados Unidos que os países da NATO tinham de contribuir com 3% dos orçamentos para as despesas militares. Era o devido. Com 3% os países europeus podiam vencer a Rússia e o mais que viesse.
Ninguém, nem entre especialistas de comentário, de opinião, de invenção, de comentário e de opinião perguntou pelo racional dos 3%. Três por cento porquê? E porque não treze, ou trinta, ou qualquer outro valor? Estamos perante uma – mais uma – mistificação que os dirigentes nos querem meter pela goela como se se fôssemos gansos destinados a produzir fois gras. (...)
«Nenhum secretário da NATO, nem nenhum ministro da Defesa explicou a razão dos 3%. E mais. Nenhum secretário da NATO, nem nenhum ministro da defesa de qualquer país da NATO (nos outros é idêntico) é capaz de explicar o custo de um qualquer sistema de armas. Nenhum é capaz de estabelecer o custo de produção de um avião, de um helicóptero, de um navio, de um carro de combate. Nenhum dos políticos que reclamam 3% para compras de armamento é capaz de apresentar a estrutura de custos de um qualquer sistema de armas. Nenhum faz ideia do custo de uma hora de operação de um avião ou de um navio. (...)
Em resumo, quando alguém falar em 3% para despesas militares peçam a fatura discriminada, como se faz nos restaurantes. O resto é discurso de vendedores de banha da cobra.»
20 e tal anos de sondagens EUA sobre armas e aborto
Em 1995 60% dos inquiridos achava que o aborto devia ser legal em todos ou muitos casos e em 2024 esse número passou para 63%. Os que consideravam que devia ser ilegal em todos ou muitos casos passou de 38% em 1995 para 36% em 2024.
17 dezembro 2024
O populismo do governo da AD
Migrantes e SNS:
um artigo muito oportuno
(...)«Todo o país ganha com
o acesso dos migrantes à saúde
Na semana passada, o PSD e o CDS apresentaram um projeto de alteração da Lei de Bases da Saúde que, face à atual composição da Assembleia da República, corre o sério risco de ser aprovado. Trata-se de uma modificação da Base 21 da Lei n.º 95/2019, de 4 de setembro, que, na definição de beneficiários do SNS, inclui “migrantes com ou sem a respetiva situação legalizada, nos termos do regime jurídico aplicável.” O objetivo é eliminar esta menção. (...)
Claro que isto nada tem a ver com a “utilização do SNS por parte de estrangeiros não residentes em Portugal e que se deslocam para o nosso país, por vezes até em contexto de redes ilegais, com o propósito único ou, pelo menos, principal, de acederem gratuitamente a cuidados de saúde”. Um problema sobre o qual pouco sabemos e a que a presente proposta de alteração não responde, na medida em que ela nada tem a ver com a Lei de Bases da Saúde. Porque não é a Lei de Bases da Saúde que inibe a repressão das redes ilegais. Nem impede a gestão de fluxos de doentes e cobrança de cuidados aos sistemas de saúde responsáveis (aliás, hoje, a utilização do SNS por estrangeiros já é objeto de faturação, nos termos da lei (...) »