18 dezembro 2024

Rédea solta para o militarismo e belicismo

 Agora querem
 3% para a Defesa !!!

Carlos Matos Gomes aqui

«Há uns tempos apareceu na comunicação social o anúncio vindo dos estados Unidos que os países da NATO tinham de contribuir com 3% dos orçamentos para as despesas militares. Era o devido. Com 3% os países europeus podiam vencer a Rússia e o mais que viesse.

Ninguém, nem entre especialistas de comentário, de opinião, de invenção, de comentário e de opinião perguntou pelo racional dos 3%. Três por cento porquê? E porque não treze, ou trinta, ou qualquer outro valor? Estamos perante uma – mais uma – mistificação que os dirigentes nos querem meter pela goela como se se fôssemos gansos destinados a produzir fois gras. (...)

«Nenhum secretário da NATO, nem nenhum ministro da Defesa explicou a razão dos 3%. E mais. Nenhum secretário da NATO, nem nenhum ministro da defesa de qualquer país da NATO (nos outros é idêntico) é capaz de explicar o custo de um qualquer sistema de armas. Nenhum é capaz de estabelecer o custo de produção de um avião, de um helicóptero, de um navio, de um carro de combate. Nenhum dos políticos que reclamam 3% para compras de armamento é capaz de apresentar a estrutura de custos de um qualquer sistema de armas. Nenhum faz ideia do custo de uma hora de operação de um avião ou de um navio. (...)

Em resumo, quando alguém falar em 3% para despesas militares peçam a fatura discriminada, como se faz nos restaurantes. O resto é discurso de vendedores de banha da cobra.»

20 e tal anos de sondagens EUA sobre armas e aborto

Os norte-americanos
e o problema das armas e...



52% consideram que o mais importante é controlar a propriedade das armas e 47% que o mais importante é proteger o direito dos americanos terem armas, ou seja, um valor muito mais alto que em 2000 e 2022.

81% dos inquiridos republicanos consideram que o mais importante é proteger o direito dos norte-americanos terem armas enquanto só 18% dos inquiridos democratas é que pensa assim.

No site da National Rifle Association - o reacionaríssimo lobby pró-armas dos EUA- faz-se publicidade a armas como esta.

... e do aborto

Em 1995 60% dos inquiridos achava que o aborto devia ser legal em todos ou muitos casos e em 2024 esse número passou para 63%. Os que consideravam que devia ser ilegal em todos ou muitos casos passou de 38% em 1995 para 36% em 2024.

17 dezembro 2024

O populismo do governo da AD

 Migrantes e SNS:
um artigo muito oportuno

Marta Temido no «Público» de 16/12

(...)«
Todo o país ganha com
o acesso dos migrantes à saúde
As doenças infetocontagiosas, como a tuberculose e o sarampo, são, precisamente, o melhor exemplo da razão pela qual todo o país ganha com o acesso de todos, incluindo dos migrantes, qualquer que seja a sua situação, ao SNS. Mas as doenças não-transmissíveis também o são, se recordarmos as perdas de produtividade que acarretam, algo que se sabe da história dos modelos de sistemas de saúde, visto que não foi uma razão generosa, mas o pragmatismo, que levou à sua organização.
Na semana passada, o PSD e o CDS apresentaram um projeto de alteração da Lei de Bases da Saúde que, face à atual composição da Assembleia da República, corre o sério risco de ser aprovado. Trata-se de uma modificação da Base 21 da Lei n.º 95/2019, de 4 de setembro, que, na definição de beneficiários do SNS, inclui “migrantes com ou sem a respetiva situação legalizada, nos termos do regime jurídico aplicável.” O objetivo é eliminar esta menção. (...)
Claro que isto nada tem a ver com a “utilização do SNS por parte de estrangeiros não residentes em Portugal e que se deslocam para o nosso país, por vezes até em contexto de redes ilegais, com o propósito único ou, pelo menos, principal, de acederem gratuitamente a cuidados de saúde”. Um problema sobre o qual pouco sabemos e a que a presente proposta de alteração não responde, na medida em que ela nada tem a ver com a Lei de Bases da Saúde. Porque não é a Lei de Bases da Saúde que inibe a repressão das redes ilegais. Nem impede a gestão de fluxos de doentes e cobrança de cuidados aos sistemas de saúde responsáveis (aliás, hoje, a utilização do SNS por estrangeiros já é objeto de faturação, nos termos da lei (...) »

O «trabalhismo» de Keir Starmer

 Volta Tony Blair,
 estás perdoado !


«Labour ministers are criticised for allowing Royal Mail to fall into foreign hands for the first time in 500 years - after ministers approve £3.6billion takeover by Czech billionaire Daniel Kretinsky» ( Mail online)
Ministros trabalhistas são criticados por entregarem a Royal Mail a mãos estrangeiras pela primeira vez em 500 anos- depois dos ministros aprovarem
um «take over» de 3 mil milhões de libras pelo bilionário checo Daniel Kretinsky.


16 dezembro 2024

Rui Pereira no Facebook

 Leiam um texto de
grande lucidez sobre
os media e o Congresso do PCP

Rui Pereira no Facebook

«“ELES”

O congresso do PCP não foi suficientemente interessante para que as televisões lhe dedicassem as extensas programações especiais que dedicam aos congressos de outros partidos. Nos canais privados, esse interesse nem mesmo existiu. Um ou outro apontamento noticioso, algum comentário de mau fígado e o vaticínio final: "Estão a desaparecer!" Quem? “Eles!”. “Eles” foi o pronome pessoal com que muitas vozes jornalísticas, comentatoriais e/ou a versão anfíbia de ambas, trataram os sujeitos do acontecimento que cobriam e comentavam, quando o faziam. “Eles” não define exactamente nem os comunistas, nem o Partido Comunista, o PC, o PCP por ordem decrescente da frequência com que foram usados os diferentes vocábulos. Não, este “Eles” define-nos a nós. A um "Nós" outros, estabelece uma alteridade insanável em relação aos “Nós” todos quantos, mais diferentes ou mais parecidos entre si, têm em comum uma identidade que definimos como "nossa". “Eles” não. “Eles” são outrem, são estranhos não-comungantes do "Nós" pelo qual nos afirmamos.
O tratamento mais usual pelo jornalismo e pelo comentariato nas coberturas destes congressos partidários é a designação pelo nome do partido (o PS, o PSD, o Chega, a Iniciativa Liberal…). Para todos estes, não há um “Eles”, porque eles somos nós.
A mesmidade de tal trato, quando reversa, induz de contrabando, implicitamente, no assunto a tratar, uma distância percebida, desenha uma fronteira intransponível para quem assiste ao tratamento do assunto, mais do que ao assunto (porque, esse, só nas ligações em direto da RTP 3 se ia deixando ver, ainda assim sob o filtro imperativo de “declínio”, da “degradação”, do “óbito”, mesmo que para referir como “Eles” o não reconhecem e acham “manifestamente exagerada” a respetiva certidão).
Todavia, numa destas curtas emissões, um antigo secretário-geral, Carlos Carvalhas, tentou explicar que numa sociedade em que a participação política da maioria das pessoas se restringe ao ato eleitoral, os media têm uma importância drástica, dado que só por intermédio destes é possível chegar às populações. Ora, se os media quando se dignam falar do PCP, o fazem sob o signo de um “Eles” cauterizado, excluído do tempo e do espaço comuns, anacrónico, vazio e decrépito, é natural que as causas dos problemas (políticos, mais do que comunicacionais) da estigmatização estejam menos nos estigmatizados do que nos estigmatizadores. » (...)

15 dezembro 2024

Encerramento do XXII Congresso do PCP

 O país precisa

Intervenção de Paulo Raimundo

(...) «O País precisa de responder à emergência nacional do aumento significativo dos salários e das pensões, precisa de combater a chaga da precariedade, de valorizar carreiras e profissões, precisa de respeitar quem trabalha e trabalhou uma vida inteira.

O País precisa de pôr fim aos benefícios fiscais, às privatizações, à corrupção e pôr fim, de uma vez por todas, à rapina de recursos públicos por parte dos que se acham donos disto tudo.

O País precisa de mais e melhores serviços públicos, salvar e reforçar o SNS, fixar e contratar profissionais de saúde, e garantir a todos o acesso à saúde. 

O País precisa de valorizar a Escola Pública, responder agora à falta de professores e de outros profissionais e de avançar para uma rede pública de creches gratuitas e o acesso universal à educação pré-escolar. 

O País precisa de enfrentar o drama da habitação, dar combate à especulação, reduzir o valor das rendas, pôr a banca a suportar o efeito das taxas de juro.

O País precisa de recuperar os instrumentos para definir de forma soberana o seu próprio rumo de desenvolvimento, investindo mais e onde faz mais falta, e não onde a União Europeia e as suas ordens orçamentais nos querem impor. 

O País precisa e deve produzir mais, para criar mais riqueza e para se desenvolver enquanto nação soberana.

Precisa de colocar todo o saber e conhecimento científico e tecnológico, a investigação e a ciência ao serviço do País.

O País precisa da força e criatividade da juventude e de responder às suas necessidades – aumento dos salários, estabilidade, educação pública, acesso à habitação.

O País precisa de todos os que cá procuram uma vida melhor e dispensa o bafiento e desviante discurso do ódio, do racismo e da xenofobia (... )»

Jazz para o seu domingo

  Cameron Mizell


14 dezembro 2024

Porque hoje é sábado ( )

 Erika De Casier

O costume

 A avaliar por duas
 primeiras páginas o
 Congresso do PCP
não existiu





Desvario

 Uma péssima ideia

Ministra da Justiça
 quer aprofundar
mecanismos de
delação premiada

Amadeu Guerra defende
criação da figura
da delação premiada
(Público)
Além do mais, as leis já contemplam atenuantes para os réus que colaborem com a justiça. Outra coisa é assim permitir que culpados escapem impunes.