25 novembro 2024

Que os novembristas vão pregar para outra freguesia !

 A data
que celebramos 
com
 toda a força da nossa alma


Lamentamos muito mas não há nenhuma fotografia ou imagem que exprima com verdade a inesquecível e tocante manifestação popular na Av. da Liberdade em 25 de Abril deste ano.




Sobre a data de hoje
apenas isto

Aqui em 01 dezembro 2022

Pode dizer-se que, nos 47 anos que já passaram, muito raramente Melo Antunes foi devidamente citado e que sistemáticamente a sua referência ao «socialismo» foi convertida numa referência à «democracia».

Eu até posso ter alguma compreensão por comentadores e historiadores temerem que nos dias de hoje a citação exacta poder ser algo estranha. Mas com esta transformação (se Melo Antunes tivesse falado em «democracia» também estaria bem) alguma coisa de muito importante se perde: a saber, a verdade histórica de que, em 25 de Novembro de 1975, os moderados vencedores também ainda falavam de «socialismo», o que ilustra que naquela época a semântica mais generalizada ainda estava muito à esquerda

e já agora uma voz insupeita





Uma  questão de datas
 muito esclarecedora
(...)E a resistência começava no combate ao Governo. Todas as forças que o viam como um braço armado do PCP acabariam por se encostar ao Grupo dos Nove e ao seu “documento”, que apareceu como uma bomba numa edição especial do Jornal Novo em 7 de Agosto de 1975. O movimento era transversal e tinha uma estratégiaLogo em Agosto, começa a desenhar um plano operacional para responder a um eventual golpe militar. Seria aplicado no 25 de Novembro. (...) O seu maior problema era saber quem liderava. Se o Grupo Militar dos moderados tinha há semanas um plano operacional e uma estrutura de comando, na esquerda reinava a indefinição (...) Entre comunistas e extrema-esquerda, não havia conciliação possível. A esquerda moderada e toda a direita ficaram a assim de mãos livres para passar de uma situação defensiva para o ataque deliberado.(...). (Manuel Carvalho no «Público» de 24.11.2024)

Notícia no «Público» de 25/11:

«Para Pezarat Correia, "a democracia conseguiu-se não por causa do 25 de Novembro, mas apesar do 25 Novembro". "Logo a seguir, em Abril de 1976, aprovou-se a Constituição revolucionária e as conquistas estavam lá, embora depois disso ela tenha sido adulterada e abandonada por força do processo que se foi seguindo", afirmou, acrescentando que a Constituição também "foi aprovada não por causa do 25 de Novembro, mas apesar do 25 de Novembro".

P.S.: Quem tenha ouvido ontem num debate na CNN Miguel Macedo (PSD) a evocar o para mim mal chamado «cerco à Constituinte» pode encontrar aqui uma outra versão dos acontecimentos.

24 novembro 2024

Pelo Teatro dos Aloés

«Os Rústicos»
 de Carlo Goldoni
- uma peça muito divertida




Encenação de José Peixoto
nos Recreios da Amadora
Dias 25 e 26 Novembro e 29 Nov. a 3 Dez.
Seg. a Sábado- 21 hs, Dom. 16 hs.

«Os Rústicos trata das relações inter-geracionais, igualdade de género e violência doméstica. Para além da pertinência dos temas, o que torna esta obra distinta é a escrita, a “carpintaria” teatral que lhe confere capacidade de atualização rara nas comédias da sua época. Se por um lado segue a linha tradicional da comédia de enganos, cheia de equívocos e mal-entendidos, por outro penetra profundamente nas pequenas subtilezas das relações sociais e domésticas, onde se torna intemporal. Vemos a tentativa de resistir à mudança por parte dos homens e o nascer das pequenas revoluções que se fazem no microcosmos familiar pela ação subtil, mas firme das mulheres e dos jovens. A ação situa-se no Carnaval, numa Veneza a pulsar de vida, cor e transgressão que contrasta com o ambiente cinzento e repressor das casas burguesas dos “rústicos”. Duas forças opostas numa enorme tensão. Pressente-se uma revolução de costumes para a qual os personagens mais conservadores deixam de ter argumentos para resistir.»

Jazz para o seu domingo

Kirsten Gustafson


23 novembro 2024

Sobre uma guerra extremamente perigosa

Palavras sensatas

Miguel Sousa Tavares no «Expresso»

«Imagine que Portugal e Marrocos estão em guerra e que a Espanha, oficialmente, não participa nessa guerra. Agora imagine que, continuando oficialmente de fora, a Espanha fornecia a Marrocos mísseis para serem disparados contra território português, fabricados em Espanha, operados ou assistidos por militares espanhóis e guiados até aos alvos por sistemas de localização e orientação espanhóis. Ainda acharia que a Espanha estava fora da guerra? Foi isso que Joe Biden acabou de fazer, autorizando a Ucrânia a utilizar livremente contra território russo os mísseis Atacms que já lhe tinha fornecido e cujo uso estava até aqui limitado ao território da Ucrânia. (...)»

«Há mais de mil dias, meses antes de a guerra começar, que digo o mesmo: esta guerra era perfeitamente evitável se tivesse havido vontade para isso. A Ucrânia queria a segurança de saber que a Rússia não a invadiria e a Rússia queria garantias de que a Ucrânia não aderiria à NATO, fechando-lhe o cerco pelo sul e podendo, como agora, utilizar o seu território para, com armas da NATO, a atacar. Mil dias depois, ambos os lados perderam: a Ucrânia foi invadida pela Rússia e a Rússia é atacada pela NATO a partir da Ucrânia e está mais cercada do que nunca. Sem falar, claro, das centenas de milhares de mortos de ambos os lados e da devastação da Ucrânia. Tudo isto teria sido facilmente evitado desde o início ou acabado pouco depois se Joe Biden e Boris Johnson não tivessem boicotado os acordos de paz já prestes a serem firmados. Mas, sem conceder na ilegitimidade da invasão russa, eternamente seguirei convencido de que os Estados Unidos e a NATO não só nada fizeram para evitar a guerra como até a desejaram. Mais do que quaisquer manobras militares, a guerra da Ucrânia deu aos Estados Unidos e à NATO a possibilidade única de testar as suas capacidades de equipamento e estratégia militar em cenário real; de perceber as forças ou debilidades militares da Rússia; de a desgastar e enfraquecer na hipótese de um futuro conflito com a China, onde a Rússia seria sua aliada; de ressuscitar uma NATO declarada em estado de “morte cerebral” por Macron, e em nome da defesa dos valores das “democracias liberais” ou agitando o fantasma, criado do nada, da continua­ção da ofensiva militar russa até às praias da Normandia; de possibilitar lucros escabrosos à indústria militar americana; de assentar um golpe fulminante na economia europeia, proibindo-lhe as relações comerciais com a Rússia, e impondo-lhe, a bem ou a mal — nem que fosse pela sabotagem dos gasodutos russos — o corte de fornecimento de energia russa à Europa, substituindo-a, a preços bem mais caros, pelo fornecimento do gás liquefeito americano, a bem da balança comercial americana e da concorrência industrial com a Europa. (...)»

Porque hoje é sábado ( )

 Nina Simone
em "Mississippi Goddam"

uma canção inserida na luta pelos
direitos civis nos EUA na década de 60

excerto da letra

(...)

Piquetes, boicotes escolares
Tentam dizer que é um complôt comunista
Tudo o que eu quero é igualdade
Pela minha irmã, pelo meu irmão,
pelo meu povo e por mim

Sim, você mentiu para mim todos esses anos
Você me disse para lavar e limpar meus ouvidos
E falar muito bem como uma senhora
E você pararia de me chamar de irmã Sadie

Ah, mas este país inteiro está cheio de mentiras
Todos vocês vão morrer e morrer como moscas
Eu não confio mais em você
Você continua dizendo "Vá devagar!"
"Vá devagar!"
(...)

22 novembro 2024

Coisas do «Espesso»

Uma manchete que é 
um grande frete ao govern0

´«
Montenegro diz que há menos 89% de alunos sem aulas. PS, BE e PCP criticam “números martelados”. 
Pelo PCP, a líder parlamentar acusou o Governo de "aldrabice" e de querer "criar confusão" com os dados divulgados sobre o número de alunos sem aulas, com o objectivo de "ocultar a real dimensão do problema".» (Público)

P.S: Uma desenvolvida desmontagem desta propaganda governamental pode ser consultada aqui em «os ladrões de bicicletas»

O «Expresso» emenda a mão num quadradinho pequenino

28.11.2024

Derrota do golpismo no Brasil


Uma excelente notícia



«A Polícia Federal indiciou
o ex-presidente 
Jair Bolsonaro,
os ex-ministros Braga Netto
(Defesa e Casa Civil), 
Augusto
Heleno
 (Gabinete de Segurança
Institucional) e 
Paulo Sérgio
Nogueira
 (Defesa) e mais 33
 pessoas pelos crimes de
tentativa de golpe de Estado,
tentativa de abolição do Estado
democrático de direito e organização 

criminosa. De acordo com a PF,
foi identificada uma "organização
criminosa que atuou de forma
coordenada, em 2022, na tentativa 
de manutenção do então presidente
da República no poder.»

mais aqui


    21 novembro 2024

    Um dado muito importante

     Larga maioria dos
     americanos preferia
    acabar com o sistema
     de Colégio Eleitoral



    Por uma larga maioria,  americanos
    querem o voto popular - e não
    o Colégio Eleitoral - a decidir
     quem é  Presidente

    Linha vermelha- os que querem que sejam os votos populares a determinar quem ganha (actualmente 63%);
    Linha  castanha - os que preferem o sistema actual em que o vencedor é decidido pelo Colégio Eleitoral (actualmente 35%).
    De salientar que esta maioria existe pelo menos desde o ano de 2000 (ano a partir do qual foram consideradas sondagens sobre esta matéria).
    Esta questão não tem relevo quanto às últimas eleições porque Trump também ganhou no voto popular. Mas se vigorasse o sistema da linha vermelha Al Gore (mais 543.895 votos do que George W. Bush) e Hilary Clinton (quase mais 3 milhões de votos do que Trump) teriam sido eles os eleitos.

    Uma quadrilha de fanáticos

     Nomeações de Trump:
    cada cavadela, minhoca !

    Donald Trump acaba de nomear secretária de Estado (equivalente a Ministra) das palhaçadas, perdão, da educação uma empresária de wrestling.

    aqui três cartoons sobre
    as nomeações de Trump

    20 novembro 2024

    O disparate de Leitão Amaro

     Além do mais cobardes

    O que disse Leitão Amaro? (DN)
    «Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião semanal do executivo, na passada quinta-feira, o ministro da Presidência afirmou que “não é muito conhecido, mas Portugal tem o segundo pior desempenho ao nível do número por quilómetro de ferrovia de acidentes que ocorrem" e que tem "um desempenho cerca de sete vezes pior do que a primeira metade dos países europeus”. Esse foi o contexto em que anunciou que o Governo aprovou uma proposta de lei que reforça “as medidas de contraordenação para os maquinistas deste transporte ferroviário, criando uma proibição de condução sob o efeito de álcool”. “Estando Portugal numa das piores situações em termos de nível de acidentes, tem do quadro contraordenacional mais leve e mais baixo da Europa”, rematou Leitão Amaro.»
    Entretanto
    O que disse o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF)?
    O gabinete que tem a incumbência de investigar todos os acidentes na ferrovia também tomou uma posição. Citado pelo Público, o gabinete adianta que desde 2014 "nunca foi detetada nos maquinistas taxa de alcoolemia superior a 0,5 g/l, nem aspetos correlacionados com essa matéria foram identificados como factor interveniente em quaisquer acidentes ou incidentes".
    Depois de Leitão Amaro ter dito aquilo e perante os protestos do sindicato de maquinistas que acusaram o ministro da Presidência de ter associado acidentes ferroviários a consumo de álcool, o ministro Pinto Luz teve  desplante de vir dizer que nem pensar, que o seu colega de governo nem por sombras quis fazer tal associação.
    Forçoso é concluir que no governo da AD há gente que, por cobardia, nem sequer é capaz de manter o que disse.