16 novembro 2024

O que estava a fazer falta

 Ora muito bem !

Associação 25 de Abril
não vai participar nas
comemorações
do 25 de Novembro

«Instituição fundada pelos militares de Abril argumenta que comemorar o 25 de Novembro, mas não outros momentos-chave do pós-25 de Abril, é uma “deturpação” da História da construção da democracia.»

Uma Europa subordinada aos EUA

Um tempo maldito

(Carlos Matos Gomes, in Medium.com, 14/11/2024) s.

(...) «No essencial, a germinação e cultivo em estufa de dirigentes quer nos Estados Unidos quer na Europa obedece ao mesmo processo: um grande apoderado paga uma generosa bolsa de estudos para um seu pupilo vir a ocupar um lugar na administração do Estado que favoreça os seus negócios. Musk financiou Trump, mas Peter Thiel, o cofundador do PayPal, rastejando nas sombras, garantiu que o seu homem, JD Vance, entrasse no par presidencial como vice-presidente. Jeff Bezos, atrasado para a festa, entrou na onda falhando alguns dias, mas garantindo que o seu Washington Post não endossasse nenhum candidato. Aqui na Europa ninguém que coloque em causa as verdades únicas da guerra na Ucrânia e do aumento das despesas militares chegará a qualquer posto de relevo. Apenas têm lugar à manjedoura os que que puxam a carroça do dono.

Quer nos Estados Unidos quer na Europa existe uma oligarquia no poder que funde os negócios do Estado e os negócios privados e constitui uma elite governante. Os negócios renderão biliões, milhões de pessoas morrerão e incontáveis crimes serão cometidos. Como li em algum lugar: “Estamos além do espelho. Estamos todos a viajar pelos esgotos da informação. Trump é um bacilo, mas o problema são os canos.” E pelos canos escorrem muitos outros dejetos.(...) »

O essencial são os valores. O valor da palavra dada. A democracia assenta no caráter dos cidadãos e em particular dos que têm maiores responsabilidades. Quando não há caráter há canalhas. Temos um regime de canalhas. Quando se abicam dos valores criamos um mundo de faquistas e de trafulhas.

PORQUE HOJE É SÁBADO ( )

Angel Olson

15 novembro 2024

NOTICIA TRISTE

 Faleceu a camarada 
Celeste Caeiro

Celeste Caeiro em desenho de Nuno Saraiva

Nota do PCP aqui

14 novembro 2024

Habilidades e silêncios

 Aquilo de que
 Ricardo Leão nunca fala

«Reconheço que as afirmações que
proferi foram 
um momento menos feliz.»
Ricardo Leão em artigo
 hoje no «Público»

Em onze parágrafos de texto a frase acima representa a unica menção de tom autocrítico constante do artigo de opinião em causa.  Mas é caso para dizer que é curto, muito curto, embora represente a sua continuada tentativa de escamotear o que verdadeiramente está na origem da polémica que se seguiu ao acontecido na Câmara de Loures.

Porque a verdade é que o escândalo e indignação não rebentaram apenas por causa do «sem dó nem piedade» de Ricardo Leão. Muito mais importante e muito mais grave do que isso foi aquilo de que, desde há semanas, o Presidente da Câmara de Loures não fala: a saber, que ele próprio mais os eleitos do PS e (a não esquecer) do PSD aprovaram uma proposta do Chega no sentido de alterar o regulamento de habitação municipal para que fossem despejados  os autores de violência ou desacatos, o que além de ilegal é desumano porque os incriminados ou julgados podem pela certa ter ascendentes ou descendentes (inocentes!) a viver na sua casa.

É disto que, nas suas já frequentes explicações, Ricardo Leão nunca fala. Mas é isto que é grave, intolerável e é preciso lembrar.

Adenda repescando uma notícia de 8 de Novembro:

Também a Iniciativa Liberal
«
Assembleia Municipal de Loures chumbou proposta da CDU para revogar a recomendação do Chega sobre despejos de habitações municipais, aprovada com os votos de PS e PSD. IL juntou-se no voto contra

Já em 2019 isto era actual

 

Sobre antisemitismo e antisionismo

Desfazendo uma confusão

 nada inocente
«Porque é que assimilar o antisionismo ao antisemitismo é inepto e perigoso»

Ler aqui

12 novembro 2024

Caso para falar de antipalestianismo

Delito de opinião
em H0llywood

Susan Sarandon lamenta o cancelamento que sofreu por parte de Hollywood

Neste momento, teme nunca mais trabalhar num filme de Hollywood, principalmente depois dos seus comentários a favor da Palestina, em Novembro de 2023: “Os meus projectos foram cancelados”, afirmou ao jornal britânico TheTimes numa entrevista publicada no domingo.

A actriz de 78 anos foi dispensada pela sua agência de talentos depois de, num comício em Nova Iorque de apoio à causa palestiniana, ter observado que “há muita gente que tem medo, que tem medo de ser judeu nesta altura».

(Público)

11 novembro 2024

Foi para isto que os EUA intervieram no Iraque?

 

Casamento de
 raparigas aos 9 anos


Iraque mais perto de baixar idade
de consentimento para os 9 anos
Os conservadores muçulmanos xiitas no Iraque estão cada vez mais próximos de aprovar uma lei que passará a idade legal de consentimento para casar e ter relações sexuais dos 18 para os 9 anos, avança o The Telegraph. Esta alteração da lei do estatuto pessoal tem várias implicações nos direitos das mulheres e crianças.
Se a proposta for aprovada no Parlamento do Iraque, dominado por muçulmanos xiitas, as mulheres também podem perder o direito ao divórcio, custódia parental e herança.
A lei que tutela, actualmente, estes aspectos é conhecida como Lei 188. Foi introduzida em 1959 e considerada como um dos avanços mais progressistas no Médio Oriente, regulando os assuntos familiares no Iraque e separando-os, ainda que em termos não absolutos, do cariz religioso.» (Público)

10 novembro 2024

Um grande aplauso para todos os que a organizaram

 Uma exposição
 que os progressistas
não devem perder


No Museu Nacional de Etnologia

«A exposição “Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades” estará patente ao público na maior sala de exposições temporárias do Museu Nacional de Etnologia entre 30 de outubro de 2024 e 2 de Novembro de 2025.

A exposição, co-organizada pelo Museu Nacional de Etnologia (Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E.) e o Centro de Estudos Sobre África e do Desenvolvimento (Instituto Superior de Economia e Gestão, UL), realiza-se no contexto da prioridade que o Museu confere ao estudo de proveniência das suas coleções extraeuropeias e da reflexão sobre o contexto colonial em que o museu foi fundado e procedeu à recolha das suas primeiras coleções, procurando o envolvimento do público e das comunidades na valorização e divulgação das suas próprias culturas.

Concebida e coordenada pela historiadora Isabel Castro Henriques, a exposição visa apresentar as linhas de força do colonialismo português em África nos séculos XIX e XX. Tem como objetivos desconstruir os mitos criados pela ideologia colonial, descolonizar os imaginários portugueses e contribuir, de forma pedagógica e acessível, para uma renovação do conhecimento sobre a questão colonial portuguesa.»