25 outubro 2024

O desafio a que eles não ligam

 Ainda a sessão na A.R.
de festejo do 25 de Novembro


  • Ana Sá Lopes no «Público»
«Mariana Leitão, a líder parlamentar da Iniciativa Liberal, foi muito clara a explicar como as comemorações do 25 de Abril e do 25 de Novembro vão ser iguais: "A Iniciativa Liberal fica muitíssimo satisfeita com a decisão do Parlamento de assinalar o 25 de Novembro de 1975 com uma sessão solene muitíssimo semelhante à que se faz no 25 de Abril de 1974". Está tudo dito. A direita costuma fazer comícios contra as "guerras culturais". Ou seja, não gosta de "guerras culturais" quando não são as suas "guerras culturais". A equiparação do 25 de Novembro ao 25 de Abril é um atentado à História: serve apenas para a guerra, ou a guerrilha, "cultural".É nestes momentos que se vê o peso da maioria de direita na Assembleia da República. »

Por mim, e com perdão dos leitores, apenas lanço pela terceira ou quarta vez um desafio aos entusiastas do 25 de Novembro: não sejam elitistas, convoquem antes uma manifestação popular para avenida da Liberdade para a gente depois a comparar com a dos 50 anos do 25 de Abril.

24 outubro 2024

Sobre as imposições europeias

Não foi notícia mas é grave


João Oliveira no «Público» de 23.10

«Quanto às “recomendações específicas por país”, debate com que “encerraram” o Semestre Europeu de 2024, sabemos bem o que delas consta para Portugal: (1) restrições orçamentais, em especial a redução da despesa líquida, com o que isso significa de dificuldades para os serviços públicos e as funções sociais do Estado, a par da retração do investimento público; (2) mais liberalização nos sectores dos transportes e da energia e a exigência do fim das medidas de atenuação do aumento dos preços, com o que isso significa de aumentos de preços, de mais lucros para as multinacionais e de mais dificuldades para as populações e as micro, pequenas e médias empresas; (3) mais borlas fiscais aos grupos económicos e novas ofensivas para a privatização da Segurança Social.

Essas são, entre outras, relevantes batalhas para travar. Mas a partir de uma posição diferente da posição do Governo português, que é de aceitação da camisa de 11 varas que a UE veste a Portugal.»

Um importante abaixo-assinado de judeus

Louvor dos israelitas
 não-sionistas

Cidadãos israelitas pedem uma verdadeira pressão internacional sobre Israel para um cessar-fogo  imedoato

"Nós, cidadãos israelitas residentes em Israel e no estrangeiro, fazemos um apelo à comunidade internacional - à ONU e suas instituições, aos Estados Unidos, à União Europeia, à Liga dos Estados Árabes, e a todos os Estaados do mundo- para que intervenham imediatamente e apliquem todas as sanções  possíveis par alcançar um cessar-fogo imediato entre Israel e os seus vizinhos, pelo futuro de ambos os povos em Israel/Palestina e dos povos da região, e  pelos  seus direitos à segurança e à vida. Muitos de nós somos veteranos activistas contra a ocupação, pela paz e pela existência mutua nesta terra. Motiva-nos o nosso amor pela terra e seus habitantes. Horrorizam-nos os crimes de guerra cometidos pelo Hamas e outras organizações em 7 de Outubro e nos horrorizam os inúmeros crimes de guerra que está cometendo Israel. Desgraçadamente, a maioria apoia a continuação da guerra e dos massacres e actualmente não é realista uma mudança a partir de dentro. O Estado de Israel segue um caminhos suicida e semeia destruição e devastação que aumentam dia a dia.

Governo de Israel abandonou os seus cidadãos rens (e matou alguns), não atendeu aos residentes do sul e do norte de Israel e abandonou o destino e o futuro de todos os seus cidadãos. Os cidadãos palestinos de Israel são perseguidos e silenciados pelas autoridades  estatais e pela opinião pública em geral. Na nossa opinião, a repressão, a intimidação e a perseguição política impedem que muitos do que compartilham dos nossos pontos de vista se unam a este apelo.
Cada dia mais se afasta qualquer horizonte possível de acordo regional e reconciliação, um futuro em que os judeus israelitas possam viver em segurança neste lugar. Consegui-lo requererá largos processos, mas há que pôr termo imediato aos constantes massacres e à destruição. A falta de uma verdadeira pressão internacional, a continuação dos fornecimentos de armas a Israel, os acordos económicos e de segurança , os acordos económicos e as colaborações cientificas  fazem crer à maioria dos israelitas que as políticas e Israel gozam de apoio internacional. Os dirigentes de muitos países fazem repetidas declarações sobre o horror que sentem e denunciam verbalmente as operações de Israel, mas estas condenações não estão apoiadas por acções concretas práticas.  Estamos cansados por repletos de palavras e declarações.
Por favor, pelo nosso futuro e de todos os habitantes de Israel e da região, salvem-nos de nós próprios e exerçam una pressão real sobre Israel para um cessar-fogo imediato.

m cessar-fogo imediato 

Primeiros signatáriosYael Lerer Franco-Israélienne, éditrice et traductrice, ex-candidate NFP 8e circonscription de Français hors de France Anat Matar Philosophe, Université de Tel-Aviv Ron Naiweld Franco-Israélien, historien du judaïsme, CNRS Yoav Shemer-Kunz Franco-Israélien, politologue, université de Strasbourg Yael Berda Sociologue, professeure à l’université hébraïque de Jérusalem Smadar Ben-Natan Juriste et chercheuse spécialisée en droits humains, université de l’Oregon Oded Goldreich Lauréat du Prix d’Israël, chercheur en informatique théorique, professeur à l’Institut Weizmann Aliza Shenhar Professeure émérite, ancienne ambassadrice d’Israël en Russie, ancienne présidente de Yezreel Valley College Amos Goldberg Spécialiste de l’Holocauste, professeur d’histoire juive et du monde juif contemporain, université hébraïque de Jérusalem Menachem Klein Professeur de sciences politiques à l’université de Bar-Ilan Yagil Levy Sociologue, spécialiste des questions militaires, professeur à l’Open University d’Israël Shmuel Lederman Spécialiste des études du génocide et de la théorie politique, enseignant à l’Université de Haïfa Neve Gordon Juriste et politologue, professeur à l’université Queen- Mary à Londres Idan Landau Professeur de linguistique à l’université Ben-Gourion du Néguev Michal Ben-Naftali Auteur de «Ne vois-tu pas que je brûle?» (2024), Actes Sud Miriam Eliav-Feldon Historienne, professeure émérite, université de Tel-Aviv Achinoam Nini (Noa), chanteuse Rabbi Dubi Avigur Rakefet, Rabbis for Human Rights Michael Ben-Yair Ancien procureur général d’Israël Ayala Metzger L’une des principales figures des protestations des familles des otages.
(Na última semana deste abaixo-assinado já tinha 1.800 assinaturas)

23 outubro 2024

Porquê este castigo tão cruel ?

 E todas as terças-feiras
 temos na SIC Notícias
de gramar este tipo

Esta noite, pelo meio de um incrível entusiasmo deste sujeito com a realização na AR de uma sessão solene do 25 de Novembro, tivemos a generosa benesse de o ouvir dizer que bebeu um cálice de Porto no dia 25 de Abril de 1974.

Ele deve pensar que a memória é uma coisa  que não existe e que não há arquivos nem estudos que falem do seu real passado de  activista de extrema direita nos finais dos anos  60 na Universidade de Coimbra e de Júdice como afincado salazarista crítico do marcelismo e, a seguir ao 25 de Abril, como membro do gabinete político do MDLP, (responsável por bombas e assassinatos), como explica a wikipédia.

«Era o (MDLP) liderado, a partir do Brasil, pelo General António de Spínola,[3] mas toda a sua estrutura encontrava-se sediada em Madrid. Essa estrutura assentava num Gabinete Político, que assegurava a liderança política do movimento, dirigido por Fernando Pacheco de Amorim reportando directamente ao General António de Spínola e integrado, entre outros, por António Marques BessaDiogo Velez Mouta Pacheco de AmorimJosé Miguel Júdice e Luís Sá Cunha. A estrutura militar era liderada pelo Coronel Dias de Lima, Chefe do Estado Maior, também ele reportando directamente ao General António de

 Spínola e subdividia-se em dois braços (...)»





20 outubro 2024

Sempre mais à direita

 Os melhores comentários
ao discurso de encerramento
de Montenegro foram ...


... os de Filipe Melo que declarou que «esvaziava o programa eleitoral do Chega» e de Nuno Melo que afirmou que se tratava de «uma aproximação ao CDS». Conversa acabada !

Para o seu domingo

 Billie Holliday
em «Strange Fruit»

Uma canção histórica porque de denúncia dos linchamentos de negros no sul dos EUA e da autoria do comunista norte-americano Abet Meropol (que foi quem criou os dois filhos dos Rosenberg).

                                 Letra de «Strange Fruit»

Southern trees bear a strange fruit,
Blood on the leaves and blood at the root,
Black body swinging in the Southern breeze,
Strange fruit hanging from the poplar trees.

Pastoral scene of the gallant South,
The bulging eyes and the twisted mouth,
Scent of magnolia sweet and fresh,
And the sudden smell of burning flesh!

Here is a fruit for the crows to pluck,
For the rain to gather, for the wind to suck,
For the sun to rot, for a tree to drop,
Here is a strange and bitter crop.

Um caso de conveniente amnésia

 Montenegro declarou
ontem que «não somos
descendentes de  (..
.)
empobrecimentos
 »:
estará a precisar de
Memofante ? 

Para avivar a memória de Montenegro podia trazer para aqui dezenas de posts das «cerejas» do tempo em que ele era líder parlamentar do PSD entre 2011 e 2015 (1).  Mas não, aproveito apenas para citar uma passagem de um texto do jornalista Luciano Alvarez no «Público» de 31.10.2014:«O XIX Governo Constitucional tomou posse a 21 de Junho de 2011. Portugal vivia tempos difíceis. Tinha acabado de pedir ajuda internacional e as medidas que a partir daí iriam ser impostas pela troika e pelo Governo, que sempre afirmou que iria além da troika, teriam um efeito muito duro na carteira e na vida de quase todos os cidadãos.»

(1) Quem porventura estiver esquecido é só ir ao canto superior esquerdo deste blog e escrever Passos Coelho.

19 outubro 2024

A lucidez de Viriato Soromenho Marques

 E houve deputados
 portugueses no P.E.
 que votaram isto !

(...)«Numa altura em que a guerra na Ucrânia parece hesitar entre uma solução coreana - fim das hostilidades nas linhas atuais do campo de batalha, deixando tratado de paz para o futuro -, ou um enfrentamento direto NATO-Rússia, capaz de incendiar grande parte do mundo, o Parlamento Europeu (PE) escolheu esta última opção, ao aprovar no dia 19 uma “Moção conjunta” sobre a continuação “do apoio financeiro e militar à Ucrânia pelos Estados-membros da UE”.

A Moção, grosseiramente russófoba, cheia de exigências aos Estados da UE, é mais brutal do que muitas declarações de guerra registadas pelahistoriografia.Vejamos apenas algumas das medidas propostas pelos eurodeputados: 1) acabar com todas as restrições ao uso por Kiev de armas ocidentais contra alvos na Rússia; 2) exigir ao chanceler alemão a entrega a Kiev do míssil germânico de longo alcance, Taurus (uma pressão absurda sobre Scholz, imposta por essa criatura esquisita em que se transformou o partido alemão Os Verdes); 3) Solicitar à Comissão “uma comunicação estratégica” europeia sobre a importância de apoiar a Ucrânia (mais propaganda e desinformação para preencher o vazio deixado pela repressão do debate sério e esclarecido); 4) Depois de ter arrefecido o seu breve entusiasmo pelo Pacto Ecológico, o PE exulta com a rápida implementação da Estratégia para a Indústria de Defesa Europeia.

O clímax guerreiro dos eurodeputados foi atingido, contudo, quando insistem em “que todos os EM da UE devem comprometer-se a apoiar anualmente a Ucrânia militarmente com não-menos de 0,25% do seu PIB.” No caso português, os nossos eurodeputados, cidadãos de um país com o Estado Social em falência, querem investir 628.450.000 euros (referência ao PIB de 2023) do OE 2025 no prolongar sangrento de uma guerra absurda.

Os dois sensatos e residuais votos contra, respetivamente, do PCP e do BE, comprovam que Descartes errou (ou seria ironia fina?) quando escreveu que: “O bom senso é a coisa mais bem distribuída no mundo.”

Viriato Soromenho Marques no 'DN? de 28.9.2024

A Moção passou com 425 votos a favor, 131 contra, e 63 abstenções. Os eurodeputados portugueses que querem mísseis a destruir Moscovo, nem que para isso seja preciso empobrecer ainda mais os portugueses, são todos os da AD, PS (exceção da abstenção de Bruno Gonçalves) e IL. O Chega abstevOs dois sensatos e residuais votos contra, respetivamente, do PCP e do BE, comprovam que Descartes errou (ou seria ironia fina?) quando escreveu que: “O bom senso é a coisa mais bem distribuída no mundo.

Porque hoje é sábado ( )

 Redd Kross

17 outubro 2024

A declaração de Pedro Nuno Santos

 O maior culpado pela
viabilização do Orçamento
 pelo PS é o Presidente
 da República que ameaçou
com novas eleições em
 caso de chumbo quando isso
 não seria necessário
como se explicou aqui.

Este post não visa isentar P.N. Santos das suas escolhas mas apenas sublinhar que a certeza de eleições em caso de chumbo do OE devem ter pesado muito na sua decisão.