01 dezembro 2022

Alguma coisa se perde

 O 25 de Novembro
e a emenda sistemática


«Quando Melo Antunes defendeu a “sociedade

pluralista”que não estava na cabeça de

Jaime Neves e disse que o PCP

tinha um papel “indispensável”

para a democracia, o 25

de novembro que a direita celebra foi

derrotado, prevalecendo uma normalização

democrática em continuidade com o 25 de abril.»

Daniel Oliveira no «Expresso»


O que Melo Antunes

realmente declarou


Pode dizer-se que, nos 47 anos que já passaram, muito raramente Melo Antunes foi devidamente citado e que sistemáticamente a sua referência ao «socialismo» foi convertida numa referência à «democracia».

Eu até posso ter alguma compreensão por comentadores e historiadores temerem que nosdias de hoje a citação exacta poder ser algo estranha. Mas com esta transformação (se Melo Antunes tivesse falado em «democracia» também estaria bem) alguma coisa de muito importante se perde: a saber, a verdade histórica de que, em 25 de Novembro de 1975, os moderados vencedores também ainda falavam de «socialismo», o que ilustra que naquela época a semântica mais generalizada ainda estava muito à esquerda.

27 novembro 2022

20 novembro 2022

Elogio da lucidez

 


Um míssil ucraniano caído inadvertidamente na Polónia foi imediatamente transformado pelo “herói de guerra” Zelensky e pelo “cão de guerra” Stoltenberg num “ataque russo com mísseis a território da NATO”. Apoiados pelos
Estados bálticos e pela imprensa seguidista do costume, e cegos de excitação e entusiasmo, logo trataram de apelar à terceira guerra mundial, sem esperar sequer pelo esclarecimento das coisas e sem se deterem a pensar que interesse teria a Rússia em atacar um país da NATO e fazê-lo sob a forma de um míssil disparado contra uma quintarola agrícola, seis quilómetros adentro da fronteira polaca. Que este estranho incidente tenha ocorrido quando os grandes do mundo estavam reunidos do outro lado do planeta e numa altura em que, em surdina ou a meia voz, se começou a ouvir falar da necessidade de encontrar um caminho para desblo­quear a guerra na Ucrânia foi, decerto, uma coincidência, e não mais do que isso. Mas o que não é coincidência nem acaso é a “precipitação” de Zelensky e de Stoltenberg: nenhum deles está interessado na paz e sentiram o perigo que os últimos desenvolvimentos internacionais trazem aos seus objectivos.»

18 novembro 2022

Antecedentes

Em 25 de Junho de 2020 (ou
seja, quase dois anos antes
da invasão da Ucrânia pela
Rússia) este site informativo
(que nem se pode dizer que é de esquerda) publicava este longo e documentado artigo



 
Como o conflito ucraniano se
 tornou o laboratório do terrorismo
 de extrema direita

Depois de 2014, milhares de supremacistas
brancos 
estrangeiros utilizam este combate
como um prelúdio à guerra global
para a defesa da «raça branca»

17 novembro 2022