E que tal pagarem melhor ?
10 novembro 2021
08 novembro 2021
Seria bom vento
Espana es diferente
Apesar de estar inscrito no acordo entre PSOE e Unidas Podemos, que saiu das eleições de 2019, o processo foi duro e teve vários episódios de confronto dentro da coligação. Mas chegou-se, enfim, a um acordo de princípio: a revogação das medidas inscritas pelo Governo de Mariano Rajoy em 2012, uma legislação que foi introduzida mais ou menos em simultâneo com as medidas das leis laborais que em Portugal chegaram com a troika – e que até hoje não foi possível revogar na sua totalidade.
Se está a ser possível um acordo em Espanha, porque é que em Portugal as divergências em torno das leis laborais acabaram por contribuir para a queda do Governo? (...)
Mas também porque em Espanha estão em causa normas introduzidas por um Governo de direita, enquanto em Portugal, para além das medidas introduzidas no Governo de Passos Coelho, uma parte do que o PCP e Bloco de Esquerda querem revogar também é de autoria socialista – nomeadamente o fim da caducidade da contratação colectiva, que, apesar de ter sido criada no Governo de Durão Barroso, acabou por ser adoptada por executivos do PS.» («Público»)
06 novembro 2021
Farroncas
Que apressado que ele está
02 novembro 2021
31 outubro 2021
30 outubro 2021
28 outubro 2021
Declaração para a acta
Não, não reescrevo a história
Face a esta grosseira falsificação e horrenda caricatura, talvez seja tempo de declarar para a acta que, ao contrário do que estão fazendo também algumas pessoas da esquerda consequente, não é hora de deitar fora o menino com a água do banho nem de reescrever a história.
Porque a verdade é que, independentemente do que cada um pensar do desfecho recente, a chamada «geringonça»(*), com os limites que já estavam assumidos no momento do seu nascimento, rectificou e anulou dezenas de medidas agressivas e orientações estuporadas impostas alegremente pelo governo PSD-CDS que tinham causado profundos sacrifícios e sofrimentos â maioria dos portugueses e deu importantes passos no sentido de lhes devolver respeito e esperança.
Que Manuel Carvalho desvalorize tudo isso e só veja nisso uma «permanente transacção dos interesses do país em favor dos dogmas partidários» é coisa que não pode causar espanto. Bem vistas as coisas, sempre houve aqueles cujo olhar e pensamento ficam sempre gostosamente prisioneiros do seu próprio estatuto social e padrão de vida.
(*) É inútil e absurdo pedir à «geringonça» o que ela não podia dar. A «geringonça» não foi uma coligação nem sequer um acordo de incidência parlamentar. Assentou sim num conjunto de posições comuns que nem sequer obrigavam a um voto favorável nos orçamentos. E nunca compreendi a exigência e interesse de alguns na celebração de acordos escritos em 2o19 porque nessa altura já não existiam graus de convergência que lhe pudessem dar base.