06 novembro 2021

Farroncas

 Que apressado que ele está

Ainda o decreto de marcação das eleições não foi publicado e já Marcelo, através do seu porta-voz «Expresso», vem ditar condições para a formação do governo que sair das eleições de 30 de Janeiro. É possível que o «trauma» do chumbo do Orçamento leve muitos cidadãos a achar razoável esta condição posta pelo PR. Mas a verdade é que ela pouco mais poderá ser do que uma pressão para que assim seja. Na verdade, se o partido mais votado e encarregado de formar governo não quiser tal acordo ou verificar que ele não é possível, o PR pouco poderá fazer. A não ser que passe a bola (inutilmente) para o segundfo mais votado ou deixe o actual governo até novas eleições passados seis meses.

Porque hoje é sábado ( )

 Curtis Harding

28 outubro 2021

Declaração para a acta

 Não, não reescrevo a história

Em editorial no «Público» de hoje, Manuel Carvalho vem dizer-nos que a dita «geringonça» se resumiu a uma « permanente transacção dos interesses do país em favor dos dogmas partidários ».

Face a esta grosseira falsificação e horrenda caricatura, talvez seja tempo de declarar para a acta que, ao contrário do que estão fazendo também algumas pessoas da esquerda consequente, não é hora de deitar fora o menino com a água do banho nem de reescrever a história.

Porque a verdade é que, independentemente do que cada um pensar do desfecho recente, a chamada «geringonça»(*), com os limites que já estavam assumidos no momento do seu nascimento, rectificou e anulou dezenas de medidas agressivas e orientações estuporadas impostas alegremente pelo governo PSD-CDS que tinham causado profundos sacrifícios e sofrimentos â maioria dos portugueses e deu importantes passos no sentido de lhes devolver respeito e esperança.

Que Manuel Carvalho desvalorize tudo isso e só veja nisso uma «permanente transacção dos interesses do país em favor dos dogmas partidários» é coisa que não pode causar espanto. Bem vistas as coisas, sempre houve aqueles cujo olhar e pensamento ficam sempre gostosamente prisioneiros do seu próprio estatuto social e padrão de vida.

(*) É inútil e absurdo pedir à «geringonça» o que ela não podia dar. A «geringonça» não foi uma coligação nem sequer um acordo de incidência parlamentar. Assentou sim num conjunto de posições comuns que nem sequer obrigavam a um voto favorável nos orçamentos. E nunca compreendi a exigência e interesse de alguns na celebração de acordos escritos em 2o19 porque nessa altura já não existiam graus de convergência que lhe pudessem dar base.

O tempo volta para trás

 Passos Coelho já regressou
 mas agora vestido de Paulo Rangel

Paulo Rangel na «Grande Entrevista» da RTP/3 que procurou transformar num glorioso tempo de antena da sua candidatura no PSD:
« Pedro Passos Coelho (...)
foi alguém que [como primeiro-
ministro] serviu Portugal
de forma extraordinária»

26 outubro 2021

23 outubro 2021

Os portugueses têm memória

 Era só o que nos faltava


Sim, era só o que nos faltava vir o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do governo Passos/Portas vir dar sentenças sobre «prosperidade». Ainda se fosse sobre o «enorme aumento de impostos» de Vítor Gaspar e Paulo Núncio a gente admitia bem.

Porque hoje é sábado ( )

 Helado Negro & Kacy Hill