15 outubro 2021

Medida da PAF revogada

 Ainda bem.

«Os socialistas viabilizaram nesta sexta-feira, ao fim da manhã, os projectos de lei dos comunistas e dos bloquistas que repõem os valores pagos pelo trabalho suplementar prestado em dia útil ou em dia de descanso (incluindo nos feriados).

O PS absteve-se, assim como o PSD, o Chega e a IL. Só o CDS votou contra. Os restantes partidos e deputadas não-inscritas votaram a favor. Os sociais-democratas, que tradicionalmente têm votado contra as propostas dos partidos mais à esquerda de revogação destas normas, anunciaram a entrega de uma declaração de voto. uma declaraç

A surpresa acabou por ser, afinal, a posição do PSD, que deverá ser explicada na declaração de voto escrita que a bancada tem agora três dias para entregar. É que o corte no pagamento do trabalho extraordinário, no trabalho suplementar e no trabalho em dias de feriado foi introduzido pelo Governo PSD/CDS em 2012.» (Público) 

Nota: o diploma baixou para discussão na especialidade pelo que ainda não é certa a sua configuração final.

12 outubro 2021

Ainda não se habituaram

 Passaram seis anos
 mas continua a doer-lhes

Num editorial de comentário ao Orçamento, sentencia Manuel Carvalho no «Público» de hoje que «Um Governo sustentado pela esquerda suspeitosa da riqueza criada pela iniciativa privada não pode ir além de um Orçamento feito de cuidados paliativos».

Deixando de lado as fórmulas envenenadas (tipo «esquerda suspeitosa da riqueza criada pela iniciativa privada»),o que a frase de Manuel Carvalho desvenda é mais uma vez que o que ele e a direita continuam a não tolerar o que se passou na noite de 4 de Outubro de 2015 quando, contra as pretensões passistas e o conformismo do PS, o PCP declarou que o PS só não governaria se não quisesse. Por outras palavras, o que este pessoal continua a ter atravessado na garganta é que se tenha criado uma situação política em que PCP, BE e Verdes têm algum peso nas decisões e orientações de política nacional. Já era tempo de se habituarem.

09 outubro 2021

Falta de vergonha

 Cavaquices

Por muitas críticas que se façam ao PS e ao seu Governo, é bom afirmar que a autoridade da múmia é nula. Afinal, em todo o tempo da troika, ele nunca vislumbrou o dramático empobrecimento geral que então se verificou.

Porque hoje é sábado ( )

 Gina Chavez

08 outubro 2021

Truques dispensáveis

 De o% para 0,9%
 em poucos dias

Num dia a ministra da Administração Pública anuncia que não haverá aumentos salariais para a função pública. Três dias depois o Governo anunciaque haverá um aumenro de 0,9%. Forçoso é concluir que o primeiro anúncio se destinou simplesmente a que o segundo anúncio gerasse comentários do género «afinal sempe há qualquer coisinha ». Bem se dispensavam estes truques quesão basante coxos face ao facto indiscutível de que a função pública tem em cima de si 11 anos de perda de poder de compra.

05 outubro 2021

01 outubro 2021

Palavras a mais seguidas de palavras a menos

Sobre a questão
do Chefe da Armada

Ele há coisas espantosas. Num dia, o Presidente da República, em tom solene, anuncia que há três equívocos na questão da exoneração antecipada do Chefe de Estado Maior da Armada que aliás faz questão de detalhar. À noite depois de uma reunião com o primeiro-ministro, publica um lacónico comunicado onde informa que os equívocos foram esclarecidos.

Conclusão : o país é informado pelo PR com detalhe da substância dos equívocos mas já não tem o direito de saber em que termos e em que sentido é que foram esclarecidos.

Desta situação parece talvez resultar uma evidência: temos um PR que fala demais quando talvez não devesse e que fala de menos quando talvez devesse falar mais. 


29 setembro 2021

Ainda as autárquicas

 Os números de
Almada vistos à lupa

Sem que isso seja tudo, há números sobre a eleição autárquica em Almada que são curiosos e que podem ter passado desapercebidos. Assim:

- O PS, por comparação com 2017, sobe 8,41 pontos percentuais e ganha mais 7.293 votos;

- A CDU perde 1 ponto percentual mas ganha mais 503 votos;

- O conjunto PSD+CDS perde 5,4 p.p.  e perde 3.482 votos;

- O BE perde 2,71 p.p. e 1.565 votos;

- O PAN perde 1,60 p.p. e 971 votos;

- O Chega alcança pela primeira vez 5,63 p.p. e 3980 votos e a IL 1,97 p.p. e 1391 votos;

- Nao concorreram o MRPP que em 2017 tinha obtido 1,82%  e 1.211 votos, o PNR que tinha tido 0,44% e 290 votos e o PTB que tinha tido 0,28% e 185 votos;

- Este anos em Almada houve menos 540 votos brancos e menos 598 votos nulos;

-O número de votantes aumentou em 1678.

Lição principal : em Almada a CDU falha o seu propósito de recuperar a Câmara mas Almada é um dos escassos concelhos em que a CDU sobe a sia votação.

O «Público» a dar corda a Marcelo

 Marcelices

«A vitória em Lisboa foi sobretudo do antigo comissário europeu, que fica agora “numa posição muito forte para mais tarde marcar a viragem”, comenta-se em Belém. “Moedas criou um ciclo próprio”, entendem os mais próximos de Marcelo, convictos, porém, de que esse ciclo tem uma primeira etapa que passa por conseguir governar a câmara da capital: “Ele é muito bom a estabelecer consensos, mas se houver ruptura iminente, pode sempre forçar eleições intercalares e reforçar a votação em novas eleições.”

Certo é que, finalmente, a direita parece fornecer uma alternativa que agrada a Marcelo Rebelo de Sousa. Há anos que defende, em privado, as qualidades de Carlos Moedas, enquanto em público vai pedido uma alternativa forte. Em Março, quando o então administrador da Fundação Calouste Gulbenkian anunciou a sua candidatura à câmara da capital, algumas notícias davam conta de que Marcelo teria dado um empurrão à sua decisão.(...)» (Público)