E agora ninguém fala
em «coligação negativa»
28 março 2021
Jazz para o seu domingo
por Tune Town
Choro pro Zé
por Ramiro Pinheiro
por Benoit Delbecq
27 março 2021
Para além da espuma dos dias
Fazia mais falta
Por estes dias ficámos a saber que, no tempo de Sócrates e Manuel Pinho, 27 barragens foram concessionadas à EDP por 700 milhões de euros e agora só 6 foram vendidas pela EDP por 2.200 milhões de euros. Também por estes dias, o ministro das Infraestruturas revelou na AR que o senhor Alfredo Casimiro recebeu 7 milhões de euros da Groundforce por comissões de gestão e que foi usando metade desse dinheiro que comprou 51% dessa empresa. Pelo meio alguns órgãos de informação e comentadores choraram umas lágrimas de circunstância sobre as taras do capitalismo português. Mas fazia mais falta uma reflexão desapiedada sobre que políticas e que forças foram patronos desse monumental roubo dos bens do Estado que foram as privatizações.
E, a respeito deste roubo, não vanho citar tomadas de posição do PCP, venho lembrar aqui o incontornável testemunho, intitulado «A tragédia das privatizações», de Luís Todo Bom, militante do PSD que até esteve envolvido na privatização da então Portugal Telecom.
25 março 2021
Indemnizações por despedimento
Para acabar com
a herança da troika
«É a mesma batalha desde 2012 – e é praticamente certo que não ficará por aqui: o Parlamento discute hoje propostas do PCP, BE, PAN e PEV para a reposição dos montantes e das regras de cálculo das indemnizações por despedimento dos trabalhadores, mas a votação tem chumbo garantido do PS e da direita. “Queremos reiterar e insistir na necessidade de se reporem direitos que foram retirados no tempo da troika”, diz ao PÚBLICO a deputada Diana Ferreira do PCP, bancada que marcou o agendamento do assunto para esta quinta-feira.»
Para vergonha do que está em vigor, só lembrar que PSD,CDS e troika impuseram 12 dias de indemnização por cada ano de trabalho (com o limite máximo de 20 anos) e que, no tempo do fascismo, a indemnização já era de 15 dias por cada ano de trabalho.
24 março 2021
29 milhões
A interminável
saga das vacinas
«Foram encontradas, esta quarta-feira, 29 milhões de doses da vacina AstraZeneca escondidas em Itália, cujo destino seria o Reino Unido. Esta descoberta surge na sequência de uma investigação iniciada por recomendação da Comissão Europeia, que pretende controlar a exportação de vacinas para fora dos 27 até que a AstraZeneca entregue as doses prometidas à Europa. Segundo o jornal italiano La Stampa, a remessa localizada em Itália corresponde quase ao dobro do que a farmacêutica enviou à União Europeia (UE) nos últimos meses. As doses foram encontradas num armazém em Anagni, a 50 quilómetros de Roma.» (TSF)
23 março 2021
Subsidio de desemprego
Um drama
muito esquecido
« A percentagem de desempregados com acesso a prestações por desemprego caiu pela segunda vez consecutiva em fevereiro, com a taxa de cobertura dos subsídios a ficar em 56% num mês em que os desempregados registados atingiram um máximo de quase quatro anos, quase tocando os 432 mil.» (DN)
21 março 2021
Mais uma reescrita da história
Uma feliz e honrosa
palavra de ordem
Num artigo ontem no «Público» dedicado à campanha eleitoral já em curso para a Comunidade de Madrid, Jorge Almeida Fernandes escreve a dado passo: «Com Iglesias em campo, Ayuso mudou o slogan para “Comunismo ou liberdade.” O líder do UP surge como cavaleiro da “cruzada antifascista”. E os seus adeptos ressuscitam uma das mais infelizes palavras de ordem da história da esquerda, da Espanha ao Chile: “No pasarán.”
Face a esta sentença atrevida, sinto-me na obrigação ética e cívica de lembrar que o «No Pasarán» nasceu pela voz de Dolores Ibarruri numa Madrid sitiada pelas tropas de Franco e que foi sob essa feliz palavra de ordem que Madrid resistiu heroicamente três anos graças à coragem e sacrifício de milhares de combatentes republicanos.
Dizer nos dias de hoje que é «uma das mais infelizes palavras de ordem da esquerda» é absolver os fascistas que queriam passar (e tragicamente acabaram por passar) tanto na Espanha dos anos 30 como no Chile dos anos 70 e amesquinhar a memória dos que lhes fizeram frente.
P.S.: para que não haja confusões, neste post não se discute o acerto ou desacerto de adeptos de Pablo Iglésias recuperarem esta palavra de ordem. Discute-se tão só a frase de Jorge Almeida Fernandes.
Jazz para o seu domingo
Unicorns and excelence
por Mai Liis
por Kristen Gustaf
20 março 2021
A «exigência» do Chivas Regal
Ao que chegámos!