Seja tudo a bem
dos direitos dos animais
12 março 2021
10 março 2021
Um cartoon muito mauzinho...
O momentoso drama
dos príncipes britânicos
e a entrevista a Oprah Winfrey
está a dar carros ?»
Escrito nas estrelas
Tão certo como dois
e dois serem quatro
«Toda a esquerda que foi votar Marcelo é capaz de ter uma desilusão quando perceber que o Presidente vai trabalhar para que exista uma alternativa credível de direita. Ele nunca o escondeu.»
- Ana Sá Lopes em editorial do «Público»
08 março 2021
Mulheres e desigualdade
Dia Internacional da
Mulher e... tanto caminho
por andar
07 março 2021
A múmia zangada
Cavaco, a sua «democracia
amordaçada» e os «relevantes
serviços» de dois Pides
Jazz para o seu domingo
por Alex Bird
Be Blues por Tobias Grim
Revived Mind
por Jihye Lee
What Is This Thing
Called Love / Habanera
Por Janinah Burnett
06 março 2021
Um dia sem igual
e aprendemos uns com os outros)
O significado, importância e grandeza desta efeméride desaconselham pobres palavras próprias. Por isso aqui ficam duas citações de Álvaro Cunhal para que, nesta data, ninguém se fique apenas pelo heróico passado clandestino do PCP.
«As características fundamentais que constituem a identidade do PCP são produto da vida e da experiência na sua longa trajectória de luta antes e depois do 25 de Abril. Condensam valiosos valores e ensinamentos de uma longa actuação clandestina e valores e ensinamentos, não menos valiosos e que são determinantes na actualidade, da revolução democrática na qual o PCP, com intervenção decisiva nas conquistas populares, se transformou num grande partido de massas»
Extracto, escrito por Álvaro Cunhal,
da Resolução Política do XIII Congresso
Extraordinário (maio de 1990)
«A participação na Revolução de Abril e nas suas transformações políticas, económicas e sociais é o grande momento de realização do nosso Partido na luta por objectivos que propôs e conseguiu em grande parte levar a cabo. É uma experiência que não morre. »
Álvaro Cunhal em «DUAS INTERVENÇÕES
NUMA REUNIÃO DE QUADROS, Lisboa — 2-3-1996
05 março 2021
Assim não vale
Um artigo de completa
falsificação da história
«A “geringonça” que viu a luz do dia em 2015 e que teve a assinatura de Jerónimo de Sousa (que na década de 90 alinhava pela via “cunhalista”) é exactamente o culminar de um caminho que há mais de 20 anos vários dirigentes comunistas apontavam - sem sucesso.»
- Helena Pereira, hoje no «Público»
Esta absurda reescrita da história não pode passar em claro e suscita-me os seguintes comentários :
1. A primeira falsificação desta articulista está em que ela apresenta a direcção do PCP como hostil ao diálogo e entendimentos com o PS e os que chama de «renovadores comunistas» como os grandes defensores desse diálogo e entendimentos. Ora a verdade é que a direcção do PCP sempre esteve aberta a esse diálogo e entendimentos, não em abstracto, mas para permitirem avanços progressistas e uma política diferente da seguida pelo PS e sempre no inalienável pressuposto da afirmação da identidade e autonomia do PCP e do seu projecto. E, se se fala dos anos 90 e dos governos de Guterres. convém lembrar que esse era o tempo em que na AR Jaime Gama se gabava de o PS ter privatizado mais que a direita. E, quanto ao diálogo entre PS e PCP, talvez seja de lembrar que ele só se normalizou e institucionalizou com a chegada de Jorge Sampaio a Secretário-geral do PS, pondo fim a um longo período em que o PS recusava encontros com o PCP mesmo sem ordem de trabalhos ou condições prévias. E a prova de que o PCP não excluía o diálogo com o PS está por exemplo na Coligação por Lisboa ou na reforma fiscal e lei de bases da segurança social que o PCP negociou e viabilizou com o PS de Guterres.
2. Quanto ao alegado empenho dos chamados «renovadores comunistas» no diálogo com o PS, Helena Pereira ignora que esses então membros do PCP nem sequer levantaram abertamente essa questão no contemporâneo debate interno, para já não falar que Helena Pereira muito aprenderia se fosse reler os artigos sobre o PS que muitos escreveram naqueles anos.
3. Absolutamente disparatada é a ideia veiculada por Helena Pereira de que, se tivesse havido na segunda metade dos anos 90 um entendimento entre o PCP e o PS, o Bloco de Esquerda nem teria aparecido, Helena Pereira ou não sabe ou ignora que o BE quando apareceu fê-lo não sob a bandeira da convergência à esquerda mas sim, numa expressão que era a sua, para «correr por fora» do sistema partidário até aí existente.
4. Helena Pereira foge por fim a uma evidência que seria muito desagradável para a sua tese. É que, embora isso não se aplique tal e qual a vários, a verdade é que para onde diversos «renovadores» foram (os nomes são por demais conhecidos) mostra bem para onde queriam levar o PCP.