22 fevereiro 2021

Desemprego

 Isto está feio


«No fim do mês de Janeiro de 2021, estavam registados 424.359 desempregados em Portugal. São mais 103.801 face ao mesmo mês de 2020 e mais 22.105 face a Dezembro último. O número de desempregados inscritos no IEFP atinge assim um novo máximo desde Maio de 2017, com um aumento de 5,5% no fim do primeiro mês de 2021, em que o confinamento foi retomado em Portugal.» (Público online)

20 fevereiro 2021

Ironias da história

 

Como não se pode deixar de saber , a Reforma Agrária, para além de muitas outras coisas, constituiu historicamente um processo de luta de classes (entre o proletariado rural e os latifundiários). Assim sendo, creio ser legítimo concluir que António Barreto está com saudades da Reforma Agrária. E talvez, quem sabe, do tempo em que o seu nome decorava muros e paredes do país. Nunca é tarde para uma boa embora involuntária auto-crítica.

Eles não brincam em serviço

 Maravilhas
da saúde privada



JN
Pediram-lhe 300 Euros para ser tratada no hospital privado

Porque hoje é sábado ( )

 Ada Rovatti

19 fevereiro 2021

Voto contra do PS

 Na hora da verdade
 a direita abstém-se

«O PCP, contrapondo a proposta do Governo de atribuir um apoio único no valor de um Indexante dos Apoios Sociais (IAS) — 438,81 euros — aos trabalhadores das artes afectados pela covid-19, sugeria um apoio mensal de 658,21 euros (1,5 vezes o IAS), a manter enquanto durassem as medidas excepcionais de resposta à pandemia, mas esse projecto de lei também foi chumbado. »

«Os projectos de lei do Bloco de Esquerda (BE), do PAN, do PCP e da deputada não-inscrita Cristina Rodrigues com medidas de apoio aos trabalhadores das artes e aos espaços culturais afectados pelo cenário de crise que o segundo confinamento veio agravar foram rejeitados no plenário desta quinta-feira, na Assembleia da República. O grupo parlamentar do PS votou contra todas as propostas; o projecto de lei do BE teve duas abstenções (PSD e CDS), os do PAN e do PCP três (PSD, CDS e Iniciativa Liberal) ».(«Público online»)


18 fevereiro 2021

Um artigo interessante

 Sobre o fascismo digital

«Eventualmente, dada a revolução digital, o fascismo clássico teve que se transformar em fascismo digital. Assim como o capitalismo, o fascismo não é um sistema definido de uma vez por todas. Muda com o tempo. Nem o capitalismo nem o fascismo são um fato consumado. Não são casos encerrados. O fim da história sem sentido não está à vista.

Assim como o fascismo clássico fez há cem anos, o fascismo digital usa as novas tecnologias a seu favor. Quando surgiram imagens em movimento, o fascismo italiano as usou, assim como o nazismo alemão. O fascismo clássico contava com uma nova máquina: rádio. Hoje, sua prole conta com computadores, tablets, iPads e celulares.»

em inglês aqui

17 fevereiro 2021

Um artigo de LUISA TIAGO DE OLIVEIRA

 Uma resposta bem dada


Extracto do artigo, intitulado «Uma falsa questão» de Luísa Tiago de Oliveira no Público de hoje em resposta ao artigo (título acima) de Duncan Simpson no Público de 14,2.2o21 :
«Ao querer chamar bombasticamente a atenção do leitor através de um absurdo lógico (como se alguma vez um povo pudesse ser todo ele cúmplice de uma polícia política), o autor poderia apenas estar a arranjar um título apelativo.
No entanto, a dicotomia “vítimas” e “cúmplices” é reforçada quando se opõe a minoria de opositores ao vasto “resto da população”, o que resulta em sugerir que uma grande maioria de portugueses aderiu e até manipulava a PIDE. As “vítimas” seriam os poucos que se teriam oposto ao Estado Novo; os “cúmplices” a grande maioria da população: esta é a visão de Duncan Simpson. Trata-se, no mínimo, de uma visão cor-de-rosa do Estado Novo.»

A totalidade do artigo está disponível na página do Facebook de Luísa Tiago de Oliveira. Por mim, só quero acrescentar acessoriamente que Duncan Simpson atribui relevante importância às 526 cartas que encontrou de cidadãos a fazer denúncias à PIDE cabendo-me a mim lembrar que muitos mais foram os democratas signatários de abaixos-assinados contra a ditadura, imensamente mais os 50 mil portugueses que assinaram as chamadas «listas do MUD» ou a centena de milhar que acolheu Humberto Delgado no Porto. E permito-rematar ainda que à pergunta de Dincan Simpson os portugueses responderam «Vítimas !» n0 1º de Maio de 1974 por todo o país.


A 100%

 Cronologia
de uma boa medida

em 21 de Janeiro

Hoje
Público

16 fevereiro 2021

Um imenso adeus

 Aquela voz.
Carmen Dolores
1924-2021


Da sua brilhante carreira cada um recordará momentos e passos (conformes à sua idade e experiência) desta extraordinária actriz e desta voz sublime que nos fez tanta companhia. Mas eu recordo sobretudo a magnifica mas reprimida aventura do Teatro Moderno de Lisboa e aquela palestra que, em meados dos anos 6o, a Secção Cultural da União Desportiva Vilafranquense organizou sobre a obra de José Gomes Ferreira em que leu poemas ao lado do Fernando Assis Pacheco. Apenas duas coisas que também dizem muito sobre o sólido compromisso cívico desta mulher que agora nos deixou.