01 março 2020

O abismo entre falar e fazer

No «Público» de hoje página
 inteira e 6.222 caracteres para
 o candidato à "Pre
vidência"
mas em 1 de Fevereiro o director
 escrevia assim:
Conclusão : no «Público» ninguém
 lê os editoriais do director

Para o seu domingo

Alex Bird e...






... Birch Pereira

O desprezo não basta

A Bárbara Reis
é que o topa !

Eu sei que uma imensa maioria dos apoiantes do Chega e do novel candidato presidencial Ventura não quererá ouvir nada e tudo lhes perdoarão. Mas fica aqui, entre tantas outras, esta história sobre um demagogo profissional  e um romancista do refugo que também é um calão em termos parlamentares..

André Ventura em Viseu:
“Não podemos ter presos a receber subvenções  e ex-combatentes do Ultramar que não recebem  um centavo.”

Bárbara Reis no
«Público» de  28.2. 2020
«Em Janeiro e Fevereiro, Ventura não achou prioritário participar nos debates parlamentares sobre a defesa e os antigos combatentes da guerra colonial. Esteve ausente na discussão na especialidade do Orçamento do Estado de 2020 para a Defesa Nacional (22 de Janeiro) e esteve ausente na reunião plenária de discussão da proposta de Lei do Governo para o Estatuto do Antigo Combatente e dos projectos do PSD e do BE (14 de Fevereiro). Em ambas, teria direito a falar.»
«Na discussão sobre o Estatuto do Antigo Combatente falaram todos os partidos e dois deputados únicos (João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, eJoacine Katar Moreira, ex-Livre). A única excepção foi Ventura. (...)
Nos registos do Estado, há 372 mil antigos combatentes que recebem 48,2 milhões de euros em três subsídios:Acréscimo Vitalício de Pensão (51 mil pessoas), Suplemento Especial de Pensão (320 mil) e Complemento Especial de Pensão (1772 pessoas), um total de 372.858 antigos combatentes.
Mas não teria a mínima graça dizer em Viseu que há 370   mil ex-combatentes que recebem apoios às suas pensões. Até parecia que os nossos impostos, afinal, servem para alguma coisa. Dizer isso não faz rir e não dá votos.»
Em resumo :


29 fevereiro 2020

Façam-me um favor

Tirem-me dessa
inventada "unanimidade"


No dia em que é noticiado que, a propósito de Adriano Moreira ( o ministro que reabriu o Tarrafal), o Presidente da República falou de «unanimidade no respeito», talvez haja três leitores interessados nas palavras que este vosso escriba disse hoje junto ao Mausoléu aos Mortos no Tarrafal, no Cemitério do Alto de S. João.

Porque hoje é sábado ( )

Ira Sullivan


Soprando o pânico

Sensacionalismo 
e irresponsabilidade
do «Expresso»
Há explicações técnicas sobre modelos matemáticos (hipotéticos)  que não se podem dar a certos jornais que não distinguem «cenários» de «previsões» e são gulosos por manchetes deste género.

28 fevereiro 2020

Sai mais um para a mesa do canto

Sobre o mistério da
 criação de cogumelos,
perdão, de partidos
 


Este post vem atrasado anos e anos porque precisamente há muitos anos que ando a cismar com a extraordinária facilidade com que se criam e legalizam novos partidos em Portugal. E o «Público» noticia hoje que o Tribunal Constitucional está à beira de legalizar como partido uma coisa chamada «Volt Portugal» (não, não tem que ver com ciclismo) com base em 8987 assinaturas. Eu quase que jurava ser do tempo em que para cada assinatura era preciso obter nas Juntas de Freguesia uma certidão de eleitor, o que, como se pode calcular, representava uma senhora trabalheira. Mas, de facto, desde 2003, a lei apenas dispõe  que «O requerimento de inscrição de um partido político é feito por escrito, (...)  e inclui, em relação a todos os signatários, o nome completo, o número do bilhete de identidade e o número do cartão de eleitor.» Como agora não há cartão de eleitor, não sei se o TC se contenta apenas com o cartão de cidadão. O que parece sim é que tudo isto agora se aproxima muito de um vulgar abaixo-assinado num papelucho que é passível de vastas invenções e falcatruas. E se, como suspeito,a fiscalização do TC é feita pelo sistema de amostra, então creio que basta os promotores apresentarem à cautela um número de assinaturas bem superior  as exigidas 7500 para assim escaparem ao crivo. Salvo melhor opinião, algo não está bem nesta história.

27 fevereiro 2020

O tempo passa


Obrigado aos leitores, desculpem
 qualquer coisinha.

E para assinalar este aniversário talvez esta canção (Bridge over trouble water/ Ponte sobre águas agitadas) de Paul Simon e Art Garfunkel (que Nuno Pacheco lembra hoje no «Público»)

A lição que importa tirar


Não há leitor que não conheça de cor  esta história de salteadores e esta saga de assalto aos dinheiros públicos.  É claro que dói este roubo de recursos nacionais que tanta falta têm feito para responder a problemas reais e prementes dos portugueses. Mas, para além disso, a mim dói-me ainda mais que tantos portugueses com isto indignados não sejam capazes de perceber que esta tragédia financeira não caiu do céu aos trambolhões e é antes uma imagem de marca do capitalismo português e das políticas que dele foram e são cúmplices ou serventuárias.


26 fevereiro 2020

Ele também teve um sonho

Não se estraga
um sonho tão lindo !

«No Parlamento, e perante um chumbo pré-anunciado, Vitalino Canas defendeu-se das críticas ou dúvidas sobre a sua isenção: “Andei 40 anos a preparar-me para ser juiz do Tribunal Constitucional”» (Expresso online)

Pequeno pormenor: 40 anos remete-nos para 1980 mas o Tribunal Constitucional só foi criado em 1982. É uma lúcida antecipação que os sonhos lindos explicam.