16 novembro 2019

Tudo baseado num estudo do governo alemão e sem comentários

30 anos depois.

«57% des Allemands de l'Est se sentent traités comme «des citoyens de seconde classe», selon une étude menée par le gouvernement fédéral à l'occasion du trentième anniversaire de la chute du mur de Berlin. Le nombre est moins élevé chez les 18-29 ans, mais néanmoins conséquent. «En Saxe, environ 30% des jeunes se sentent délaissés, relate la sociologue Susanne Rippl. C'est beaucoup, si l'on compare cela avec le haut niveau de confiance qu'ils ont vis-à-vis de leur propre situation économique.»
aqui , aqui e aqui
na insuspeita Slate.fr


 Ganhos médios mensais brutos
 na Alemanha Oriental e Ocidental e
Taxa de alinhamento de 2005 a 2018

(clicar para aumentar)
Subvenções federais para financiamento
 do desenvolvimento urbano de 1990 a 2018


(clicar para aumentar)
Investimentos por habitante na indústria
Equipamento

(clicar para aumentar)
Estudo oficial aqui

Porque hoje é sábado ( )

Lauryn Hill




"Les beaux esprits se rencontrent"

J.M. Fernandes gosta
 de Stanley G. Payne.
A Fundação Francisco
 Franco também !

No «Observador» escreveu José Manuel Fernandes : «(...) Não haverá aqui nada de radicalmente novo se virmos como o passado de Espanha, e da Catalunha, se projectam no seu presente – algo que Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto fizeram comigo em duas Conversas à Quinta que me atrevo a considerar antológicas, Quem tem mais História: Portugal ou a Catalunha? e A Catalunha tem o resto de Espanha aprisionado –, mas algo de muito inquietante quando vemos a memória história ser usada para fins políticos. Chamo por isso a atenção para a entrevista de um dos grandes especialistas americanos em história de Espanha, Stanley G. Payne, que numa entrevista ao La Razon, defendeu que "Oponerse a la Ley de Memoria Histórica es un deber moral". Em causa está a controversa legislação sobre a reparação devida às vítimas da Guerra Civil, mas que Payne considera ter sido instrumentalizada: Su objetivo es controlar el discurso político de la historia y del pasado. Crear una historia de la opresión, ser víctimas, el discurso por el victimismo. Significa presentar la historia con una sola cara, sin libertad de expresión, de crítica, anular la investigación, salvo la que supuestamente sirva para dichos fines con todo tipo de ilegalidades. No se ha inventado en España, pero Sánchez está yendo más lejos que Zapatero y mucho más que otras leyes en Europa. En España se ha convertido en un arma sectaria para controlar a los partidos de la oposición.”»

Acontece que, tal e qual J.M. Fernandes, também a Fundação Francisco Franco se excitou com a citada entrevista de Stanley Payne,  a ponto de publicar a sua tradução em francês no seu sítio web e de ter escolhido como título a mesma frase que deixou J.M. Fernandes embevecido. Como se pode ver aqui :

Dito isto, eu até admito que Stanley Payne possa ser considerado «um grande hispanista» ou mesmo «um grande especialista americano em história de Espanha». Mas não esqueço que é de direita como também se pode ver nesta citação tirada da mesma entrevista: 

La exhumación de Franco, «una profanación»



«(...) El problema más grave cometido por el Estado ha sido la profanación de una iglesia en contra de las leyes del propio Estado y del Vaticano. Y sin el permiso de los familiares. Se han violado sus derechos civiles y políticos. Y violar la ley para un Estado es un hecho muy grave.La comisión creada por Zapatero en 2011 hizo un informe en que señalaba que si bien exhumar al dictador de ese lugar sería deseable, tal acto no se podría llevar a cabo sin el consentimiento de la Iglesia, de la orden benedictina y de la propia familia», continúa, «y que, por lo tanto, lo mejor era dejar las cosas como estaban. Pedro Sánchez ha ido mucho más lejos al ir en contra de la propia Ley de Memoria Histórica, que dice que los restos se deben entregar a la familia para que ella decidiera donde volver a enterrarlos donde quisiera. El acto ha tenido un claro objetivo político, como lo es el traer a Franco y el franquismo al debate político del momento, para presentar a Sánchez como el gran «justiciero» de la historia. Una absoluta barbaridad», concluye....

Tantos anos perdidos




Pennsando melhor, os mais novos não têm obrigação de saber responder. Mas, por exemplo, podem ir aqui .

15 novembro 2019

Uma sondagem interessante

30 anos depois,
nem todos estão convencidos



«(...)However, in Russia, Ukraine and Bulgaria, more than half currently say things are worse for most people now than during the communist era.
When asked whether their countries have made progress over the past three decades across a range of issues, the Central and Eastern European publics surveyed feel most positive about issues like education and living standards. But opinions are more divided about progress on law and order and family values, and most say the changes have had a negative impact on health care.
There is widespread agreement that elites have gained more from the enormous changes of the past 30 years than average citizens have. Large majorities in all Central and Eastern European nations polled think politicians and business leaders have benefited, but fewer say this about ordinary people.»
Poucos acreditam que os eleitos
se importam com o que pensam
Germany
The survey has certain questions that were asked only in former East Germany, and on many other questions there are substantial differences between those Germans living in the East and the West.

  • Around nine-in-ten Germans living in both the West and East say that German unification was a good thing for Germany. However, majorities on both sides of the former Iron Curtain say that since unification, East and West have not achieved the same standard of living.
  • East Germans are less satisfied with the way democracy is working in Germany and the overall direction of the country than those in the West. And fewer East Germans have a favorable view of the European Union.
  • Life satisfaction in East Germany has skyrocketed since 1991 and now is closing in on opinions in the West. In 1991, 15% of those living in former East Germany said their life was a 7, 8, 9, or 10 on a 0-10 scale, but in 2019 that ballooned to 59%. Meanwhile, life satisfaction in the West has also increased since 1991, from 52% to 64% today

mais aqui

P.S.: esta sondagem foi organizada e publicada pelo Pew Research Center que correntemente é considerado uma entidade da esfera de influência do Partido Democrata dos EUA:

Acreditem que vale a pena ler


artigo na íntegra aqui

13 novembro 2019

Triste notícia

Na morte de
Manuel Jorge Veloso

Chega, dura como as pedras, a notícia do falecimento aos 82 anos do Manuel Jorge Veloso, uma personalidade de grande relevo na vida cultural portuguesa, designadamente no campo musical, um amigo do peito e um camarada sempre muito empenhado que, em diversos planos, deu  uma muito qualificada contribuição para a luta e actividade do PCP.
Hoje é dia de recordar que o Manuel Jorge Veloso tinha uma formação clássica em violino e composição, foi membro da direcção da Juventude Musical Portuguesa, nos anos 60 e 70 baterista de jazz amador e membro fundador do Quarteto do Hot Clube de Portugal, o primeiro grupo português com actividade jazzística exclusiva e regular, tendo a nivel individual tocado com inúmeros musicos de jazz portugueses e estrangeiros.
Hoje é dia de lembrar que, entre 1958 e 1971 foi assistente musical na área da música erudita na RTP,  tendo também na época produzido e apresentado programas de jazz regulares, como Jazz no Estúdio A e TV Jazz, e sido assistente de produção da série O Povo Que Canta (Michel Giacometti). Mais tarde, entre Maio de 1974 e Julho de 1975, foi membro da Comissão Directiva de Programas da RTP participando no processo de democratização daquela estação.
Hoje é dia de recordar que, ao longo da vida, Manuel Jorge Veloso realizou e apresentou, na rádio portuguesa, vários programas de jazz, sendo a partir de Março de 1993 autor do programa semanal Um Toque de Jazz da Antena 2. Ainda na sua actividade de divulgação e crítica na área do jazz, publicou ao longo das últimas quatro décadas inúmeros artigos na imprensa diária e semanal.
Hoje é dia de salientar que, no domínio do cinema, compôs a música para as longas-metragens Belarmino e Uma Abelha na Chuva (Fernando Lopes) e Pedro Só (Alfredo Tropa) e para cerca de uma dezena de curtas-metragens de Fernando Lopes, Faria de Almeida e António Macedo e que foi professor da cadeira Construção e Análise da Banda Sonora, na Escola de Cinema do Conservatório Nacional (1971/1973), e fez o Mestrado em Realização pela Escola Superior de Cinema e TV de Babelsberg-Potsdam (1978-1984).
Hoje é dia de evocar, entre muitos outros aspectos, a destacada contribuição do militante Manuel Jorge Veloso para a Festa do Avante! designadamente no plano dos espectáculos, aí emprestando o fulgor da sua cultura e criatividade, tendo sido também um crítico de televisão de grande qualidade nas páginas do jornal do PCP.
E, no dia da sua morte, perante tudo isto e muito  mais, sinto-me obrigado a dizer que só o preconceito anticomunista explicam que o excepcional valor do Manuel Jorge, em vez de receber a merecida projecção e  reconhecimento tivesse sido objecto de uma prolongado silêncio e ostracização.
Por mim, enquanto a minha vez não chegar, jamais esquecerei a sua  cultura, o seu humanismo, o seu humor, a sua inteligência, a sua fraternidade, o seu sólido e inabalável empenho na construção de um país mais justo e de um mundo melhor.
Adeus, Manel Jorge, vamos ter muitas saudades tuas.
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Nota: Câmara ardente a partir das 17 hs. de hoje na Igreja de S. Francisco de Assis e cremação amanhã, quinta-feira, às 19 hs. no Cemitério do Alto de S. João.
Manuel Jorge Veloso com José Duarte e Ruben de Carvalho no ciclo «Popologia» organizado em 1968 pela Secção Cultural da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa. 


Aqui, no AbrilAbril, um artigo de Manuel Jorge Veloso sobre Thelonius Monk.



Aqui, no Avante!,um artigo de Manuel Jorge Veloso sobre o Hot Clube de Portugal.

Vejam bem esta «normalidade democrática»

Um exemplo da caça
às bruxas na Bolívia

«¿Dónde está Juan Ramón Quintana? Esa fue la pregunta que lanzó este martes el diputado Arturo Murillo (UD), para dar con el paradero del ministro de la Presidencia y uno de los hombres fuertes del gobierno de Evo Morales.
El legislador solicitó en declaraciones a Radio Panamericana que la población ayude a localizar al ministro Quintana, pues, considera que es el que continúa convulsionando al país mientras la Asamblea Plurinacional busca la pacificación.
Murillo hizo una alusión directa al comandante de las Fuerzas Armada, Williams Kaliman, para que contribuya a dar con Quintana para que enfrente a la justicia y se dejen de seguir quemando casas.»