26 outubro 2019

Porque hoje é sábado ( )

Che Apalache



Não, não estou arrependido !

Há 50 anos, o dia
 em que colaborei com as
irregularidades eleitorais
do fascismo

Neste preciso dia, há 50 anos, eu era aspirante miliciano (abençoadas dioptrias) do S.A.M. (Serviço de Administração Militar) e estava colocado numa coisa pomposamente chamada Quartel-General da 3ª Divisão no Campo Militar de Santa Margarida e que, na verdade, era um triste resto de umas grandes manobras feitas salvo erro na década de 50.

Acontece que, no dia da votação das "eleições" fascistas de 1969, o Brigadeiro que comandava aquela coisa perguntou aos oficiais milicianos daquela unidade quem queria ir votar com ele e só eu respondi afirmativamente.  Escusado será dizer que disse que sim porque estava devidamente munido do boletim de voto da CDE de Santarém pois eu e outros oficiais milicianos os tínhamos ido buscar (em jipe militar !) à sede de Abrantes.

Chegados à assembleia de voto que era na Junta de Fregueisa de Santa Margarida da Coutada, o Brigadeiro votou primeiro e ficou à espera que eu votasse por causa da boleia de regresso ao Campo Militar. 

Sucede que, quando me cheguei à frente para votar, o presidente da Junta me disse : «O meu aspirante desculpe mas não está inscrito no recenseamento». E eu respondi : «desculpe, mas isso não pode ser, os oficiais milicianos são sempre inscritos oficiosamente». Ao que o sujeito retorquiu prontamente: «não há problema, meu aspirante, acrescentamos já aqui o seu nome à mão no livro». E eu respondi : «olhe lá, isso não me parece muito legal». E foi nessa altura que a conversa começou a azedar pois o Presidente da Junta resmungou já irritadamente : «não o ´tou a perceber, o meu aspirante quer ou não quer votar ?. »E, nessa altura, reparando que o Brigadeiro já não escondia o seu nervosismo,  resolvi aceitar a proposta feita e lá votei.

Naquele tempo a RTP a preto e branco começava à noite por dar números eleitorais de pequenas freguesias e estando eu numa sala de convívio da messe de oficiais ( o televisor estava na sala do bridge onde eu nunca punha os pés) ouvi claramente a voz do locutor a dizer : «Santa Margarida Coutada , 105 votos para a União Nacional e 9 votos para a CDE».

Mas, logo de seguida, também ouvi esta sensacional exclamação de um ignoto oficial do quadro que estava na tal sala de jogos : « 9 votos para a CDE ?! Temos de saber quem eles são !"

E, logo e ainda hoje, conclui que tinha valido a pena ter votado, quanto mais não fosse para ouvir esta pérola de "espírito democrático".

25 outubro 2019

É fartar vilanagem !


Patriotas até mais não !

Portugal só é superado pelo Chipre e Malta.De acordo com um estudo da Comissão Europeia, saíram do país cerca de 50 mil milhões de euros para offshores.
Estes três países também são os que mais perdem em receita fiscal por causa das transferências para os paraísos fiscais.Só Portugal terá perdido, nesses anos, 1,3 mil milhões de euros, cerca de 1% do PIB português.

23 outubro 2019

20 anos de euro

Um artigo contra a corrente


"Volvidos 20 anos do euro, o rácio entre o PIB per capita português e o PIB per capita alemão  é de cerca 50%, ou seja, deteriorou-se em 4,7 (p p) pontos percentuais entre 1998 e 2018. O nível de vida dos portugueses divergiu do dos alemães».

Ricardo Cabral e Ricardo Sousa no «Público» de hoje (aqui para quem tiver acesso»o artigo que tem o seguinte subtítulo  : «Portugal perdeu com o euro !»»

As FARC e a droga

Alguma coisa
não bate certo

«(...) o facto de haver mais cocaína na Europa hoje, por exemplo, tem uma relação directa com o aumento da  produção de cocaína na Colômbia, sobretudo depois do acordos de paz com as FARC [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia]»,
-Alexis Goodsdeel, director do
 Obseratório Europeu da Droga,
em entrevista no «Público» de hoje

Lembrar-se-ão os leitores que, durante anos e anos, as FARC foram acusadas  de traficar droga. Ora, se assim fosse, os acordos de paz haveriam de significar uma menor produção de cocaína na Colômbia e consequente menor exportação para a Europa. Se, como diz este especialista, a produção de cocaína aumentou depois dos acordos de paz,  então   alguém, que não as FARC, está em cheio no negócio.

21 outubro 2019

18 outubro 2019

Obra de um direitoso

A história de pernas para o ar

Este ilustre colunista do «Expresso» está duplamente enganado: primeiro porque o PCP está longe de estar morto; e segundo porque, bem ao contrário, foi o PCP que matou politicamente Passos Coelho ao declarar, na noite de 4 de Outubro de 2015, que o PS só não governava se não quisesse.

Na morte da grande bailarina e coreógrafa cubana

Alicia Alonso 
( 1920 -2019)

«Elle est la seule Latino-américaine de l'histoire à avoir été "prima ballerina assoluta", un titre symbolique accordé aux ballerines les plus exceptionnelles de leur génération, la danseuse et chorégraphe cubaine est décédée jeudi matin, le 17 octobre, a indiqué à l'AFP un porte-parole du ballet de Cuba.

A Cuba, qu'elle n'avait jamais voulu abandonner malgré les propositions d'argent et de renommée à l'étranger, Alicia Alonso avait créé une école à part dans le monde du ballet : l'école cubaine, qui mélange rythmes et origines pour donner naissance à un style reconnaissable entre tous.»  (aqui)

Hoy 17 de octubre de 2019 nos ha dejado físicamente Alicia Alonso. Su legado es enorme, así como su arte. Alicia es de esas artistas que están en el corazón de la gente. El doctor Miguel Cabrera, historiador del Ballet Nacional de Cuba, nos deja estas emocionadas palabras.
Alicia en su eterna y universal cubaníaNuestra Alicia Alonso, quien durante 88 años
como bailarina, coreógrafa y pedagoga contribuyó
 con su arte genial a poner el prestigio de su Patria
en el más alto sitial en las cuatro esquinas del
 mundo, falleció en el Hospital CIMEIQ, de La
 Habana, a las 11 de la mañana de este
 jueves 17 de octubre del 2019, a  dos meses y
 tres días de cumplir  99 años de edad.

Nacida el 21 de diciembre de 1920, en el
reparto Redención, popular barriada de Marianao,
 en un modesto hogar formado por Antonio
Martínez Arredondo, teniente veterinario del
ejército, y Ernestina del Hoyo y Lugo, refinada
 modista, nuestra ilustre compatriota encontró
 en la danza desde muy temprana edad la
 vocación que guiaría toda su vida. Su
 ruta estelar, iniciada en la Escuela de
 Ballet de la sociedad Pro-Arte Musical de La
 Habana, en 1931, se vio obligada a
 tomar nuevos derroteros al tener que
 marchar al extranjero por el escaso nivel,
 los prejuicios y el carácter elitista que enfrentaba
 el ballet en la Cuba de entonces. Trazar su orbita
artística profesional es tarea ciclópea, pues
abarca desde las comedias musicales de
Broadway, el Ballet Caravan, el Ballet
Theatre de New York, el Ballet de Washington
y el Ballet Ruso de Montecarlo, hasta sus
 colosales triunfos como estrella invitada de
 las más relevantes compañías, festivales y
galas de ese género artístico en todo el
mundo. Su excepcional categoría  de
prima ballerina assoluta no obedeció a
 una caprichosa reputación jerárquica,
 sino al dominio de un vasto repertorio de
134 títulos que abarcó las grandes obras
de la tradición romántico-clásica y
creaciones de coreógrafos contemporáneos.
Cuando el 28 de noviembre 1995, en el Teatro
Massini de la ciudad italiana de Faenza, hizo
 un alto en su trayectoria como intérprete,
ya había logrado establecer un record difícil
 de igualar, no solo por el tiempo de
 vigencia sobre las puntas, sino por el nivel de
 excelencia con que lo hizo.

Pero la grandeza de la Alonso, para
 nosotros sus compatriotas, no radica
solamente en habernos representado triunfalmente
 en 65 países, recibir las más atronadoras
ovaciones, imposible de contabilizar, de Helsinki
 a Buenos Aires, de New York a Tokio o
Melbourne, sino haber puesto al servicio
 de su Patria todos los honores recibidos,
entre ellos los 266 premios y
 distinciones internacionales,225 de carácter
 nacional y las 69 creaciones coreográficas
 -románticas, clásicas y contemporáneas,
 que ha realizado,  revertiéndolos como
 frutos del quehacer que ella ha visto
siempre como modesta contribución no solo
 a su cultura, sino a la cultura danzaría mundial.

Hace más de medio siglo al regresar a
 nuestro país cargada de honores extranjeros,
 no vacilaba en declarar: “Toda mi esperanza
y mis sueños consisten en no volver a salir al
mundo en representación de otro país, sino
 llevando nuestro propia bandera y nuestro arte.
Mi afán es que no quede nadie que no grite:
 ¡Bravo por Cuba!, cuando yo bailo. De no ser
 así, de no poder cumplir ese sueño, la tristeza
 sería la recompensa de mis esfuerzos”.

Esa patriótica postura la llevó a fundar, junto a Fernando y a Alberto Alonso el 28 de octubre de 1948, el hoy Ballet Nacional de Cuba (BNC), y en 1950 la Academia de Ballet que llevó su nombre y tuvo la tarea histórica de formar la primera generación de bailarines dentro de los principios técnicos, estéticos y éticos de la hoy mundialmente reconocida escuela cubana de ballet. Durante 71 años, especialmente a partir del triunfo de la Revolución, pudo, con mano firme  situar al BNC entre las compañías de mayor prestigio a nivel mundial, fundamentar un sistema de enseñanza que hoy abarca la totalidad de la Isla y es la garantía del ballet cubano, así como estimular  un movimiento de colaboración internacionalista que en el campo del ballet Cuba ha extendido a casi medio centenar de países de América, Europa, Asia y África.. Es la Alicia guía y mentora, que con su don aglutinador pudo convocar en La Habana, en 26 Festivales Internacionales de Ballets, a las más célebres personalidades de la danza, en una fiesta de arte y amistad.. Y  es también la Alicia  que hemos visto dar la mejor entrega de su magisterio, lo mismo en escenarios de la más alta prosapia que en rústicas tarimas, en plazas públicas, fábricas, escuelas y unidades militares, consciente de que al pueblo, cualquiera que éste sea, siempre se asciende y nunca se desciende.

Los que tuvimos el privilegio de estar a su lado, conocimos también el extraordinario ser humano que había en ella, que por coraje y férrea disciplina no se dejó derrotar nunca por quebrantos físicos, vicisitudes o incomprensiones.

 Fue la Alicia nuestra, que aunque bañada de cosmopolitismo  añoró  oír  los cantos de nuestros gallos, gustar del olor al salitre de su Malecón habanero, valorar la mariposa y el coralillo como las flotes más exquisita, o fascinarse con los adelantos científicos y los misterios del cosmos. “Un ímpetu tenaz, frenético, heroico –disparado contra la enfermedad y contra el tiempo- hacia la perfección incansable.”, como acertadamente la definió Juan Marinello.

16 outubro 2019

Sondagem em Espanha ...

... com o Vox a crescer


«Sondagens: o descalabro de Rivera
afundaria o Cidadãos para abaixo do nível
 do Vox em votos e lugares»