27 agosto 2019

Billiard = milhão de milhões



«Um recorde acaba de cair, o da distribuição de dividendos no mercado mundial. No segundo trimestre de 2019, os felizes accionistas repartiram entre si 513,8 milhares de milhões de dólares, segundo um estudo  da  Janus Henderson Investors. D'après les chroniqueurs économiques, c'est une très bonne nouvelle. Pour les actionnaires, on ne saurait en douter. D'autant que cette bonne nouvelle s'accompagne d'une autre : la France se situe dans le peloton de tête des pays distributeurs. Les entreprises du CAC 40 se montrent particulièrement généreuses avec leurs actionnaires. On serait même tenté de pousser un strident cocorico en apprenant que notre pays est désormais premier en Europe pour la rémunération du capital.
De quoi se plaint-on ? En regardant la France du côté des actionnaires, on se sent beaucoup mieux qu'en considérant le niveau moyen des salaires et des retraites. Pour ne pas parler des services publics, des hôpitaux littéralement asphyxiés, des écoles en détresse ou des quartiers dont on ne peut assurer la sécurité, faute d'effectifs. La France est un des pays les plus riches de la planète, elle reçoit donc ses partenaires du G7 en déployant des moyens gigantesques pour assurer leur sécurité. La rémunération du capital ne cesse de progresser en France. Elle progresse même deux fois, puisque la détention d'un coquet portefeuille boursier n'est plus soumise à l'ISF.
Pour le dire simplement, les riches, les vrais, ne se sont jamais si bien portés dans notre pays. Les esprits chagrins diront qu'il n'y a jamais eu autant de pauvres. Mais comment trouverait-on de quoi rémunérer le capital si tout le monde avait accès à l'argent ? La richesse d'un pays se mesure au nombre de pauvres. La preuve par les Etats-Unis d'Amérique, qui comptent un peu plus de 43 millions de pauvres tout en se plaçant au premier rang des pays riches. Les sept pays riches réunis à Biarritz totalisent plus de 100 millions de pauvres. De quoi parlent-ils ? Du moyen d'accroître encore la richesse, dont la progression menace de ralentir.»

26 agosto 2019

Petição concluida

Uma luta
para continuar !


Entendeu-se desactivar a petição, por ter cumprido o principal objectivo: fazer chegar ao Primeiro-Ministro o repúdio de cerca de 18 000 antifascistas, pela criação de um espaço/museu/memorial em Santa Comba Dão, na expectativa de que se pudesse travar o que, desde há meses, configurou um aberto ataque à Democracia. Até ao momento, ainda não obtivemos qualquer reacção do Primeiro-Ministro, mas regozijamo-nos pelo eco que este abaixo-assinado teve na Comunicação Social e em muitos cidadãos de relevo na vida nacional, que entenderam juntar a sua voz à voz destes muitos milhares de antifascistas, e em apoio dos 204 ex-presos, dando-lhes assim maior visibilidade. Muito em breve, enviaremos ao Primeiro. Ministro, as cerca de três mil assinaturas que vieram juntar-se aos 15 mil nomes do primeiro envio. Tudo faremos para que esta iniciativa da Câmara Municipal de Santa Comba Dão não vá adiante, mesmo que sob a capa de um Centro Interpretativo do Estado Novo. E apelam a todos os democratas para que prossigam o combate contra este projecto de reabilitação do ditador Salazar e da sua ditadura.

Fascismo Nunca Mais! 
Pelos promotores da petição; Albano Nunes, Joana Lopes,  Maria do Rosário Gama, Miguel Cardina.

25 agosto 2019

Na mouche !

O Museu
Walter Hugo Mãe no «JN»



desenho de Mestre João Abel Manta
«Um Museu Salazar na casa onde o ditador nasceu não é possível que seja isento de saudosismo. Há uma atmosfera de capela na ideia impossível de apagar. Qualquer que seja o nome que se dê a este espaço, o perigoso enfoque está criado. Por mais que se destituam os conteúdos de ideologia, o gesto corrompe-se por definição. Os malfeitores devem ser lembrados pelos lugares onde mataram e onde morreram, é isso que nos ensina e nos urge lembrar.

Não é verdade que favorecer a memória de Salazar como um "filho da terra", figurão na História do país, seja só uma liberdade democrática, porque não é. É uma desfaçatez. Salazar mandou assassinar, criou campos de concentração, torturou, mentiu, falseou eleições, dispôs do país e das colónias como se fossem sua mercearia e seu jogo de soldadinhos. Por isso, o que diz respeito à saudade de Salazar não é opinião, é desfaçatez. Não é exercício democrático, é branqueamento de um regime que assassinou, torturou, mentiu e empobreceu os bolsos e os espíritos dos portugueses e de todos os povos de que os portugueses tiveram a ilusão de ser proprietários.
O museu que tinha de haver era o que se perdeu com a sede da PIDE. Aí, sim, haveria de se espanar o saudosismo. A simples ostentação daquelas portas e daquelas paredes serviria para se contar a História a partir do prisma da decência; aquele que imediatamente diz que nenhum poder se pode arrogar a perseguir os seus opositores. Ninguém nos pode voltar a diminuir na liberdade de pensamento e de expressão. Não nos podem matar.
O entusiasmo de Leonel Gouveia, eleito pelo PS na autarquia de Santa Comba Dão, é, no mínimo, inusitado. Já sabemos que o diabo encontra meios de colocar os néscios ao seu serviço, também já suspeitávamos que muita da Esquerda trabalhasse na verdade para a mais pura Direita. Que fizesse um favor tão grande ao fascismo é que não estaria à espera. De Centro Interpretativo a lugar de velas é um passo. Com o rumo que o Mundo leva, se não formos mais espertos, o que vemos a acontecer espantados em outros países regressa ao nosso em esplendor. Quero dizer, para matar as saudades dos assassinatos e dos desaparecimentos, e da tortura e da mais elementar mentira. Vai ser uma curiosidade, depois, ver onde nasceu o novo ditador para cuidar de lhe manter a casinha em pé e ir para lá interpretar o raio que parta.
*Escritor

Para o seu domingo

Recordando Chet Baker

24 agosto 2019

Porque hoje é sábado ( )

Midland



A sugestão musical deste sábado vai para Midland,
uma banda norte-americana de country
.

23 agosto 2019

Surdez, cegueira e preconceito

A mentira mil vezes repetida

Em artigo no «Público» de hoje perora a jornalista Helena Pereira: «Falo da greve dos motoristas, em que a posição de força do governo com o beneplácito, ao mesmo tempo, dos partidos de esquerda e dos empresários só foi possível graças a uma aliança rara . (...)  A esquerda não fica incomodada quando um primeiro-ministro age? com o intuito de dificultar a vida aos grevistas ? (...)».

Entretanto, numa repetição de muitas declarações anteriores, pode ler-se também hoje num órgão de imprensa online :

«A situação vivida com a luta em curso na Ryanair foi referida pelos secretários-gerais do PCP e da CGTP-IN como exemplo de serviços mínimos decretados em termos abusivos, o que também se verificou quando da greve dos motoristas de pesados.
Jerónimo de Sousa, líder comunista, entende que «o Governo está a tentar, com o apoio das entidades patronais, pôr em causa a lei da greve, esvaziando-a. […] Pura e simplesmente alargam a concepção de serviços sociais impreteríveis, que são aqueles que têm uma relação directa com a vida das pessoas, [como] a saúde das pessoas. [É um conceito que] não se pode aplicar a tudo aquilo que se passa em termos de paralisação», afirmou em declarações à Lusa.

«Falando por experiência própria, um trabalhador, quando vai para a greve, não o faz de sorriso nos lábios. É o recurso a uma forma superior de luta onde são os primeiros a pagar em termos económicos. A experiência do movimento operário foi sempre a de terem os trabalhadores a primeira preocupação em garantir, por exemplo, que um forno de vidro da Covina [Companhia Vidreira Nacional] se mantivesse em laboração para não cair. Não precisavam da definição de serviços mínimos», explicou.
Para o secretário-geral do PCP, está em causa «um mau caminho, procurando [o Governo], de certa forma, tentar limitar o direito à greve, um direito de Abril, que a Constituição e os constituintes consideraram importante para integrar o capítulo dos direitos, liberdades e garantias fundamentais». (aqui)

Há 75 anos

A heróica
libertação de Paris

Uma resistente recupera a arma de um soldado alemão morto
Em 19 de Agosto, com um papel determinante dos FTP (organização armada do PCF) começou  a insurreição popular de Paris contra o ocupante alemão que se viria a render em 25 desse mês, graças à chegada da Divisão Leclerc que avançou sobre Paris contra a opinião dos norte-americanos. Mais de mil resistentes perderam a vida nesta Batalha de Paris. Honra à sua memória.


ELE FALA, FALA E FALA MAS HÁ ...




22 agosto 2019

Uma grande resposta democrática





recolhidas em poucos dias e
enviadas hoje ao Primeiro-ministro
pelos 1ºs subscritores da
 petição/abaixo-assinado.

(a recolha de assinaturas prossegue)
Uma grande afirmação dos valores antifascistas. Uma claríssima e poderosa rejeição das habilidades e sofismas com que alguns procuram dourar a pílula do seu saudosismo reaccionário.
Um grande encorajamento para
 uma luta que tem de continuar.
Obrigado a todos.

Artigo favorável ao Museu Salazar

Esta vai para o
Guiness da ingenuidade




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