Tantos membros
do Governo a insistirem
num truque nada sério
De António Costa a Mário Centeno, passando por Augusto Santos Silva,todos temos visto governantes do PS a preferir as contas iliquidas da contagem integral do tempo de serviço dos professores às contas liquidas, isto é, uma vez subtraídos os correspondentes aumentos de contribuições para a ADSE e o mais IRS pago pelos professores.
Deixando por ora de lado a parte da segurança social, o que me parece absolutamente escandaloso por desonesto até mais não é o argumento do Governo para não considerar o aumento da receita de IRS.
Com efeito, argumentam os governantes do PS que as novas receitas do IRS não podem ser abatidas ao custo da contagem porque as receitas de IRS não podem ter uma alocação específica.
Acontece porém que é precisamente por não poderem ter uma alocação específica que as receitas de IRS tanto podem servir para pagar autoestradas, construir hospitais ou pagar parte de encargos como o da contagem integral do tempo dos professores.
Pelo que me parece inteiramente legítimo abater aos custos as novas receitas de IRS que de outro modo não apareceriam.