mas fraca ambição
É certo que, durante a campanha interna, Rui Rio já havia anunciado, com não poucos estilhaços polémicos, a orientação estratégica de, não sendo o PSD o partido mais votado ou não dispondo de uma maioria absoluta com o CDS, iabilizar um governo minoritário do PS com o assumido objectivo de o libertar da necessidade de compromissos com o PCP, o BE e o PEv.
Mas, apesar disso, não deixa de ser por demais significativo que, dois dias depois da eleição de Rio, venha logo puxar essa orientação para primeiro plano, ao declarar que « Da mesma forma que o Bloco de Esquerda e o PCP têm vendido a alma ao
diabo, exclusivamente com o objetivo de pôr a direita na rua, eu acho
que ao PSD lhe fica muito bem se vender a alma ao diabo para pôr a
esquerda na rua”, afirmou Manuela Ferreira Leite, em entrevista à TSF».
Anotando-se de passagem o lugar cativo que o Diabo continua a ter no discurso de personalidades do PSD é pois de registar o que realmente rala o PSD e como é fraca a sua ambição política para as próximas legislativas embora o seu alvo principal seja compreensível porque confirma o que mais lhes dói, a saber, o peso ou influência da esquerda junto do governo minoritário do PS que o PSD pretende atrair para compromissos alternativos consigo.
Se assim é, é preciso lutar até Outubro de 2019 para que, à esquerda, ninguém duvide de qual é a opção eleitoral que melhor torna inviável esta perigosa manobra.
P.S.: Escrevendo sobre esta matéria no «Público» de hoje, Rui Tavares volta pela enésima vez a reescrever a história ao debitar a seguinte falsificação: «Muito lamentei eu que, durante anos, a esquerda se tivesse recusado a tirar disso consequências e não aceitasse entender que de cada vez que enjeitava trabalhar com o PS estava a atirar a política portuguesa para os braços da direita (sim: não só o próprio PS mas toda a política portuguesa para os braços da direita, enviesada que ela ficava pelo facto de não haver nunca convergências à esquerda).» E é apenas porque tenho o jantar ao lume que, para ilustração de Rui Tavares, não trago aqui uma breve mas grave lista das infinitas «bondades» (políticas, medidas, decisões, recusas de entendimentos, etc. ) dos anteriores governos do PS.
P.S.: Escrevendo sobre esta matéria no «Público» de hoje, Rui Tavares volta pela enésima vez a reescrever a história ao debitar a seguinte falsificação: «Muito lamentei eu que, durante anos, a esquerda se tivesse recusado a tirar disso consequências e não aceitasse entender que de cada vez que enjeitava trabalhar com o PS estava a atirar a política portuguesa para os braços da direita (sim: não só o próprio PS mas toda a política portuguesa para os braços da direita, enviesada que ela ficava pelo facto de não haver nunca convergências à esquerda).» E é apenas porque tenho o jantar ao lume que, para ilustração de Rui Tavares, não trago aqui uma breve mas grave lista das infinitas «bondades» (políticas, medidas, decisões, recusas de entendimentos, etc. ) dos anteriores governos do PS.