01 dezembro 2017

A imprensa que temos ou...

... o título devia 
antes ser assim
 

Não é nada de admirar pois eu próprio estou à beira de me converter aos ideais monárquicos mas apenas por causa da contribuição do pretendente e da sua respeitada esposa para o combate ao défice demográfico do país.

30 novembro 2017

Há 19 anos, já era muito poderoso

Uma contribuição
original para a biografia
de Belmiro de Azevedo

Crónica de  Vitor Dias  no «Semanário»
de 25 de Junho de 1998

«A votação de domingo impede-nos de assinalarmos, com a justa pompa e a merecida circunstância, esse dia maior na história da imprensa portuguesa, nem mais nem menos que o dia 18 de Junho de 1998, o dia em que Belmiro de Azevedo conseguiu publicar simultaneamente no «Público», no «JN» e no «DN» o mesmo artigo de opinião.Engana-se quem pensa que exageramos. Os factos falam por si. Belmiro de Azevedo conseguiu o que até aqui só a publicidade ou as antigas notas oficiosas garantiam. E, não sendo de crer que tenha escondido de cada jornal que propusera o mesmo artigo aos outros dois, conseguiu aquilo que seria sempre recusado mesmo ao político nacional mais brilhante ou prestigiado, ao escritor mais famoso, ao comentador mais cintilante. Conseguiu aquilo que, com alta probabilidade, jamais se verificou em toda a história da imprensa escrita portuguesa.É o atrevimento de quem propõe (ou talvez melhor a arrogância de quem manda) e a reverência de quem aceita (ou talvez melhor a dependência de quem obedece) que marcam esta nova situação na imprensa portuguesa e convidam imperativamente a preocupadas reflexões».

29 novembro 2017

Um livro estrangeiro por semana ( )


Ed. da Oxford University Press, $ 20,96

Apresentação
:The United States incarcerates far more people than any other country in the world, at rates nearly ten times higher than other liberal democracies. Indeed, while the U.S. is home to 5 percent of the world's population, it contains nearly 25 percent of its prisoners. But the extent of American cruelty goes beyond simply locking people up. At every stage of the criminal justice process - plea bargaining, sentencing, prison conditions, rehabilitation, parole, and societal reentry - the U.S. is harsher and more punitive than other comparable countries. In Unusually Cruel, Marc Morjé Howard argues that the American criminal justice and prison systems are exceptional - in a truly shameful way. Although other scholars have focused on the internal dynamics that have produced this massive carceral system, Howard provides the first sustained comparative analysis that shows just how far the U.S. lies outside the norm of established democracies. And, by highlighting how other countries successfully apply less punitive and more productive policies, he provides plausible solutions to addressing America's criminal justice quagmire.

25 novembro 2017

Porque hoje é sábado ( )

Charles Mingus
(1922-1979)



A sugestão musical deste sábado recorda o grande contrabaixista norte-americano Charles Mingus.


Há 50 anos

A tragédia das cheias e uma
histórica intervenção estudantil



As cheias e a denúncia da actuação do governo fascista tiveram grande destaque nas edições do Avante! clandestino de Dezembro de 1967 e Janeiro de 1968


ler aqui

Na terça~feira, dia 28, de manhã e à tarde na Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, uma série de colóquios sobre este tema

23 novembro 2017

Haja alguém que fale disto !

Falemos então das verdadeiras «corporações» e dos verdadeiros «privilegiados»

«O jornalista Rui Peres Jorge no Jornal de Negócios estima que o actual Governo já gastou 9,9 mil milhões de euros a apoiar a banca. Afigura-se que, contudo, os custos finais irão ser muito superiores.
Com efeito se se considerar ainda:
– O efeito da garantia contingente de quase 4 mil milhões de euros que beneficiará o novo accionista dominante da Lone Star (o empréstimo de 850 milhões de euros ao Fundo de Resolução previsto no Orçamento do Estado de 2018 representará apenas um primeiro adiantamento); o facto de 75% do Novo Banco, integralmente detido pelo Fundo de Resolução, com capitais próprios de mais de 6 mil milhões de euros à altura, ter sido vendido por zero euros; as indemnizações que no futuro irão ser pagas aos obrigacionistas seniores do Novo Banco expropriados dos seus créditos; o efeito negativo da dívida subordinada emitida pela CGD nos seus lucros, com reflexos nos impostos e dividendos pagos; o efeito negativo das medidas adoptadas pelo Governo no IRC pago pela banca no futuro; e o efeito de uma proposta do PS para o Orçamento do Estado de 2018 que, através de alterações ao regime de constituição de imparidades, se estima reduzirá o IRC pago pela banca nos próximos 19 anos em 5 mil milhões de euros.
 – Os compromissos passados e futuros assumidos por este Governo com a “injecção” de dinheiros públicos na banca poderão chegar, ou mesmo ultrapassar, os 20 mil milhões de euros, isto é cerca de 10% do PIB de Portugal.
– Na prática, parte da banca nacional foi literalmente doada (ou, no caso do BPI, vendida a preço de saldo) a interesses estrangeiros e a dimensão e actuação do banco público foi fortemente condicionada em resultado da carta de compromisso com a Direcção Geral da Concorrência da Comissão Europeia para autorizar a injecção de capital no banco público, tudo com consequências para a soberania do país que perdurarão no tempo.
E, o escrutínio destas decisões foi insuficiente. Será que eram mesmo necessários 20 mil milhões de euros, ou bastariam “apenas” 10 mil milhões de euros? Nunca se saberá!
O Governo sustenta que, agindo deste modo, foi possível salvar a banca e reforçar a sua robustez e que é preciso seguir em frente. Esquecer os, no presente, 9,9 e, no futuro, 20 mil milhões de euros, que somam à já muito pesada dívida pública?
Embora a actuação do Governo tenha sido muito insatisfatória na gestão deste dossiê, a actuação das autoridades europeias foi pior. Seria, por isso, de considerar a possibilidade de processar o BCE (Mecanismo Único de Supervisão) e Comissão Europeia por prejuízos causados a privados e ao erário público nesta matéria.»

22 novembro 2017

Que não haja ilusões

Manuel Carvalho anuncia o novo
Diabo: chama-se função pública



De um governo classificado de «barata tonta» a parceiros parlamentares ( e as suas «extensões sindicais») a assumir «as rédeas da política», passando por um António Costa sob a previsão de não ter «fímbria de estadista», tudo isto e muito mais, género sete pragas do Egipto, serve para Manuel Carvalho trombetear hoje no Público o novo Diabo. Eu sempre disse que eles nunca mas nunca,  jamais em tempo algum iriam perdoar o que se seguiu ao 4 de Outubro de 2015.