22 outubro 2017

Agora não resolve mas é bom que se saiba

Quem, quando e
onde disse isto ?
resposta em 23.10:

«(...)  A vastidão e a intensidade dos incêndios deste ano tem causas climatéricas excepcionais, atrasos nas respostas, insensibilidade face aos avisos meteorológicos, descoordenação nos combates, mas tem também outras causas mais distantes e mais próximas.

Há responsabilidades graves que dizem respeito a este Governo e aos sucessivos governos do PSD e do PS, designadamente no protelamento de uma política florestal há muito identificada e aprovada.

Responsabilidades do governo PS nos atrasos sucessivos na implementação da Lei de Bases da Floresta aprovada na base de um projecto do PCP, nos atrasos da concretização dos planos regionais de ordenamento florestal, na instituição do Fundo Financeiro Florestal, no levar à prática a Resolução do Conselho de Ministros de Abril de 1999: o dito Plano Sustentável da Floresta Portuguesa. 

Responsabilidades ainda no desmantelamento dos meios de combate aos fogos, da Força Aérea. A privatização, a delegação para os privados, mostrou agora as suas fragilidades e vulnerabilidades. Os privados e a «indústria do fogo» têm interesses próprios, nem sempre coincidentes com o interesse geral.

E sobre tudo isto temos autoridade para aqui o referir e sublinhar. Por várias vezes aqui chamámos a atenção para os erros que estavam a cometer-se.

Mas há também as responsabilidades graves não só do PSD e da maioria, como deste Governo.

No Outono do ano passado, depois de várias iniciativas (Lousã, Almoçageme,...), afirmámos aqui que era no Inverno que se devia tratar dos incêndios de Verão. Apresentámos nesta Assembleia da República, em 27 de Novembro, uma Resolução sobre a prevenção e combate aos fogos florestais, que foi aprovada por unanimidade. Porque é que não foi levada à prática?

Ao longo do ano alertámos por várias vezes o Governo para a necessidade de dar cumprimento à Resolução e, designadamente, em relação ao reforço dos meios de vigilância neste Verão. E porquê? Porque é que o PCP, tanto na Resolução aprovada na Assembleia da República como noutras intervenções, chamou a atenção com veemência para o reforço da prevenção e vigilância este ano? Porque tínhamos tido um ano muito húmido, o que fazia prever a acumulação de muito silvado e material lenhoso, que seria pólvora sobre pólvora, tornando este Verão particularmente perigoso.

Estes avisos e alertas estão vertidos nos Diários desta Assembleia da República. (...)»

21 outubro 2017

Beijinhos sim, fantasias não !

Quando o endeusamento
leva ao exagero e à inverdade


Num artigo de frenético elogio ao Presidente da República hoje dado à estampa no «Público», a jornalista São José Almeida afirma a dado passo: «[O Presidente] Não se limitou a marcar a agenda da Assembleia da República - ao pedir que que o segundo órgão de soberania clarifique se o Governo tem condições para se manter em funções. E nisto também inovou, já que pedir isto ao Parlamento não é o mesmo que usar o poder de dissolução da Assembleia ou o de demisssão do primeiro-ministro».

Mas toda esta passagem é uma fantasia absoluta porque só é possível escrever isto escamoteando que, quando isto foi dito pelo PR, já era conhecido o anúncio de uma moção de censura pelo CDS-PP

Ou seja:
1. A agenda da AR foi marcada não pelo PR mas pelo anúncio prévio de uma moção de censura;

2. Ao pedir que a AR proceda a uma clarificação, Marcelo o quis intencionalmente foi dar relevância política e institucional à iniciativa do CDS mas a verdade é que essa clarificação decorria automaticamente da apresentação da moção de censura.

Porque hoje é sábado ( )

Debora Galán



A sugestão musical deste sábado vai para
Dolores Galán, cantora de jazz espanhola
radicada nos EUA.


20 outubro 2017

Contra o que é costume

Três dias depois, no sítio da
Presidência, continua a não
haver o texto da comunicação do Presidente em Oliveira do Hospital



Se, em vez de improvisar, Marcelo Rebelo de Sousa, leu um texto, porque é que no sítio da Presidência, apenas está o video e não o texto que é coisa importante para os analistas de hoje o e os historiadores do futuro ?

19 outubro 2017

Resposta às vergonhosas insinuações do CDS

Nunca ninguém
responsabilizou o governo
PSD-CDS por estas mortes !


vergonha e baixeza  para uns,
honra e decência para outros

18 outubro 2017

Discurso do PSD na AR hoje



queria moção de confiança para não ficar atrás do CDS

Espantoso !

PR até interpreta moção
de censura que ainda não
foi apresentada




«Pode e deve dizer que se , na Assembleia da República, há quem questione a capacidade do actual governo para realizar estas mudanças que são indispensáveis e inadiáveis então que, nos termos da Constituição, esperemos que a mesma Assembleia soberanamente clarifique se quer ou não manter em funções o Governo (...)». [transcrição da gravação vídeo porque às 15.37 hs. o texto continuava a não estar disponível no sítio da Presidência da República]

Mas quem é que disse  ao PR (ou quem é lhe garante) que o CDS quer realizar as mudanças que são indispensáveis e inadiáveis ? 

Acontece

«Post» colocado por engano

16 outubro 2017

Miguel Sousa Tavares ou ...

... como é possível
descer tão baixo ?


Esta noite, na SIC Notícias, discutindo os incêndios, por quatro vezes Miguel Sousa Tavares referiu as inúmeras reuniões entre PS e PCP e BE sobre o Orçamento (isto é, «pensões», «IRS»» e «funcionários públicos») e lançou para o ar a pergunta sobre quantas reuniões tinham tido sobre incêndios?

Sinceramente, embora conhecendo de ginjeira os esquemas de pensamento, o espírito de classe e o estilo do sujeito, não o julgava capaz de descer tão baixo ao usar um termo de comparação tão absurdo mas, pensadamente, de algum efeito na opinião pública. 

Sobre isto apenas três pontos carregados de desprezo:
1. a envenenada comparação perguntada por MST é do mesmo nível ou pior que se eu perguntasse quantos artigos no Expresso escreveu MST depois de Pedrógão Grande ou seja nestes últimos 4 meses;
2. como é evidente, tirando a produção legislativa, as questões ou medidas relativas à prevenção ou combate aos incêndios são da esfera governativa e não do âmbito parlamentar;
3. ainda assim, caiu sobre MST o chamado azar dos Távoras pois, na passada sexta feira, foi aprovada na Assembleia da República, uma Lei, com origem num projecto-lei do PCP, que estabelecia “um conjunto de medidas urgentes de apoio às vítimas, dos incêndios florestais de Pedrógão Grande e de reforço da prevenção e combate aos incêndios”que deve levar o Governo a usar da prerrogativa prevista no nº 4 do artigo 1º, que prevê o alargamento da sua aplicação a outros concelhos percorridos por incêndios florestais.»
Tudo visto, o que salta aos olhos é que também MST não perdoa nem se habitua a conviver com a solução política em vigor. E essa é que é essa !