05 agosto 2017

Porque hoje é sábado ( )

Maria Arnal
e Marcel Bagés


Por influência do Ípsilon e do Festival de Sines,
a sugestão musical de hoje vai para os catalães

Maria Arnal e Marcel Bagés
no seu álbum "45 cerebros y 1 corazon
"


ouvir aqui

Em Slate.com

Um jornal online norte-
americano tenta perceber 

porque é que Trump não se rala
com a democracia na Arábia Saudita
ou Turquia e se rala com a da Venezuela

 

04 agosto 2017

Quando podem, resolvem o problema assim

Ainda se lembram ?
 
28 de junio
La madrugada del día 28, fuerzas armadas al mando del teniente coronel Rene Antonio Herpburn Bueso, allanaron la residencia presidencial, para posteriormente detener al presidente Manuel Zelaya.18​ Luego, fue trasladado a la base de la Fuerza Aérea al sur de Tegucigalpa para ser llevado finalmente a Costa Rica.1920
En sesión del Congreso Nacional de Honduras se admitió la renuncia del presidente Zelaya por una supuesta carta21​ que habría redactado el 25 de junio. Desde Costa Rica el presidente Zelaya desmintió haber presentado tal renuncia2223​ e hizo un llamado a la desobediencia civil. Luego, el Congreso resolvió por unanimidad la destitución del presidente Zelaya, por considerar que las acciones de gobierno de éste habían violado la Constitución y el ordenamiento jurídico del país, y designó para sucederlo al presidente del Congreso, Roberto Micheletti, con el compromiso de que el mismo permanecerá en el cargo hasta la terminación del mandato de Zelaya en enero de 2010.24 (Wikipedia)

Uma notícia muito querida

Uma bela e justíssima
iniciativa na Festa do
"Avante!" 2017

A arte de José Araújo, construtor
do Avante! e da Festa







«ARTES PLÁSTICAS - No ano em que se realiza a 20.ª bienal, também a exposição de José Araújo, que entre muitos outros ofícios foi gráfico do Avante! desde Maio de 1974 até finais da primeira década do século XXI, promete surpreender.»

«A exposição é composta por cerca de 40 obras que têm a colagem como elemento central. Mas como revela Francisco Palma, um dos responsáveis pelo espaço das artes plásticas na Festa do Avante!, os vários trabalhos, organizados por séries, remetem para diferentes técnicas e abordagens: do informalismo ao surrealismo, da arte pop ao expressionismo e ao dadaísmo. Em comum a todos eles, acrescenta, o olhar atento e crítico do artista ao mundo que o rodeia: «praticamente todas as obras têm um elemento, por vezes quase subliminar, de profundo conteúdo, que remete para temas como a arte, a política ou a religião.»


O autor, por seu lado, realça que as obras que estarão em exposição (como tantas outras que produziu ao longo de décadas) resultam do hábito de aproveitar as pausas entre trabalhos e os tempos mortos para criar, a partir de suportes e materiais «que estão ali à mão», e como forma de aliviar a tensão – outros, lembra, fumavam ou iam ao café... O estirador é o local onde tudo nasce e pelo menos desde O Século, para onde foi trabalhar em 1965, que assim é. A escala dos trabalhos é a do próprio estirador.


Nessa altura, lembra, era nos intervalos entre a paginação do jornal e a produção de folhetos publicitários (e também de alguma propaganda clandestina ou semi-clandestina) que surgia o impulso criador, entre jornais e revistas, canetas e tintas, tesouras e cola.


E assim se manteve a seguir ao 25 de Abril, e durante muitos anos, já na redacção do Avante!. Mudou a intensidade da vida e a multiplicidade das tarefas, às quais se somou a concepção de inúmeras capas de livros e cartazes políticos. Num momento em que tudo era feito à mão, em folhas de papel e mesas de luz, era nos materiais sobrantes de todos os trabalhos que realizava que José Araújo encontrava a matéria-prima das suas criações.


Hoje, muito embora domine os programas informáticos, que utiliza para os trabalhos gráficos que recorrentemente lhe solicitam, continua a ser no estirador (que permanece tão desarrumado e cheio de potencialidades como antes, confessa) que José Araújo dá asas à sua criatividade e continua a observar o mundo com o seu olhar crítico e transformador.


Um feliz acasoA exposição de José Araújo que estará patente no espaço das Artes Plásticas, junto à bienal, nasceu por acaso. O caso conta-se em breves palavras e é revelador da personalidade do artista. Há dois anos, em plena campanha de fundos para a aquisição da Quinta do Cabo, José Araújo entregou ao Partido várias obras para que fossem vendidas na banca da Festa do Avante! e dessa forma permitissem angariar algum dinheiro. Na sua maioria, esses trabalhos foram realizados nas semanas e meses anteriores, durante a concepção dos vários materiais que ainda hoje produz para a Festa.


Quem não esteve pelos ajustes foi o grupo de trabalho das artes plásticas, que se apercebeu da qualidade artística dos trabalhos que tinha entre mãos. «Não podíamos deixar que aquelas obras fossem vendidas, pelo menos sem que antes as mostrássemos», afirmou Francisco Palma. O próprio autor só soube da intenção de se organizar uma exposição das suas obras algum tempo depois e por telefone.


Para além desta mostra, José Araújo já participou em várias edições da Bienal da Festa do Avante!, sempre recorrendo a pseudónimos que nem a própria organização do certame conhece. Tal como nessas ocasiões, José Araújo também não quer receber nada por eventuais vendas das obras patentes nesta exposição em nome próprio. Por uma questão de princípio, desde logo, mas também porque foi sua intenção desde o início que elas contribuíssem para a recolha de fundos para o Partido.


Da criança que «fazia bonecos» ao mestre gráfico

Desde criança que José Araújo revelou especial talento e apetência para as artes. Dele diziam, na escola, que «não sabe fazer nada, só faz bonecos». A preocupação dos pais e a sensibilidade de um professor levam-no à António Arroio, à data a única escola mista de Lisboa, onde se cruzavam não apenas rapazes e raparigas, mas também jovens de origens sociais muito diversas: «Havia de tudo, da rapariga que ia para a escola no Cadillac do pai aos filhos dos proletas», recorda.


Na escola foi várias vezes recrutado para trabalhar em exposições – «as letras nos expositores eram feitas à mão e eram os putos da António Arroio que as pintavam» – e uma vez terminada a escolaridade trabalhou dois anos no Parque Mayer e depois numa oficina gráfica. Foi aqui que, pela primeira vez, leu o Avante! clandestino, escondido dentro do jornal desportivo que normalmente se encontrava na casa de banho.


A guerra colonial interrompeu-lhe a carreira, que prosseguiria mais tarde no prestigiado jornal O Século e na revista O Século Ilustrado. Paralelamente funda, juntamente com o amigo de infância e companheiro de ofício Luís Filipe da Conceição, o Centro Gráfico Maria Machado, criado em 1969 pela necessidade de se assumir a paternidade de um cartaz da Comissão Democrática Eleitoral/CDE, da autoria de ambos.


Se em todos os locais onde trabalhou recolheu ensinamentos essenciais para o seu trabalho, José Araújo procurou também passá-los a outros, mais jovens. Para todos ficou conhecido por Mestre Araújo – como um dia lhe chamou um quadro de uma empresa de artes gráficas, que o reconheceu décadas depois da sua passagem pelo jornal O Século como aprendiz: «sou o Pedrinho», afirmou, procurando (com sucesso) apelar à memória do seu antigo mestre. Esta passagem de ensinamentos entre gerações e a ligação ao trabalho concreto e aos protagonistas dos vários ofícios foram elementos centrais da sua formação como profissional e artista.


José Araújo fez parte da equipa que editou o primeiro Avante! legal, lançado a 17 de Maio de 1974 e que vendeu meio milhão de exemplares. Nem o próprio saberia então como a sua vida ficaria tão marcadamente ligada ao órgão central do Partido Comunista Português, do qual foi não apenas um destacado obreiro como empenhado mestre dos que desde então desempenham o ofício que era seu.» (aqui)


Os membros do Centro Gráfico Maria Machado : Baltazar, José Araújo e Luís Filipe da Conceição.

03 agosto 2017

vê lá se gostavas

Um título que
empurra para o grau zero
do debate político




O facto de ao longo de várias décadas ter discordado bastante de posições de Boaventura Sousa Santos e com elas ter polemizado bastante não me impede de dizer que este título escolhido por João Miguel Tavares para a sua crónica de hoje no Público é uma infâmia e puro terrorismo mediático.

Que isto é meio caminho andado para o grau zero do debate político é coisa fácil de ver, bastando para isso supor que alguém - reprovavelmente ! -  escrevia crónicas com estes títulos:


Mais glórias da imprensa ou...

... o exagero do famoso
publicitário Edson Athaide

(Pode haver alguns candidatos a Câmaras que não usem mas o que vejo este ano é que os «outdors» até já chegaram às Juntas de Freguesia)
Com inteira razão já muita gente bateu
neste espantoso e enigmático título na primeira página do Público de ontem.Portanto, não me vou ocupar disso mas sim desta afirmação do publicitário brasileiro Edson Athaide citada na peça:
«Edson Athayde considera que “é natural que candidatos que têm muita notoriedade não precisem de ser destacados”. “Tudo tem o seu tempo e os outdoors tendem a acabar, com como os comícios dos partidos políticos”.
Lido isto, apeteceu-me inicialmente convidar Edson Athayde para uma coisa qualquer que, entre muitíssimos exemplos até, em menor escala,  de alguns outros partidos, costuma acontecer na Margem Sul num domingo do inicio de Setembro.

Mas depois lembrei-me que este assunto do «fim dos comícios» é quase tão velho como a Sé de Braga como se pode ver a seguir:


ler aqui


02 agosto 2017

Amor com amor se paga !

Se é assim ...
 

«(...)É incompreensível que se continue a defender este regime, como o faz o PCP. Não é uma novidade histórica, muito menos vindo de quem se mantém admirador da Coreia do Norte [aqui há link]. Mas é grave que assim seja e é prova do atraso que vive quem insistem emolhar para o mundo com os  olhos cegos pela ideologia.  A liderança comunista portuguesa assume-se como cúmplice dos polícias que matam manifestantes e  das políticas que matam os  venezuelanos à fome.  No meio há portugueses.»(...)

... então o sr. Diogo
Queiroz de Andrade e o
«Público» são cúmplices destes






No final de Agosto

Caravanas - seis anos
depois, novo álbum
de Chico Buarque

Depois da eleição de Trump

Bernie Sanders não
foi dar pão aos pássaros







01 agosto 2017

Um livro estrangeiro por semana ( )

Voltando sempre à
Guerra Civil de Espanha


Siglo XXI, 496 p., 25 E

Apresentação
: «La Segunda República fue un régimen ilegítimo», «la Guerra Civil la iniciaron las hordas rojas en Asturias en 1934», «Franco no fue un reaccionario de ultraderecha» o «la Dictadura fue el germen de la democracia» son algunos ejemplos de las tesis que una serie de historiadores y publicistas esgrimen desde un supuesto revisionismo histórico, desde una postura crítica, que poco o nada tiene de crítica, y menos aún de histórica. Los que se proclaman historiadores jamás deberían abusar ni violar el pasado ni faltar al método historiográfico: no está justificado que nadie haga pasar por verdadero un juicio que no responde a la realidad, y mucho menos si su defensa responde a intereses políticos o acientíficos.

La crítica de la crítica denuncia el espeso muro de propaganda y manipulación históricas que se ha construido en las últimas décadas bajo la etiqueta de revisionismo. El autor, crítico de esos «críticos» (o historietógrafos, como los denomina) hace un repaso de nuestra historia contemporánea, desde la proclamación de la Segunda República hasta la actualidad, a través de un riguroso análisis de sus cuestiones más controvertidas para, acto seguido, diseccionar las intenciones y prácticas espurias de unos pretendidos historiadores que se manifiestan más bien como unos publicistas inconsecuentes, insustanciales, impotentes, prepotentes y equidistantes.»



ler aqui