Passos, vê lá se
aprendes alguma coisa !
«(...) A partir da segunda década do
século XX, apesar dos alertas ambientalistas, efectuaram-se intensas,
contínuas e desordenadas arborizações com eucalipto, tendo-se criado a maior
área de eucaliptal contínuo da Europa. Sendo o pinheiro resinoso e o eucalipto
produtor de óleos essenciais, produtos altamente inflamáveis, com pinhais e
eucaliptais contínuos, os incêndios florestais tornaram-se não só frequentes,
como também incontroláveis. Desta maneira, o nosso país tem já algumas
montanhas transformadas em zonas desérticas.Sempre fomos contra o crime da
eucaliptização desordenada e contínua. Fomos vilipendiados, maltratados,
injuriados, fomos chamados à Judiciária, etc. Mas sabíamos que tínhamos razão.
Infelizmente não vemos nenhum dos que defenderam sempre essa eucaliptização
vir agora assumir as culpas destes "piroverões" que passámos a ter e que,
infelizmente, vamos continuar a ter. »
(...)
É bom também elucidar que os eucaliptais só são lucrativos até ao terceiro
corte (30 anos). Depois disso, estão a abandoná-los, o que os torna um
autêntico "rastilho" ou, melhor, um terrível "barril de pólvora", áreas onde
os seus óleos essenciais, por vaporização ao calor, são explosivos e, quando a
madeira do eucalipto começa a arder, provocam a explosão dos troncos e
respectiva ramada, lançando ramos incandescentes a grande distância. Este
"fenómeno" tem sido bem visível nos nossos "piroverões".
Artigo integral aqui em
«os papéis de alexandria»
(divulgado Artur Pinto em mail)