25 janeiro 2017

Os jornais americanois e a Marcha das Mulheres

Também não
brincam em serviço


Christina Cauterucci
Christina Cauterucci em Slate.com




According to an admittedly conservative estimate from FiveThirtyEight, more than 3.2 million people attended women’s marches in hundreds of towns and cities around the world on Saturday. It may well have been the largest demonstration in U.S. history.



.And yet a full half the hundreds of newspapers archived by the Newseum didn’t make the marches the lead story in Sunday’s issue. A Quartz tally of around 450 papers’ front pages found that, while publications in all major U.S. cities and many papers in other countries led with coverage of the marches, 27 percent mentioned the protests in a smaller spot on the front page. More than a fifth—22 percent—didn’t mention the march at all.
The Women’s March on Washington was the main event on Saturday, but there were marches in communities all over the country. Many local papers likely steer clear of national stories, which could explain why some of them ran pieces on relatively small local matters on the front page if there wasn’t a nearby march to cover or a cabal of local folks heading to D.C. for the big one. That may be why the Enterprise Ledger of Alabama ran an A1 story on an awards banquet for the local football team, and why the Delaware State News printed “A Vision for Dover Mall” on the front page, with no mention of the 1,000-person march that happened elsewhere in the state.
But many U.S. local papers dedicated their entire Sunday front pages to Trump, ignoring the massive marches against him—and against the systemic forces that got him to the presidency—completely. On the day after the marches, the front page of Alabama’s Sunday Dothan Eagle featured a story on Trump’s CIA press conference, a piece on Trump’s executive order affecting the Affordable Care Act, and a Q and A with local political party leaders about “the future of jobs, military, and guns.” Florida’s Villages Daily Sun populated the near entirety of its front page with pretty capsule biographies of Trump’s proposed cabinet. The News-Star of Monroe, Louisiana, ran a big color photo of women pledging allegiance at a local Donald Trump party on Friday night, a day and a half before the paper came out. “Trump Ready!” read the headline. Nearly 200 people marched in Green Bay, Wisconsin on Saturday, in solidarity with millions of others around the world; but you wouldn’t know it from the Sunday issue of the Green Bay Press-Gazette, whose front page featured an NFL preview and giant illustration about a teen’s mental health.
In other words, it’s possible that a not-insignificant swath of America has no idea that one of the largest single organized protests the world has ever seen took place on Saturday. There has been much talk since the election about how social media networks and ideologically skewed online media outlets have erected so-called “bubbles” around segments of the country, but for those people who still get their news from the local paper, the bubbles may be particularly impermeable.
As Quartz’s Christopher Groskopf points out, the people who are most likely to make the local papers their primary news source are disproportionately old, white, and rural-dwelling—demographics that usually lean conservative and went for Trump in November’s presidential election. These people aren’t necessarily getting their “news” from Breitbart and Fox. They’re absorbing a less extreme but similarly limited worldview from their local papers. Taking a peek at these communities’ news sources can make for a fascinating thought experiment on alternate universes—or “alternative facts.” The progressive bubble hears about hateful Trump rallies and underestimates their power. In some right-wing bubbles, the resistance doesn’t even exist.

24 janeiro 2017

Não me digam

Será que a treta do «líder
da oposição»
já chegou ao
estimado Sampaio da Nóvoa ?


As minhas «obras completas» sobre o «líder da oposição» são velhas e estão aqui.

18 janeiro 2017

Um «post» sinceramente muito penoso


Uma página inteira do
«Público» dedicada ao que não há



Para meu insuperável espanto, o meu estimado amigo Domingos Lopes escreve hoje no Público uma página inteira a desancar numa  «regra de ouro» alegadamente vigente no PCP, observando a esse respeito :

 «O PCP defende o princípio a que chamou regra de ouro, segundo o qual no Comité Central (CC) do partido tem de haver uma maioria de quadros de origem operária Dentro desta conceção e sopesando os perfis dos diversos quadros candidatos àquele organismo, o Comité Central cessante propõe ao Congresso um novo CC onde a maioria tem origem operária. Tal conceção, em abstrato, pode sobrepor-se a todas as outras possíveis virtudes que possam ter quadros empregados, intelectuais, agricultores ou pequenos empresários que se tenham distinguido no partido na luta pelos seus ideais.» (...)« Sendo prevalecente esta regra, como foi confirmada no XX Congresso do PCP recentemente realizado, os seus defensores continuam a assumir que este é um modo de assegurar a orientação de classe do partido.(...)»


Ora, sobre isto, apenas quatro pacatas anotações ou cordatos esclarecimentos :


Há pelo menos 20 anos (se não mais) que o PCP substituiu a «regra de ouro» da maioria operária na composição do Comité Central pela referência a uma «maioria de operários e empregados, com forte componente operária».
 


Tanto assim é que a documentação online relativa ao XV Congresso realizado em 6,7 e 8 de Dezembro 1996 já apresentava a seguinte composição social do Comité Central eleito :
83 operários - 44%
44 empregados - 24%
55 intelectuais - 29%
2 agricultores - 1%
4 estudantes - 2%
 Quanto ao «XX Congresso do PCP recentemente realizado», o Relatório da Comissão Eleitoral refere expressa e explicitamente que «A composição social [do Comité Central] reflecte a identidade do Partido. Mantém uma larga maioria de operários e empregados, 98 camaradas, correspondendo a 67,1%».


De referir ainda que, quando Domingos Lopes foi eleito para o Comité Central do PCP, já não vigorava a «regra de ouro» da maioria operária.


16 janeiro 2017

1941-2017

Maria Cabral

A imprensa noticia hoje o falecimento em Paris, no sábado, do actriz Maria Cabral que participou nos filmes “O Cerco” (1970), de António da Cunha Telles, “O Recado” (1971), de José Fonseca e Costa, em “Vidas” (1984), de António da Cunha Telles, em “No Man’s Land” (1985), de Alain Tanner e em “Um Adeus Português” (1985), de João Botelho. A imprensa fala e e bem da Maria Cabral como «rosto e símbolo do cinema novo português». Mas acho que também foi a namorada sonhada de muitos homens da sua geração.

Um directo na RTP/1 em 14/1

vejam só o que vem
depois da culinária...



(via Egas Branco no Facebook)

14 janeiro 2017

Porque hoje é sábado ( )

Alyssa Allgood


A sugestão musical deste sábado escolhe a voz
da cantora norte-americana de jazz Alyssa Allgood
.




13 janeiro 2017

Surfando a onda revisionista ?

Onde quer Assis chegar ?


No Público de ontem, em mais um artigo de homenagem a Mário Soares, escreveu Francisco Assis:


«Recuemos até aos anos sessenta, período marcado, do ponto de vista da contestação ao regime anterior, pela posição quase hegemónica do PC e por dois momentos de convulsão estudantil muito influenciados por vários movimentos sociais de natureza esquerdista [???]».

Parecendo-me óbio que Francisco Assis se refere à crise académica de 1962 e à crise académica de 1969 em Coimbra mas não querendo desatar à espadeirada com base em presunções ou processos de intenção, haverá alguém dessa época (que também é minha) que me ajude a deslindar onde é que Assis quer realmente chegar ?

Adenda em 14.1.2017

Certamente porque este post era demasiado confuso ou elíptico, não houve grandes ajudas nem aqui nem no Facebook. Assim sendo, o melhor é mesmo deixar-me de delicadezas e dizer o que penso sobre esta passagem de F. Assis.
Com efeito, referindo-se aos «anos sessenta» e a «dois momentos de convulsão estudantil» (que, quanto a mim, só podem as crises académicas de 1962 e de 1969), talvez para desmerecer o papel fundamental de uma corrente política, Francisco Assis pura e simplesmente inventou vários movimentos sociais de natureza esquerdista que muito teriam influenciado esses dois momentos de conulsão estudantil.