... o cartoonista que lembrou
o que muitíssimos quiseram
esquecer: as centenas de tentativas norte-americanas de assassinato
de Fidel Castro
28 novembro 2016
27 novembro 2016
26 novembro 2016
Figura memorável
Hasta siempre, Fidel !
A esta hora, em tons e conteúdos diversos, está quase tudo dito sobre a morte de Fidel Castro. Mas um daqueles portugueses que desde cedo acompanhou solidaria e apaixonadamente a revolução cubana não pode deixar de exprimir a sua tristeza pelo desaparecimento deste grande revolucionário do século XX, deste corajoso e íntegro semeador de mudanças, sonhos e esperanças, deste líder que levou solidariedade internacionalista a vários pontos do planeta, que comandou a resistência patriótica a um embargo infame e que restituiu ao seu povo esse bem superior e inalienável que é o sentimento enraizado de dignidade e independência nacional. O seu exemplo ficará tempos adiante.
Fidel
Por Juan Gelman
Del poemario “Gotán” (1962).
dirán exactamente de fidel
gran conductor el que incendió la historia etcétera
pero el pueblo lo llama el caballo y es cierto
fidel montó sobre fidel un día
se lanzó de cabeza contra el dolor contra la muerte
pero más todavía contra el polvo del alma
la Historia parlará de sus hechos gloriosos
prefiero recordarlo en el rincón del día
en que miró su tierra y dijo soy la tierra
en que miró su pueblo y dijo soy el pueblo
y abolió sus dolores sus sombras sus olvidos
y solo contra el mundo levantó en una estaca
su propio corazón el único que tuvo
lo desplegó en el aire como una gran bandera
como un fuego encendido contra la noche oscura
como un golpe de amor en la cara del miedo
como un hombre que entra temblando en el amor
alzó su corazón lo agitaba en el aire
lo daba de comer de beber de encender
fidel es un país
yo lo vi con oleajes de rostros en su rostro
la Historia arreglará sus cuentas allá ella
pero lo vi cuando subía gente por sus hubiéramos
buenas noches Historia agranda tus portones
entramos con fidel con el caballo
Fidel
Por Juan Gelman
Del poemario “Gotán” (1962).
dirán exactamente de fidel
gran conductor el que incendió la historia etcétera
pero el pueblo lo llama el caballo y es cierto
fidel montó sobre fidel un día
se lanzó de cabeza contra el dolor contra la muerte
pero más todavía contra el polvo del alma
la Historia parlará de sus hechos gloriosos
prefiero recordarlo en el rincón del día
en que miró su tierra y dijo soy la tierra
en que miró su pueblo y dijo soy el pueblo
y abolió sus dolores sus sombras sus olvidos
y solo contra el mundo levantó en una estaca
su propio corazón el único que tuvo
lo desplegó en el aire como una gran bandera
como un fuego encendido contra la noche oscura
como un golpe de amor en la cara del miedo
como un hombre que entra temblando en el amor
alzó su corazón lo agitaba en el aire
lo daba de comer de beber de encender
fidel es un país
yo lo vi con oleajes de rostros en su rostro
la Historia arreglará sus cuentas allá ella
pero lo vi cuando subía gente por sus hubiéramos
buenas noches Historia agranda tus portones
entramos con fidel con el caballo
Porque hoje é sábado ( )
Hristo Vitchev
A sugestão musical deste sábado vai
para o guitarrista de jazz búlgaro Hristo Vitchev.
para o guitarrista de jazz búlgaro Hristo Vitchev.
25 novembro 2016
24 novembro 2016
Contagem a chegar ao fim
Encerrando o assunto,
uma observação amarga
uma observação amarga
Sim, despeço-me deste assunto, com uma observação amarga. Trata-se de afirmar que nunca tive nenhuma dúvida de que Hillary é uma belicista, uma lídima representante dos interesses de Wall Street e do «establishment» e que isto seria sempre verdade, fossem quais fossem os seus resultados eleitorais.
O que me chocou profundamente foi ver sectores e personalidades de esquerda, em Portugal e nos EUA, a crucificarem H. Clinton invocando a sua «estrondosa derrota eleitoral», lembrando «o vendaval Trump» e alinhando noutras fantasias quando ela acaba por ter mais dois milhões de votos que Trump que é o único dado que exprime a real vontade dos americanos que foram às urnas. É que nenhuma crítica política lúcida ou promissora se pode basear em premissas falsas.
E assim, seja para equiparar Hillary a Trump ( o que, no plano da política interna é um absurdo), seja alegadamente para desacreditar o «sistema», muito boa gente de esquerda, ao desprezar os votos populares nas presidenciais norte-americanas, perdeu uma oportunidade soberana de pôr em evidência uma fraude congénita da «grande democracia americana».
22 novembro 2016
Jornalismo ou...
... o estado da arte
Em vez de chorarem
Em vez de chorarem
pelo passado, façam notícias
Na
institucional Faculdade de Direito de Lisboa estiveram reunidos, há
duas semanas, 300 advogados de várias partes do mundo, membros da
Associação Internacional de Juristas Democratas. Isto, só por si, seria
uma notícia, mas, não sei porquê, não a li em lado algum.
Nesse
fim de semana a dita associação, presidida pela norte-americana Jeanne
Mirer, que há mais de 70 anos luta pelo respeito universal da lei,
recebeu a informação de que o governo turco decidira proibir, durante
três meses, a atividade da Associação de Advogados Progressistas Turcos.
Isto, só por si, seria uma notícia, talvez pequena, admito, mas capaz
de honrar qualquer linha editorial. Não a li em lado algum.
O
presidente da Associação de Advogados Progressistas Turcos, o dr. Selçuk
Kozagaçli, encontrava-se em Lisboa a participar com colegas do seu país
na conferência que, ironicamente, celebrava em Lisboa os 50 anos dos
primeiros pactos das Nações Unidas sobre direitos humanos. Isto, só por
si, seria uma notícia, pequenita, certo, mas relevante em qualquer
jornal. Não sei porquê, não a li em lado algum.
Durante os três
dias da conferência Kozagaçli foi coligindo informações sobre o que se
estava a passar com mais de três mil advogados turcos. Eles contestavam
as arbitrariedades do regime do presidente Erdogan, cometidas ao abrigo
de um estado de emergência de legalidade duvidosa. A sede da associação
foi entretanto assaltada pela polícia de choque, inúmera documentação
apreendida, vários advogados presos. Isto, só por si, seria uma notícia,
talvez pequena, admito, mas capaz de honrar qualquer jornal, de
esquerda ou de direita, independente ou engajado. Mas não, não a li em
lado algum.
Kozagaçli recebeu, num computador emprestado por uma
colega portuguesa, fotografias do assalto policial, imagens das
detenções dos colegas e um aviso: "Se voltarem serão presos." A
Associação Portuguesa de Juristas Democratas, co-organizadora da
conferência, avisou vários jornalistas portugueses sobre estes
acontecimentos e manifestou disponibilidade para dar mais informações.
Não sei porquê, não encontrei um texto sobre o tema.
No domingo,
dia 13 de novembro, os juristas turcos que passaram esse fim de semana
angustiante em Lisboa regressaram a Istambul convencidos de que se
encaminhavam para a cadeia. E assim foi para alguns deles, incluindo uma
mulher, Fatma Demirer.
Tudo isto li, ouvi e vi, com textos, sons,
fotos e vídeos, no Facebook - bastou-me receber uma partilha. E na
comunicação social?... Nada. Não sei porquê.
Sei, porém, a razão por que o Facebook está, todos os dias, a liquidar a influência da imprensa: porque ela merece.
20 novembro 2016
Uma triste notícia
Um modesto adeus a
Maria Eugénia Varela Gomes
Maria Eugénia Varela Gomes
Neste dia cinzento, chega de repente a notícia da morte aos 90 anos de Maria Eugénia Varela Gomes, uma incontornável figura da luta antifascista e da fidelidade aos ideais de Abril, uma mulher de antes quebrar que torcer que tocou de forma inesquecível todos os que a conheceram, que teve uma vida muito sofrida mas que nunca se deixou afundar na mágoa e no desgosto e que me deu a honra da sua amizade. Um forte abraço de solidariedade para o João Maria e para as suas filhas.
19 novembro 2016
Porque hoje é sábado ( )
Miranda Lambert
A sugestão musical deste sábado oferece-vos
a voz da cantora country norte-americana
Miranda Lambert
a voz da cantora country norte-americana
Miranda Lambert
18 novembro 2016
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