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21 junho 2016
20 junho 2016
E eles a tratarem-nos por tontinhos
«A deputada socialista Gabriela Canavilhas fez ontem um
“desabafo” (a palavra é sua) no Twitter acusando este jornal de publicar
“factos falsos” sobre a manifestação deste sábado a favor da escola pública, e
apelando – de forma populista – ao despedimento da autora da notícia, a
jornalista Clara Viana.
Não sabemos se a ideia foi de Canavilhas, mas ao longo
do dia recebemos também cartas de leitores – quase milimetricamente iguais –
indignados com essa mesma notícia e criticando, na essência, dois factos. 1)
termos escrito que, segundo a PSP, estiveram na manifestação da Fenprof 15 mil
e não as 80 mil pessoas calculadas pelo sindicato; 2) e que Catarina Martins e
Jerónimo de Sousa tinham estado no palco ao lado de Mário Nogueira, Ana
Benavente, Arménio Carlos e Helena Roseta.
Sobre os políticos, cometemos de facto um erro, já
corrigido. Os líderes do BE e do PCP estiveram em frente ao palco – como todos
vimos na televisão – mas não em cima do palco.
Sobre a primeira questão – a que de facto irritou
Canavilhas – algumas considerações. O PÚBLICO citou dois números:
o da organização (80 mil) e o da PSP (15 mil). Alguns jornais, é verdade,
citaram apenas a Fenprof. Canavilhas terá preferido essas notícias. A deputada
escreve como se a sua opinião fosse um facto científico inquestionável e não
soubéssemos todos que a guerra dos números é sempre controversa e de natureza
política.
Mesmo métodos mais rigorosos do que a contagem “a
olho” suscitam polémica. Sobretudo porque, em regra, calculam muito abaixo dos
números anunciados por quem organiza. Quem organiza tem paixão. Quem é parte
desinteressada é à partida mais distante e imparcial. Canavilhas deve
conhecer Clark McPhail, que se inspirou em
Herbert Jacobs, que também muito influenciou Steven Doig – três fanáticos das
contagens de multidões. Nos anos 1990, depois de uma guerra
que chegou aos tribunais, o Congresso dos EUA proibiu até a polícia de tornar
públicas as suas estimativas da dimensão de manifestações.
Espanta por tudo isto que uma deputada
que foi ministra da Cultura caia nesta velha ratoeira. A próxima vez que
Canavilhas quiser acusar o PÚBLICO de publicar “factos falsos” deverá fazer
melhor o seu trabalho de casa.»
Tudo visto, o que tenho para oferecer
aos autos, em curto, é o seguinte:
1. O «Público» achou que as palavras (parcialmente
insensatas e condenáveis) de G. Canavilhas eram uma oportunidade de ouro para
fazer esquecer todas as críticas documentadas e sustentadas que lhe tem sido
dirigidas por causa da sua parcialidade nesta matéria dos contratos de
associação com os colégios privados.
2. Com efeito, trata-se no fundo de soprar
na palha (Canavilhas) para esconder o grão, ou seja designadamente a ostensiva
diversidade de tratamento gráfico e de destaques dados pelo jornal às posições
favoráveis às pretensões e iniciativas dos colégios privados e às posições e
iniciativas dos que se lhes opuseram. (exemplo; manchete dada a uma alegada posição do Tribunal de Contas favorável
aos colégios (dada ao «Público» pelos colégios) com o desmentido do TC remetido
para uma página interior no dia seguinte).
3. O mesmo «Público» que agora quis colocar os seus
leitores perante o aflitivo dilema dos 80 mil dos organizadores ou os 15 mil da
«polícia» e que, neste comunicado, salienta que a contagem de manifestantes
suscita sempre polémica, já aquando da manifestação dos colégios
privados assumiu como bons e incontroversos os números fornecidos pelos
organizadores e não colocou nenhum dilema numérico aos seus leitores. E, hoje
mesmo, na peça da sua página 17, há uma legenda de fotografia que volta à
vaca fria e onde se pode ler : «Manifestação foi convocada no mesmo dia em que
os colégios levaram à
rua cerca de 40 mil»
4. A caminho do fim, importa sublinhar que o
Público ao reconhecer que cometeu um erro ao «colocar» no palco Jerónimo de
Sousa e Catarina Martins procura passar por um assunto deontologicamente
gravíssimo como cão por vinha vindimada ( e aqui Canavilhas esteve muito bem).. Na verdade, não chega reconhecer o
erro. Importa que seja explicado como aconteceu
um erro desta natureza numa reportagem assinada por uma jornalista, sendo suposto que tenha
estado lá (ou não ?).
5. Concedo que a direcção editorial do «Público» possa não ter de fazer nenhum trabalho de casa. Mas que um trabalho de sério exame de consciência lhe faria bem, lá isso faria.
19 junho 2016
E quanto a estes (DN) ...
... não lhes sobra um
pingo de dignidade na cara ?
pingo de dignidade na cara ?
capa do DN de hoje
(zero absoluto sobre
manifestação pela escola pública)
manifestação pela escola pública)
capa do DN de 30 de Maio
Dizem que é um «jornal de referência»
Quando tudo consegue
ser ainda pior que as previsões
ser ainda pior que as previsões
A minha previsão era que o Público de hoje teria um pretexto para, na sua primeira página, desvalorizar a manifestação em defesa da escola pública que encheu de alta a baixo e em contínuo toda a Avenida da Liberdade. Nem mais nem menos, e qualquer que fosse o resultado, o jogo Portugal-Áustria. Aconteceu, porém, que falhei a previsão. A referência ao jogo é espantosamente discreta mas a manifestação não ganhou nada com isso pois na chamada apenas se lê que «A escola pública ensina que ser «diferente é bom» . Foram 80 mil ou 15 mil à áginaanifestação da Fenprof ? p26». E, na mesma página 17 da edição impressa onde se volta a repetir este horripilante dilema entre os 80 mil ou os 15 mil, já há porém uma legenda de fotografia que reza o seguinte: «Manifestação foi convocada no mesmo dia em que os colégios levaram à rua cerca de 40 mil».
E pronto, não quero dizer mais nada, a não ser recordar como foi a capa do Público no dia a seguir à manifestação amarela.
18 junho 2016
Porque hoje é sábado ( )
Dixie Chicks
A sugestão musical deste sábado vai
para o trio norte-americano de country
Dixie Chicks, composto por Emily Robison, Martie Maguire e Natalie Maines.
para o trio norte-americano de country
Dixie Chicks, composto por Emily Robison, Martie Maguire e Natalie Maines.
15 junho 2016
13 junho 2016
É uma chatice....
... quando os destaques
querem meter o Rossio
na Rua da Betesga
querem meter o Rossio
na Rua da Betesga
Destaque na 1ª página do DN de hoje
Como a Guerra Civil de Espanha de Espanha começou mais exactamente com o levantamento militar franquista em 17-18 de Julho de 1936, sempre é um consolo ir às págs. 20 e 21 do DN de hoje (essencialmente dedicadas a uma entrevista com o director do Instituto Cervantes em Lisboa) e ler que «Neste Verão, assinalam-se os 80 anos do início da Guerra civil Espanhola». E ainda que o director do Instituto Cervantes fale do «confronto fascismo-comunismo», a verdade é que ele também fala de muitos outros e eu, em termos de chamada de primeira página, acharia bem mais correspondente à verdade histórica que se falasse de «confronto entre fascistas e forças leais à República»
12 junho 2016
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